sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

12 Por mais perdão


Desde o desnudamento diante de ti mesmo, tomará como seu o auto perdão que te liberta, das amarras das culpas paralisantes, já que o presente te é oportunidade em amor. Sim o amor que és, já que divino feito em sua essência, então por difícil que vos pareça alcançar, perdoa-te como quem descobre o auto amor.

No auto amor vibra a renovação que se faça necessária, e nela transmutas as atitudes antes desastrosas para outras construtivas de ti mesmo, já que nossa semeadura, que pensamos ser aos outros, está estabelecido o efeito para nós mesmos desde a ação da vontade, propulsora das ações que promovem as reações justas aos feitos do bem ou quanto ainda nos equivocamos diante da vida.

Se a busca é por aprovação do outro, isso nada mais é que orgulho em uma de suas nuances, já que a luz detém diversificados tons de cores, vista no arco íris da exuberância na natureza, nossos negrumes se intensificam sufocantes, querendo barrar como fosse possível, a centelha divina em sua trajetória ascensiva.

Cabe-nos desalojar o orgulho oferecendo a vida a exemplo do Cristo, que tendo tomado para si um corpo para transitar a nossa proximidade, e tendo sublime envergadura espiritual, sobremaneira superior aos seus doze mais próximos seguidores, diante deles se dobrou transmitindo ensino justo, de amor em humildade, se preferires, de humildade com seu infinito amor pela humanidade.

Por mais perdão enquanto espera salutar, o movimento de mais amar deve preceder a colheita como semeadura, de tudo o que já sentimos, aprendemos, conceituamos, já que o maior perdão a ser compreendido como dadiva está nas nossas possibilidades realizativas, quem ama, não perde tempo e segue adiante, sem jamais ficar acorrentado a culpas, leves, ou do passado que no presente não pode ser modificado, pode sim ser transmutado no ser que se equivocou tomando como base a experiencia adquirida para não cometer os mesmos desatinos.

E se por necessidade de ajuste diante das leis divinas, a obrigatoriedade da colheita em dores lancinantes, o propósito do resgate por ações intimas edificantes, encontra na aceitação frente aos deveres para esse ser que se desnuda, diante de si, opcionando pelos caminhos da resignação e coragem que traz a tona a grandeza luminosa que andava oculta pelas sombras que se opciona, nos tantos enganos que cometemos em nossas trajetórias.

Por mais perdão então o ser se movimenta nas experiencias de vida, sabendo-se ou não como a ovelha que se desgarra pelas atrativas das ilusões em quais se deixa, quanto compreenda, sente em si os fatores que levam a regeneração em suas posturas, toma então para si a incumbência a partir do despertar mais profundo onde se entenda, como ser amor, que chegando ao charco provativo, deixou-se por próprias escolhas em pouco amar a si mesmo e debatendo-se clamando por misericórdia desperta em sua essência a força divina adormecida.

Já não buscarás mestres exteriores quanto se encontre neste desnudamento, despertando para tudo o que de bom possa realizar a próprio benefício já que quem ama sendo amor que semeia recolhe no momento destas escolhas pois é invariável ação na convivência, em si mesmo, os efeitos construtivos da paz que intimamente e por vezes inconscientes rebusca!

Eis a consolação que o amor traz, quem ama já passou do patamar de perdoar, já está acima das situações onde surgem mágoas, que são atrativos das ilusões egoícas onde pensando ter razão a mesma se perde nas ações de não amar, quem ama não perdoa, apenas ama, não se altera trata por paz cada manifesto dentro da compreensão maior da vida!

Por mais perdão então que se traga diante do desnudamento a compreensão precisa, que na origem onde o sopro divino nos fez tal como somos, almas viventes, espíritos por perfeição criados imortais, e tendo diante de nós essa consciência, transmutemos nossos mal feitos por renovadas posturas dentro desta compreensão, que somos do divino amor e, portanto, o despertar desta consciência nos qualifica para obras santificadas diante da vida, no auto amor princípio de melhor compreensão do ser que somos.

Que a paz seja abundante, e que esse desnudamento nos quantifique elementos grandiosos elevativos a nosso bem

Namaste

 

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli