quinta-feira, 14 de setembro de 2023

A prece de alma


Para outra alma e para a minha

Quando a pergunta se instala no ser que pensa, por que choro? sofro? me sinto desalentado, em resposta a alma que compreende mais que a forma responde solícita, choro por saudade do mestre que me ensina, pois estar na sua presença é que mais importa, outra uma segunda se apresenta, então porque não estás com ele já que distante pelo que sei dele, ele nunca se ausenta, sim minha alma sabe quanto pensa.

Quem perguntou a primeira foi minha alma, a segunda foi pergunta e resposta de alguém perto, cuja presença se pode-se definir, está dentro, ocultamente para que o mérito da procura de quem  busca seja do autor da ação que pede, que suplica, que encontra algo que não se explica, uma força que prossegue amparando, talvez defina a resultante, o estado pós pedido.


Assim os dias e estações se repetem, no princípio já era o verbo e ele sabe de todas as coisas, relaciona os pedidos e as respostas, por prepostos muitas vezes, uns que postam os pedidos no tanto que confiança inserem, ao que pede, já que saiba que  o segue e confia, porque aprende que o pai que atende sempre o faz com o que é preciso, necessário, urgente, nem sempre para o que recebe é tanto tangível a resposta, quanto entenda, parece que demora, que não é ouvido, nunca é por surdez inserida no pedido, quando se pede e não atende a fé que confia, que conhece como esperar, e sobretudo compreender a resposta dada, isso por preguiça de pensar muitas das vezes.


A prece da alma tem a característica do emissor, esse quando não vacila inseguro, sabe que recebe sempre em tempo oportuno, ela é sincera, verdadeira, abrigo da esperança, força como coragem que prenuncia a vitória que se pensa e quanto recebe, se não, lhe anuncia a razão por justiça, quando analisa o que pede com bom senso, levanta questões infundadas de abandono quando se engana na resposta dada quem bem pode ser o que não se precisa com tanta urgência. Isso porque já tem ser e é o que importa.


Ser a coragem que se enfrenta na árdua batalha por vezes, de transformar-se no que deseja, ou naquele que espera confiante pois a esperança e a confiança são irmãs gêmeas de mesma origem, ou ainda ja que em muito instrumentalizados para ser o que se pensa, penso logo existo em bondade em benemerência sendo ao amigo solidário e ao inimigo tolerante e paciente, veja que a prece da alma é primeiro a que se auto atendente caridosa, atenciosa, operante com o amor que compreenda.


Ser enquanto pede, estar preposto como quem atende, consolar como quem encontra respostas em si, de fé e esperança na vista que se renova como fosse criança que confia operante, brincando de brincar com a vida que  sente que segue infinitamente como resposta intuitivamente aos causos da vida, quando se pede, quando se responde preposto diante do outro como atendente: olhe aqui insista um pouco mais, seja forte, lembra de tudo que já viveu, esqueça as mágoas as perdas  visto que o que se tem realmente é o que se é, o que se torna a cada presente que recebe.


Não duvides, recebes, como agora neste exato momento onde teu sentimento se rebusca por efeito das palavras, as quais por medida justa são perguntas, propostas, nunca interferências, sim ação em uma nuance  de amar, que já estando em ti se completa com a prece de minha alma realizada junto com a sua irmanada. Já que somos o que estamos e responsáveis pelos sentimentos produzidos, laborando energias, às vezes elevadas ao pai supremo, com a forma de muitas palavras de nossa alma e todas elas o pai entende e responde adequadamente, quando não por algum preposto em nós mesmos.


Esperemos confiantes, a resposta às nossas preces de alma sempre tem resposta.

 namastê


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Antonio Carlos Tardivelli