quarta-feira, 13 de maio de 2020

Depende de como se olha


Uma janela aberta.

No universo as centelhas luminosas, pequenas estrelas grandiosas, já que o que se vê na forma a distancia tem um peso enorme, o que pode ser imenso, posto a distância pode ser um ponto. Assim como nós nos imaginamos neste universo imenso, um ponto na terra que viaja no infinito, tendo a nós como passageiros, e pouco compreendemos essa viagem sideral.

Sem olhar para a janela para a aferição de quanto vemos, no que sentimos que somos, o olhar para dentro pasma, alegra ou se vemos somente sombras choramos para que o eterno nos livre deste lúgubre aprisionamento, essa evocação de morte que fazemos pela fúria, pelo ódio, pelo egoísmo, por tantos meios de tortura que nos impusemos, chegamos a culpar o eterno por nossos próprios desvarios.

Olhando por ela, pela janela, correndo o olhar imaginativo pelo universo infinito, quantas não serão as moradas semelhantes a terra, a Gaia, ou como queiram chamar a escola educativa de almas, parece tudo pronto e harmonioso no universo, e está! Entretanto nesta divisa onde o ponto que sou pensa, se extasia, porque há tanto para ser visto, meditado, concluído, mas nosso mental nos indica que toda uma existência no corpo é pouco tempo, um momento da eternidade para o espirito buscante insatisfeito.

Por outra, já me vi fora do corpo, ai outra janela se abre, se me vi quando um morre o outro segue seus estudos e aprendizados sobre si, que maravilha, não terminar a vida porque as vezes tão mergulhados no ter esquecemos que a parte importante e maior é ser! Ser o ponto deste infinito que olha pela janela vendo o interno que o abriga e fora a harmonia posta pelo eterno.

Quando se abre a mesma janela mas a distancia do corpo, outras cores,  outras luzes, mais intensas, o colorido parece ter vida própria, as flores irradiam luz de cores quando tocadas pela estrela matutina, e em diamantadas formas as gotículas do orvalho, refletindo e projetando as cores do arco ires, em êxtase balbucio, Deus quanta beleza na natureza que puseste vida.

Nem nos apercebemos nesta viagem interplanetária como passageiros que estamos olhando também para a profundidade de nós mesmos, os sentimentos que surgem nos olhares trocados, na ternura que se impõe a voz que pacifica almas, nas letras que trazem calma e ponderação, e mostram no silencio das almas os ruídos de festas de alegrias que podem ser muito bem naturais nas expressões de vida.

Em Gaia se aprende, se aplica, e se desligado do templo onde reside o espirito, este que vê o corpo tido por empréstimo, agradecendo a ele todo trato dado ao ponto, que tudo sente em volta e dentro, indo na direção de nossa essência percebemos, um outro universo infinito, imortal, falante, escrevente, inspirador, ruidoso em seu amor!

Nos acomodamos no assento, e escrevemos do nosso sentimento, reunindo o que temos sido nesta viagem maravilhosa cheia de percalços, dificuldades, angustias, inseguranças, pandemias, mas essa força interna de centelha, vida de qual nos deu ser seres viventes, exulta, porque a cada prova vencida fica a marca da virtude fixada, e esta nunca mais se perde ou se distancia do autor, é o premio do eterno por seu labor.

Por agora é isso, namaste




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Antonio Carlos Tardivelli