quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

16 Renuncia x renunciar.



Nos contornos da existência onde por flores ou espinhos damos a ela o fator modificativo; vontade, firme e operosa, compreendemos a boa sorte ou a afetação angustiosa, nada há de secreto que não venha a ser desvendado pela alma buscante de si mesma.

Podemos desistir da posse, nunca a de nós mesmos, seremos sempre confrontados pela consciência vibrante em nossa essência, que dita as regras nas ações sequentes, pois fixada internamente estabelece os parâmetros para o certo e o incerto, acerto e equívoco e, por força de caminho ascensivo assim firmado em nós mesmos, desde o sopro que nos fez alma vivente, ate o momento presente, onde podemos pensar e estabelecer em nosso caminho, outras capacidades a serem despertas, o infinito dentro é de nossa posse como filhos do autor da vida.

Por outra no seu aspecto mais enobrecido, a renuncia de estar sempre certo, como uma forma expressiva de humildade e respeitosa postura diante do outro, antes de ser um beneficio para a convivência, estabelece em nós a ciência de que nos beneficiamos no processo, em atender aos reclamos de nossas almas, cujo desejo de utilidade diante da vida, nos faz merecedores de condições mais harmoniosas e constantes de paz em quietude. Já que tornamos ato amar que se sinta justa ação de vida.

Dos elementos inscritos em nós pela divina presença de Deus, nosso principio como seres pensantes, capazes de estender diante da nossa imortalidade uma adoração perfeita, já que Deus, o perfeito amor assim nos quer em nossas expressões de vida, mesmo que a jornada se apresente dificultosa diante dos quadros presentes de provações acerbas coletivas, podemos e temos condição de superar e vencer, pois o campo transitório como a palavra já especifica, passa, como a brisa que acaricia ou na tempestade que limpa os fatores pesados, não vistos pela humanidade que os produz, em quantidade de sombras e miasmas mentais expressivos.

Ter renuncia no aspecto moral, é deixar dos apegos ao que seja elemento de trânsito, para qualificar quantificando os valores de alma que, transcendendo como espirito imortal se reconhece por suas obras em si mesmo, como digno autor e responsável por si, já que tem a possibilidade de amar ou de ser egoísta, nos aspectos vibracionais de um e outro, qual qualifica a alma para os estágios de elevação ou de miserabilidade em si mesma.

De certo que o caminho da renúncia estabelece a grandeza da alma, por sua análise consciente, sendo uma constante que afeta seus valores para mais acima, já que renuncia define a postura que renunciar por ser ação pensada, meditada, compreendida, estabelece para si mesma diante da vida, sempre de forma a ser obra produtiva e edificante nas ações diárias, nos detalhes mais minúsculos que compõe as nossas expressões, onde manifestamos o campo intimo cultivado em sombra ou luz!

Aquele que renuncia a convivência fraterna se isolando e equivocadamente pensando que com isso mais se aproxima da divindade, ledo engano, que será constatado na sequência indesviável do processo em sua consciência, por outra, se na convivência consegue estabelecer racionalidade no sentido profundo de renunciar como ação produtiva ao bem, do outro e de si mesmo, consegue um grau de grandeza consequente que leva a serenidade, fator de coexistência pacifica a tal grau que passa a ser chamado a própria construção intima de ser pacificador!

A renuncia pode ser fator da vontade que se dobra em digna postura de adoração onde se sujeita consciente de si mesma como uma alma dirigida pela providencia, nos labores que esta determina, não que o ego em sua limitação em compreensão diz em seu orgulho, que é sombra sua, já que por muito caminho, quando a alma é mais antiga, pode ter estabelecido em si o crescimento do joio não do trigo, a colheita e separação para a identificação do individuo se dá a sua revelia por lei normativa justa, como o multiplicar na humanidade de templos corpo para a multidão de espíritos carentes da experiencia corpórea! É lei que haja a multiplicação de oportunidades redimitivas justas, e os processos do sopro divino, o espirito ligado a este, é a maravilha da criação, onde se estabelece a vida num primeiro passo, principio inteligente, e por ser assim evolui na compreensão de si, a caminho de elementos grandiosos com quais conviva.

Portanto, mais que meras palavras reunidas, por ter foco e objetivo, que pode não estar tangido ao raciocínio de qual nos acesse os pensamentos nelas expressos, o toque entanto dos elementos nas almas, por quadros vivenciados existentes da experiencia individualizada, trata as lembranças, e por certo se humilde a postura diante de si mesma, a alma lumineia, pois cada ato, cada escolha a torna mais bela e luminosa, deixando as sombras de escolhas infelizes, para reconsiderar-se diante de Deus que a fez para a imortalidade, tal a perfeição da criação divina, e o que nos resta é existir sempre neste fato por vontade soberana de Deus.

Estabelecendo o campo das renuncias produtivas dentro do bem, o renunciar, como ação que lumineia os passos dados, favorece o equilíbrio no  discernimento harmonioso, racionalizado, sobre nós mesmos na existência que Deus, a suprema inteligência do universo, fez de nós suas criaturas, e quanto sentimos isso em profundidade, estando diante dele como nossos pensamentos e sentimentos, voltados para uma perfeita adoração, ele nos concede nele mesmo maior grau de lucides, mas isso é uma outra história, para um outro foco, o que tem em comum com agora é que sempre Deus, em nós, por nós, na existência que fez nossa mas descobrimos ser dele  todo tempo.

Tudo uma questão de quanto ego ou do tanto de renuncia em nós mesmos.

Namaste

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli