A viagem breve que se faz no corpo, escola onde o amor pode ser morada nas expressões de vida, quem assim sente e expressa em atos, como se constrói pois lhe retorna tudo o que oferece multiplicado, muito embora não se credite a providencia, o compasso dos instantes quais se é amor em construção de vida, o amor supremo compreende e nos anima, a descobrir nas nuances de viver os efeitos produzidos pelo nosso querer.
Pode-se sim oferecer qualidade ou
sombra, o egoísmo que enegrece e infelicita por seus efeitos, feita a escolha e
oferecida na existência a ação, de certo que o retorno se lhe impõe em dolorosa
aflição, já que um mau pendor quando manifesto, transtorna outra vida provocando
dor, e a lei perfeita em sua concepção divina, nos exige responsabilização
individualizada por nossos feitos em retorno justo.
Mas será que de violências geradoras
de efeitos corretivos, como um circular de situações em semelhança em dor nunca
termina, onde um semeia e este colhe, por efeito multiplicativo de colheitas obrigatórias,
vez que o egoísta a si cega, cega outros que o seguem, teria fim a obra que se
faz em evidente desequilíbrio? Há um tempo onde na escola se ensina no
reconhecimento dos elementos de vida, quando o período escolar chega a fim de
ciclo, um exame é feito, e se avança ou permanece repetindo as lições, ate que
se fixem, haja progresso, haja entendimento, e se possa dar o próximo passo, é
assim que é junto aos corações endurecidos.
Reunidos em feixes, os frutos agradáveis
de vida, almas virtuosas que se deram no necessário labor do bem, outras nos
egoicos ensejos não levando consigo o óleo para manter a luz ate que chegue o
noivo, como foi dito de forma parabólica, neste tempo, onde os previdentes
chegam e entram, os incautos que deram atenção a ser maldade, ficam impedidos, já
que é uma questão de ser, vibracional onde não se ajustam, o que se tem e se
recolhe no campo onde se cultiva virtude ou seus opostos cria o campo próprio da
ascese espiritual
Bem sabemos que muitas almas não se
interessam por sua própria história, são as imprevidentes, chorosas com o azeite
em falta pois esse é o que nos ilumina no caminhar seguro, ficam batendo a
porta, vezes revoltadas em palavras rudes injuriosas, clamam por se sentirem
injustiçadas, bastaria entanto como que se por escolha fazes agora, a rever
vossos conceitos por ponderações nossas, tendo como efeito em ti uma alteração de
rumo, se escolhes absorver da esperança de vida que trazemos, miras teu foco no
caminho, verdade e vida, o mesmo que o nosso.
Evocado o espírito de verdade para
seu justo manifesto, este educa o que o chama e lhe mostra o justo estagio que
te encontras, não te demores ao movimento justo, sempre alerta, pois o que
recebes se não posto a terra em ações repetidas, vosso campo intimo não prospera,
o joio cresce e as virtudes que tem por efeito elevar-te, permanecem inativas,
dormentes, esquecidas, já que inscritos divinos na tua alma, o que deveria ser
abundancia para ser luz de ti posto ao velador, oculta-se abaixo como uma faísca
ainda na qualidade primitiva do primeiro estagio, sem os agregados do bem que
se pratica, sem o perfumar do amor que se escolhe ser.
Não feito como nosso feito em
comum com muitas palavras, e mesmo elas sendo fruto de vivenciais conceitos, não
bastam para nossa insistência, tanto
batemos que nos esclarece o mesmo espirito, os graus são distintos, chega o
noivo e encontra os previdentes, e outros inconsequentes, não recebem o direito
por entrar, já que não fizeram por merecer o novo estágio, repetirão por certo,
a misericórdia é sempre, entanto para seu presente em aflição dolorida, vê o
mestre luminoso a conduzir feliz como um noivo que recebe sua amada, abraça as
almas todas, fazendo com que seu amor as envolva, vinde a mim benditos do meu
pai, porque tive fome e me deste de comer, tive frio e me cobriste, andava
pelas ruas perambulante e deste teu melhor esforço em socorrer-me, vinde para o
que vos espera na continuidade da existência.
Aqueles pois que semearam amor na
existência, amor a si enquanto presença de amor ao outro, opção de vida onde a
alma alojada se encontre, no casebre ou no palácio, na posse dos bens ou na sua
completa ausência, o que leva é o que se tem e o transito pela prova que nos
qualifica a entrar no reino, desde que no amor se aplique, tudo o que se
receba.
O amor multiplica o bem que se
leva em si, e por felicidade a vista da obra em seus efeitos luminosos, quanto
reconforto, quanta esperança espalhada, quanta bondade exercitada, quanta beneficência
amorosa e prestativa, quanta compreensão do outro para o elevar, chega a hora
da colheita e o Cristo te coloca diante de ti mesmo e tu te julgas em teus acertos
e pedes permissão a ele para entrar em novo feito, o que acontece depois disso?
Se te permites, agora entra no teu quarto escuro, chama pelo espírito de
verdade prometido e cumprido, está em vós!
Permita-se.
Compreenda-se
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli