Quando a era do instinto tiver
passado, for longínqua lembrança, quando nela não se fale mais...
Quem ousará conosco tal intento? Ver
as belezas do agora e as promissoras noticias porvindouras, onde o bruto nasce já
que feito também do mais denso e da mais sublime essência, já que feito pelo
eterno, corpo e espirito fez o homem, no corpo o trânsito, ao espirito a imortalidade.
Nas belezas de agora, embora por
vezes a estada seja árida, angustiosa, como que os sentidos estivessem
oprimidos em uma prisão mesmo que temporária, a par disso, pelos mesmos se
percebe neste confinamento na carne as belezas circundantes, todas elas, em
maravilhosos tons de cores, vibrantes de vida com se nossa essência vibrasse em
semelhança nelas.
Ampliando a vista pela
imensidade, bilhões de estrelas cada uma um sistema planetário, olhando mais
longe no celeste abrigo bilhões de galáxias cada uma com um sol central um
ponto magnético que as mantem em orbitas imensas que por eras para que se
complete um ciclo, deste ponto por vista do infinito voltamos a olhar a nós
mesmos do ponto mais distante que possamos conceber, e nos parece que
desaparecemos nesta imensidade.
Um pequeno ponto entanto que
pensa, sente, se alegra, chora, angustia-se, passa por provas difíceis e vai
superando uma a uma, como que uma voz interna lhe contasse todos os segredos do
universo, e feliz, sinta o incriado em toda sua grandeza, em si mesmo no “eu
existo” e por consequente penso, e por pensar trato em minha essência dos
valores ascendentes, onde a lucides maior se instala, a mim, um aprendiz de ser
em vida.
Neste ponto de ser em vida, onde
escolho no que sinto qual ação devo empreender e que tomo ciência de que tudo
que lanço para além de mim me retorna, essa ciência de pura liberdade me chama
para as minhas responsabilidades frente a mim mesmo, no primeiro instante
manifestativo, já que retornam meus feitos por efeitos, sou o grande artífice de
minha grandeza ou penúria, está posto na lei “A cada um segundo suas obras”
Logo quando alcançado o patamar
mais elevado em compreensão, dos feitos e dos efeitos recolhidos por tanta
vida, amadurece o espirito e toma para si em seus deveres parte importante
dentro de uma lei eterna, a do progresso, aquela que visitando o quadro
proposto, do aparente nada que é um ponto no universo, pensares de ciências e
filosofias surgem influenciando as ações ao meio.
No campo do sentir passamos
a responder pelo nosso campo intimo e
por todas as interferências resultantes disso, desta liberdade que nos chama desde
nossa essência para o reconhecimento das responsabilidades, já que penso, logo
existo, e neste existir sou dinamicamente ativo, quando as próprias ponderações
desta contextualização, fruto do pensamento que se tornam ações, concluo que
cada pensamento é uma ação ao meio e posso escolher os efeitos porvindouros
dentro desta liberdade responsável.
O consequente quando conscientes
oferecemos a vida nosso melhor sentimento é que ela se harmoniza com tudo no
nosso entorno e quando forem muitos a estacionar na ciência de ser amor o mundo
de compreensões amplia-se e podemos antever toda alegria e contentamentos diversos
como criaturas do divino, filhos do eterno a partir do Cristo.
Neste ponto, chamado terra, todos
se igualam em mesma viagem, uns aleijados por escolhas infelizes, adoecem por
suas magoas repetidas, outros no mesmo campo de colheitas obrigatórias por seu
amor a humanidade transcendem para paragens sublimadas e em suas ações de amor,
amparam, instruem, trazem por influenciação no que sentem o máximo entendimento
para amar Deus cujo sopro individualizado todos dispõe! Tudo é feito do
incriado.
Esta liberdade posta então,
recolhendo os frutos do amor que lança, recriando situações de convivências mais
elevadas traz a vista ampliada, o mundo futuro que se fará na terra herdade dos
mansos e pacíficos.
Se podes ver o quadro todo e
olhando para ti mesmo reconheceres a ti em teu principio como um sopro do
eterno, este mundo feliz é para ti
Ora e vigia.
Por hoje a contextualização da temática
é essa.
Namaste
Autor espiritual
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Antonio Carlos Tardivelli