Ousado como se pudesse tudo
Sonhei criar pelo verbo um caminho
Contar histórias verdadeiras que trouxe de muito tempo.
Acariciar as almas com palavras cheias de ternura
Dizia-me em meus sonhos vou realizar algo ainda nesta vida.
e via em cada rosto uma história viva a ser contada.
Quando então me viram outras almas nesta estrada, poetas, poetisas
Como se fosse um chamariz para seres invisíveis!
Vinham de todos os lados me cantando! Seus versos.
Queriam dividir comigo ou com meu sonho? Suas prozas, suas almas!
Sim tive um sonho bem grande queria um mundo melhor.
Senti que para escrever sobre esse mundo que sonhava
Precisava aprender a linguagem das criaturas humanas na terra.
E fiz o exercício de olhar para suas histórias vivas
porque no meu sonho, contava histórias, de gente real:
Que sonha que luta que perde e ganha se alegra chora.
Os anos foram generosos quanta história eu li em tantas faces!
Das mãos que se entregam a lida afogadas muitas vezes pela ambição desmedida.
Mas até ao coração endurecido pela ambição, eu queria acariciar!
Já mediram ou viram?, Quem já ambicionou só o passageiro quanta angustia experimenta?
Nós já nós que olhamos para as faces endurecidas pela disputa pelo ter acima de ser.
Neste mundo de almas que li quem chora as vezes parece colherem quem quer só a si, parece plantar..
É como se o sonho fosse um desejo de amar Um limiar um portal.
Olhando a vida eu observante de almas sofridas felizes lacrimosas luminosas
E agora? Como contar tanta história? O tempo não para! O passado é imenso!
Parece até que enquanto lia almas procurava ver a mim mesmo nelas.
Buscava semelhanças de anseios.
Este inusitado caminho levou-me ao lado de dentro.
Toda jornada tem seu valor histórico
Todo homem tem seu valor humano e divino.
Foi assim, que descobri a que vim vim encontrar
Um portal o limiar do infinito, Eu sei que sou um contador de histórias
E com mais esta jornada junto a todas as faces que li a minha que me esqueci.
Começo a entender: Eu sou.
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Antonio Carlos Tardivelli