terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ligações eternas

Ousado como se pudesse tudo
Sonhei criar pelo verbo um caminho
contar histórias verdadeiras que trouxe de muito tempo.
Acariciar as almas com palavras cheias de ternura.

Dizia-me em meus sonhos, vou realizar algo ainda nesta vida
e via em cada rosto, uma história viva a ser contada.
Quando então me viram outras almas nesta estrada, poetas,poetisas.
Como se fosse um chamaris para seres invisiveis!
Vinham de todos os lados me cantando! seus versos.

Queriam dividir comigo ou com meu sonho? Suas prozas suas almas!

Sim, tive um sonho bem grande queria um mundo melhor.
Senti que para escrever sobre esse mundo que sonhava,
precisava aprender a linguagem das criaturas humanas na terra.

E fiz o exercicio de olhar para suas histórias vivas,
porque no meu sonho contava histórias de gente real:
Que sonha que luta que perde e ganha se alegra chora.
Os anos foram generosos quanta história eu li em tantas faces!

Das mãos que se entregam a lida afogadas muitas vezes pela ambição
desmedida.
Mas até ao coração endurecido pela ambição eu queria acariciar!
Já mediram ou viram quem já ambicionou só o passageiro, quanta
angustia experimenta?
Nós já nós que olhamos para as faces endurecidas pela disputa, pelo
ter acima de ser.

Neste mundo de almas que li quem chora as vezes parece colher
e quem quer só a si, parece plantar..

É como se o sonho fosse um desejo de amar Um limiar,um portal.
Olhando a vida eu observante de almas sofridas, felizes
lacrimosas, luminosas:
E agora como contar tanta história? O tempo não para! O passado é
imenso!
Parece até que enquanto lia almas procurava ver a mim mesmo .

Buscava semelhanças de anseios.
Este inusitado caminho levou-me ao lado de dentro.

Toda jornada tem seu valor histórico,
Todo homem tem seu valor humano e divino.
Foi assim, que descobri a que vim, vim encontrar:
Um portal o limiar do infinito, Eu sei que sou um contador de
histórias
E com mais esta jornada, junto a todas as faces que li, a minha, que
me esqueci.

Começo a entender: Eu sou.

Antonio Carlos Tardivelli




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Antonio Carlos Tardivelli