quarta-feira, 29 de junho de 2016

De algum poeta que não eu.

Obs: em 1996 declamava a meu ouvido um poeta morto ou vivo? Por eterna lembrança.


O dia da rosa:


Falava ao meu coração o teu carinho
Depois, como veio o perfume pelo vento foi levado.
Nada restando se não uma lembrança
Onde crianças, traquinamos nossas fantasias.

Eu lhe fui Adônis e tu rosa exuberante
Embriagando-me com seu perfume
E era como se dissesses
- Agora vives!

Mas o que é eterno senão o que fica.
Da rosa a lembrança
A marca do perfume
O jeito de ser.

Quiçá outro ser me ocupe
Como um laço que não sufoque
Nem parta como perfume
Que o vento leva para longe.

Que fique mais que lembrança
Mais que marca na alma
Fere sem descanso por ser perda
do prazer no teu perfume.

Ah meu lume depois que ascende
Dos infernos frios da solidão
É luz incandescente
Braço ardente, meu desejo...

Entanto, no dia da rosa.
O vento levou seu perfume...
Acho-me? Claro! Prisioneiro enquanto partes.
Vá meu amor como o vento.

Leve perfume de rosas
Que trago dentro, que trago dentro...

Antonio Carlos Tardivelli


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Antonio Carlos Tardivelli