quarta-feira, 16 de setembro de 2020

22 O amor divino no amar humano.


Não fora possível elaborar o fator supremo no grão que compõe a areia da praia, simbolizando essa metáfora, a essência de toda vida palpitante no eterno. Não vos confunda nossa palavra, o eterno é único e supremo, em todas as coisas, em semelhança fomos criados, não somos ele, mas o tornamos como filhos vivos em sua obra, oferecendo ao discernimento dos semelhantes, como ciência e crença, do que somos no que estamos  e aquilo que vemos sobre nosso próprio futuro, já que a terra que somos recebe a semeadura do Cristo.

Assim um tanto o amor divino se manifesta, já que surgidos do perfeito amor que é Deus, com ele nosso mental abstrato atinge quânticas considerações, visualizamos o porvindouro em realizações, posto que amar é ação até de dizer, entanto é realizar objetivamente tanto quanto seja possível agora, (é um tanto quântica essa afirmativa) já que proveu de inteligência, promoveu com o Cristo a ciência de suas leis  eternas, e por elas se tomamos por norteio no primeiro movimento, o amor em nós pede as ações ao meio, e por sua condução ele o nosso amor, se torna manifestação de amor de Deus.

As angustias deste tempo que passam, e nelas a resposta de amor se integra em perfeição, quando não buscamos acomodação e sim a cura delas pela relevância que damos para as dores alheias, esquecendo as nossas, e no compasso das horas  em dedicação amorosa, fazendo ao outro o que gostaríamos de estar recebendo, quanto consolemos, somos por nossa vez no instante do oferecer, consolados, porque vemos pelos sentidos ampliados de nossa alma, o porvir venturoso em ações de amar como filhos do amor de Deus.

Que elas nos acompanhem por toda uma existência em louvor no templo corpo, porque agradecer pelo alerta  da dor, também se constitui em adoração verdadeira e bela, já que entre os gemidos recorrentes dos que nos  assemelham, e que por desventurados estejam, não pensam em Deus como pai de suas almas, se sentem sós, como que prisioneiros de suas angustias, e a palavra libertadora que possamos oferecer em virtude do amar que estamos, em redenção oferecida pelo Cristo, em nós ressoa em alegrias para nossa alma, enquanto de forma mesmo que tímida de nossa parte, ampliamos o alcance oferecendo a quem precise ou queira sendo sal da terra e luz do mundo.

É um rogar e oferecer-se, é um dizer que seja importante, enquanto exemplificamos na auto aplicação do que dizemos, é entender a profundidade e abrangência da forma parabólica que o Cristo trouxe, e comportando em nosso coração o amar divino, já que também filhos do altíssimo, elaboramos nossas falas a partir do princípio, Deus, e elas fluem generosas, como se estivéssemos tomados por amor divino, e estamos, cujo poder transformativo alcança as paragens mais escuras e densas, pois ali estando uma consciência de ser espiritual, há trato de resgate, objeto da ação de amar, consolar, curar, trazer para os campos verdejantes onde descansam para retomar a posse de filhos do pai eterno em sucessão continuada de atos de amar segundo a essência indique.

A consciência é livre, e vemos no mundo as escolhas sendo feitos das almas, em equívocos sombrios, olvidando já que não se pode alegar mais desconhecimento, que “a cada um segundo suas obras”, no trato de nós mesmos, se queremos reluzir amor do eterno, ele nos oferece no tempo em um templo corporal, a possibilidade de escolher bem, mesmo entre as angustias temporárias, posto que a angustia é naquele que persevera o caminho que precede a paz completa, que quando atingida, por ser amor de Deus na terra, se realiza nas obras do amor  pelo inspiro do mais alto.

Das dimensões celestiais portanto, vem a nos o reino do cordeiro, já que somos ovelhas do seu aprisco, aprendendo com ele as nuances de ser amor segundo a lei maior, que para nós não é imposição sim opção, de discernir, concluir, conceituar,  a partir das nossas percepções onde o saber traz consigo a oportunidade do realizar responsável, já que primeiro nossa consciência precisa conectar-se no amor divino, recolhendo dele as opções de amar por nossa conta, já que conduzidos podemos por amor nos tornar condutores para a esperança verdadeira, conclusa a partir de nós mesmos como filhos do amor de Deus.

Espera-se de nós os grandes saltos voluntários de mártires nos entregando ao martírio nos circos da crueldade, de certo que não! O amor nos pede para que retiremos de nós a vista limitada do tempo no corpo físico, para outra, a da imortalidade de nosso espirito, e nesta existência única de cada um de nós, superando nossos limites pela condução do cristo, amparamos e servimos no melhor do nosso discernimento sempre.

De pacificados por ele a pacificadores com ele.

De modestos operários da verdade a anjos luminares na evolução das almas

Rogantes sempre entanto com as mãos postas ao trabalho

Indagantes sim do certo e errado, para que nossas consciências estabeleçam sempre os melhores conceitos para as ações de amar de nosso dia.

Para que, nosso corpo repouse em serena alegria e ao contato com as almas em patamares de maior lucides, despertemos na serenidade para as ações de amar do agora.

E que a nossa resposta seja sempre em sincera adoração.

Aqui estou senhor, o que queres que eu faça?

Namaste

Autor espiritual

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Antonio Carlos Tardivelli