quinta-feira, 23 de abril de 2020

12) Meu primeiro pecado



Meu primeiro pecado

A gente passa o tempo pensando garimpando as virtudes, difíceis de achar no meu caso, mas como sou cabeça dura, sempre tento melhorar um tanto, mas fica, porque será? Relegado ao esquecimento (os) o pecado.

Neste caminho reflexivo convém entender o que  seja pecar, existem tantas religiões a perder a conta e cada uma segundo seus entendimentos classifica de uma forma, na forma que seus dirigentes entendam que seja, vou ficar com o significado da palavra que é errar o alvo, equivocar-se, me parece mais logico dentro de um pensamento que somos almas imortais e que progredimos progressivamente em todos os sentidos.

Aquela ideia de pecado mortal, venial, onde em um e outro caso se recebe penas mais brandas ou mais pesadas parece-me uma coisa doentia e irracional que o próprio homem tentou e ainda tenta impor aos seus semelhantes, senão vejamos, no meu primeiro pecado ignorava eu na simplicidade e inocência que aquele procedimento quebrava as regras convencionadas, ai ser apenado por toda uma eternidade seria uma coisa meio doida ne?

Já pensaram nas situações de vida? Eu por exemplo apanhava muito quando criança, de cinta, de vara de marmelo, de chinelo, de vez em quando corria para escapar, as vezes dava certo, não tinha consciência entretanto do porque da surra que tomava, tá, tudo bem, eu era terrível, talvez até merecesse a corrigenda, mas ai ia para a cerimonia religiosa e diziam em alto e bom tom quem tiver pecado vai pro inferno, o céu é para os puros, estou ferrado pensava, para o céu é certo não vou, também ficar de boa sem fazer nada, cantando, levantando, ajoelhando rezando era para mim antes de ir experimentar esse céu um inferno!

Me parecia um delírio, pensar em um ser supremo em todos os sentidos, que fizesse um inferninho de fogo e enxofre para onde iriam me mandar depois da morte, só por ter me equivocado, errado o alvo, para mim a vida sempre foi uma experiencia de acerto e erro, se aprende com os dois opostos por assim dizer, se quisermos aprender sobre nós mesmos é claro.

Ai tem a coisa daquelas coisas que diziam que acontece nos centros espiritas, coisa do coisa ruim diziam, mas como sou uma alma perdida, logo, fui pesquisar entender ou tentar, já que os diabinhos viviam me atazanando, certa feita passando por uma linha férrea, um deles que tinha pulado na frente do trem, tinha ficado com o corpo estilhaçado naturalmente, me convida para fazer a mesma coisa, acho que se sentia solitário em sua dor, e queria companhia, me deu pena da pobre alma, ate pensei tadinha da alma, que era coisa do capeta, claro que não fiz o que me convidava a fazer já que estou aqui hoje escrevendo rs.

E outras situações semelhantes com outra conotação, verdadeiros anjos de guarda na hora do perigo, ou das escolhas que fazemos que podem afetar toda uma vida, teve uma onde meu primeiro filho estava a caminho, sentados na sala, recém casados, a barriga crescia cada vez mais, assistindo tv, ai uma voz que parecia soar dentro de mim, disse fique com os pés fora do chão e diga para a companheira também ficar, por impulso obedeci a voz, não demora sai de baixo do sofá que eu estava um escorpião daqueles que se não mata aleija, na sequencia a companheira que tinha um espirito nela incorporado, as mulheres são as única que realmente incorporam um espírito, viu uma mulher espiando pela janela atrás de onde eu estava, presumi que era a origem do aviso recebido.

Assim, como dizem alguns preconceituosos, eu alma perdida, pecadora, afinal escutava e ate conversava com os espíritos dos mortos, estava fadado a ir para o inferno, pobres almas que assim pensam! Já imaginaram? Um ser supremo em amor e sabedoria, criando um inferninho, aí do céu de exuberante beleza, se assenta e observa impassível o sofrimento de quais criou! Isso não parece um pecado? Equivoco? Um errar o alvo?

Bem que tentarão lacrar alguns dizendo que sou coisa do diabo, ara prefiro ter consciência de que sou uma alma perdida tentando achar-me, que ser carregada pela torrente de pecados que encontro nos ajuntamentos de almas que dão credito a penas irremissíveis, a um soberano amor que não ama! Não se compadece, não tem misericórdia!

Olho para o céu fora e dentro de mim e concluo que não é assim que é Deus!

Por hoje é isso, Antonio Carlos Tardivelli, euzinho e os pecados, bom ainda não conclui qual foi o primeiro (risos)





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli