segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

9 Construção do silencio

 


Por vezes a alma ruidosa anseia a angelitude sem o mérito da jornada, como se o provedor divino houvesse dado a uns a suprema ventura e a outros os abismais da desventura, nos dois extremos evidentes equívocos, qual assim se determina em sua consciência, de nossa parte não sendo necessária a prova, pois somos ela, de que o espirito vai além em sua existência e seu ponto de surgimento somente o provedor o tem, já que não somos obra do acaso, se alguém isso tem como verdade, e somente no corpo físico então , examinando o micro cosmo em um corpo, o bom senso, a razão, dita que temos todos um principio e este é de suprema inteligência e amor, visto que todos somos obra deste amor.

Se nossas almas suplicam por bem estar físico ou cura de algum adoecimento, de certo que vai nos parecer que se fixa o silencio, como se não houvesse resposta ao ser suplicante, entretanto por vista justa, já que disponho da ciência, que a vida prossegue para além do corpo físico, não fosse assim não estaria aqui, ditando do meu coração e sentimento, não a verdade suprema que é Deus, mas a que pode alcançar meu discernimento, como espirito que já não tem um corpo físico como o vosso, para muitos é uma questão delirante, outros creem nas minhas afirmativas olhando-se no espelho que o bom senso e a razão conduz, o espirito de verdade que esta em nós, nos revela o mundo oculto por caminhos intuitivos, quando diante de nós uma afirmativa como a minha esta exposta a vosso discernir.

Sentimos o grande silencio de Brahma, e nele mergulhamos na sua misericórdia e amor, acima de tudo amor, já que neste silencio encontramos na profundidade por nossa compreensão, os caminhos percorridos por nossas almas em seu infinito tempo, o que esta em Deus foi trazido a vida para a imortalidade de espirito, e o que nasce do espirito já vos disse o messias, “sopra onde quer, e não sabe de onde veio nem para onde vai”, o sopro segue a determinação divina, sem que exista qualquer questionamento, somente o silencio nosso como se nele estivesse incluída a adoração perfeita, “seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus”, NÃO  sabemos de onde viemos, pois nos é dada a misericordiosa atenção quanto ao esquecimento do passado, no presente entretanto, quanto nos dediquemos para o despertar, viemos do silencio de Brahma, estamos no silencio de Brahma a realizar sua soberana vontade em nós.

De certo que a incompreensão nos ditará delirantes, entanto os detratores deixando o corpo para a realidade do espirito, vai-se constatar a necessidade do autoconhecimento das próprias possibilidades em maior entendimento, não será por certo nas cercanias do medo que por hora toma aqueles que pensam que a vida é o corpo, e que nada mais há além disso, ledo engano que todos tomarão ciência por si, na realidade de seu espirito, o que deixamos a terra são seus pertences, o que pertence a Deus entretanto não fica na matéria, dela se serve em seu principio ativo criado por Brahma com seus intrincados sistemas, vide vosso corpo, no qual já reconheceis sua complexidade, nós por outra estamos fornecendo na letra a ampliação conceitual, se a aceta, já que o que move a matéria é o espirito soprado nela por Brahma. Assim é! Não há desvios, as consciências isso concluirão, é determinancia do silencio onde o ser se encontra com sua origem.

Mais que um corpo, uma sequencia criada para conectar a matéria o espirito, detalhar não nos é permitido, já que a humanidade precisa realizar em si o básico, os rudimentos do perfeito amor para que neste amor acesse a consciência plena de ser, e confine seus medos para a função especifica deles na auto preservação e cuidados com o templo escola, corpo físico, para que vos situeis em coragem e firme determinação as conceituações que trazemos, “qual de vós que quiser salvar sua vida perdê-la-á, e aquele que perder sua vida por amor de mim a salvará”

Perder a vida egóica em dedicações diversas no amor é o fator construtivo do ser angélico, salvá-la não é esconder-se temeroso diante dos deveres que clama ações caridosas presenciais, se pensas que a misericórdia divina é perfeita e que nela desejas integrar-se, a contenção para vossa segurança não pode e nem deve superar os limites da racionalidade, o terror que se instala em muitos corações é paralisante, paralisam-se diante da dor do semelhante, fechando suas portas onde em alto e bom tom elevam vozes quebrando o silencio, afirmando ser necessária a caridade para a salvação das almas, com afirmativas vazias e sem a convicção exposta na ação caridosa presencial!.

Lembrando amados, não somos vossos juízes ou os executores das sentenças sobre vossas consciências, isso já está no marco regulatório quanto estas, deixando o templo corpo, se revejam na vida que existiu antes da escola corpo como espíritos, e diante do silencio ouvindo-se na determinancia que intui a sentença, já que fomos feitos juízes sim! De nós mesmos, de nossos acertos e enganos, recebendo por justa lei a colher obrigatoriamente.

De certo que o espirito de verdade vos toca, se vossa consciência assim permite, e reúnes o que sabes com os conceitos vividos que expomos a vossa analise, o corpo do Cristo é composto dos tons angélicos que ele prepara escolhendo sim, os adoradores em verdade e espirito, instrumentalizando-os para as realizações da pacificação, pois que são bem aventurados os pacificadores, estes são chamados de filhos de Deus.

Perdendo vossa vida, ou seja, direcionando não ao ganho transitório de bens que não podeis levar para a vida de espirito, onde vos revestis de vossas obras, nos sagrados deveres que amar a humanidade implica, reunindo assim os entesouramentos da paz interior em sintonia com o silencio de Brahma, aqui amados, o nome do altíssimo foi utilizado segundo o ultimo templo escola no qual renascemos para mais uma lição de vida.

Que ele esteja em nós e nós nele.

Precisamos encerrar a narrativa, já que é o suficiente por agora. Voltamos, porque o mesmo amor nos move.

Paz e luz

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli