sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Mais adiante, na vida


 Diante da vida, " o reino dos céus esta dentro de cada um de vós"

No trato da perseverança muito se concede conquistar-se, no aspecto realizações encontra-se com a alegria do serviço realizado a bem comum, porque se em si centra todo objetivo por ganhos materiais, somando egoisticamente o que não pode levar, é certo que deixa para disputa nem sempre nobre dos herdeiros, enquanto isso o espírito que se enobrece reconhece os valores transitórios e sua importância, sem apegar-se em desejos de posse.


Muita queda a planos aflitivos a consciência a essa postura egoística se relaciona, basta pensar mesmo que por um instante, que a vida prossegue para além do trânsito no corpo, para que a própria consciência considere o que quer se tornar desde o presente, já que a angústia de perder o que se pensa ter é grande, já que o que se leva é o que se torna com escolhas arbitradas, não se leva ao futuro enquanto somente espirito, senão os tesouros da alma, o maior dele é ter consciência tranquila, onde a ocupação de cada dia centra o bem possível a ser realizado, atento a si e por si ao outro.


Portanto, descoberta comum a toda alma, quando deixa o templo corpo que lhe abriga espírito, é a continuidade de ser e fora do corpo, os conceitos  são outros, por conquistar-se a alma laboriosa, não é o que se tem é sim o que se torna, a partir dos sentimentos que cultiva dando frutos que agradam a própria consciência, no filho prestimoso, na mãe dedicada e operosa, no pai que instrui exemplificando caráter reto.


Por conceito de tesouro que não se extingue, a fé no futuro construído agora, na direção dos bens que a alma operosa oferece de si com seu discernimento , quando na vivência, seu esforço meritório em compreender o alcance dos deveres que observa a partir de suas atitudes frente a vida, e por encontrar-se em processo redimitivo, concentra atenção aos feitos de espírito dentro das leis morais que já absorveu compreensão necessária para a ação produtiva. 


Diante da vida portanto, compreendendo que a existência é um contínuo fluxo e dinâmico dentro de leis naturais onde se aprimora, de um ponto primitivo relativo aos instintos a outro onde se sublima sentimentos mais enobrecidos onde pensa em si sim, sem desprezar entretanto os valores que para ter como conquista de si necessita de outra alma com semelhante objeto de atenção, assim ser amigo prestimoso, é conquista da alma que eleva, afinal amizade é um tesouro que se leva, por saudade que seja no coração que ama, certos pela continuidade da existência que a algum tempo noutra lição de vida haverá por certo produtivo reencontro.


Não há aprendizado em solidariedade na solidão de uma ilha que se torne, há entretanto grandeza quando se liberta do opressor apego aos valores em transito, importantes relativamente para as conquistas de si mesmo, por exemplo quanto se inclua entre os misericordiosos, “Eu terei misericórdia daqueles que tiver misericórdia” diz as escrituras sagradas a respeito do senhor da vida, e enquanto nos situamos nos deveres que entendemos justos diante da vida, esta nos alcança por natural aporte do senhor da vida as suas criaturas atuantes em si mesmas, por justo reconhecimento do amor divino.


É como em semelhança, um lavrador dedicado ao cuidado da terra que o alimenta, o prestimoso laborando de forma disciplinada se alimenta em fartura, o ocioso, desprezando a lei de trabalho, recolhe a miséria e a fome, isso no sentido, figurado resultado de ações em si mesmo e por efeito de colheita obrigatória “a cada um segundo suas obras”.


Se já temos posse do discernimento em causa e efeito, por justa vista por dever a nós mesmos, somos necessitados do exercício das ações nobres, que tem por efeito justo, alegria, contentamento que prossegue para além do tempo do espírito em um corpo, pois sua consciência de si sobrevive a extinção do corpo, e só leva para o estágio mais além que se encontra, os valores cultivados como tesouros, onde a caridade e o amor são tesouros imperdíveis, irremovíveis.


Eis a esperança, se a quiseres reter a si como um tesouro que conduzirá a outros, compartilhados por certo, a não ser que sejas uma ilha...


Namastê

 


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Antonio Carlos Tardivelli