quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Durante a travessia:


Nos encontrando, vem e vê...

Há contas na vida que se soma por arbítrio, podemos sentir que não foi nossa escolha renascer, quer sejamos partícipes da desventura ou venturosas almas em toda vida, entanto , em todo caso qual nos situamos, fazemos nossas opções e nelas escolhemos tudo aquilo que nos tornamos, e isso nos leva a refletir que somos autores de nossa história, porque atuamos na vida como quem faz uma travessia, do ponto inicial para o que agora estamos.


Muitos de nós escolhelhemos sem aperceber disso em nível de consciência plena, em uma espécie de antevisão dos fatos que serão vivenciados quanto mais plena, como fosse uma programação dentro do campo de nossas necessidades, como um agricultor de alguma experiência, que consegue identificar na terra suas carências minerais, e acrescenta, visualizando  a resultante desta ação na colheita farta em futuro certo.


Assim se delimitam em nós quando nós analisamos profundamente, se na superfície, de nossos sentimentos, de certo que não nos reconhecemos em nossas carências, analisando o que nos falte entanto, as boas ações que nos favorecem a colheita futura se apresentam por nosso arbítrio, e recolhemos a partir do campo de nosso esforço disciplinado, sermos melhores pais, melhores amigos, mais verdadeiros, sinceros, e o fruto do semeado nos retorna em alegrias.


São duas as posturas por nossa escolha, indiferença ao que nos espera, ou disciplinado esforço ao justo entendimento, bem entendida nossa proposta, dentro da prática filosófica, para que não seja prisão em palavras vazias, no conteúdo de nossos pensamentos nosso coração fala do que está cheiro, via de regra, a todos nós, visitamos nossos feitos durante a presente trajetória, a alegria de hoje é fruto invariável de postura acertada, de sorriso pacificado diante do que nos prova, como se nossa alma cantasse enquanto há choro e ranger de dentes a nossa volta, porque nos dedicamos aos deveres que nos caiba,  disciplinadamente.


Realmente falamos aqui de nossa travessia, porque é assim que se nos apresenta a existência, de um ponto de ser que hoje estamos, a um outro de nosso anseio, porque visitamos nosso campo íntimo e identificamos nossas carências, dito isso a nós mesmos, vezes nos achamos na convivência a entender o valor de estarmos sendo tolerantes com os companheiros de viagem, vezes colocados por nossa própria necessidade, no seio familiar, sim, os quais com quem afinizamos e os que tem conosco quase nula afinidade.


Fator de nossa escolha enquanto espíritos, ou de nossos superiores, verdadeiros amparadores que já percorreram as travessias necessárias para serem instrutores, e nos dão alentos com inspirações precisas, nas escolas espirituais que atuam, onde nos preparamos, nos estudando e percebendo nossas carências, se não for pela vista de nós mesmos, o será por esses sábios amigos da humanidade, e nos tornamos em algum ponto dessa presente travessia, do nascimento a morte física, aqueles que amparam com amizade verdadeira e sincera, ou que recebemos esse benefício, com vistas a nossa evolução no aqui e agora, por vezes nos parece prêmio um sentimento de alegria pelo feito, noutras o aprendizado se fixa como virtude adquirida, e passamos para o grau de ser sal da terra e luz no mundo, dando graças ao senhor da vida


Em todo caso, é o senhor que nos conduz, quanto melhor discernimos sobre nossas necessidades de espírito, mais conduzidos com segurança ao seu aprisco, onde como ovelhas bem comportadas absorvemos no que somos, aprendizado preciso do que seremos, se já não somos, lúcidos em nossos deveres, sinceros em nossas ações, amigos de todos, aqueles que amam seus inimigos, que se fazem luz nas trevas do caminho, suportam com dignidade a própria cruz, e avançamos tomando por virtudes em natural postura, dando e recebendo a verdade que liberta, do ponto de penúria a outro de abastança em nós mesmos, sempre portanto uma travessia, do ponto que estamos ao ponto de ser fruto agradável aos sentidos.


Ora sendo instrumentos do altíssimo, noutras vezes sendo autores desde nosso íntimo, em todo caso, em toda atuação do nosso espírito, conduzidos e condutores por sua graça infinita


Namastê 


 


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Antonio Carlos Tardivelli