terça-feira, 20 de agosto de 2019

Que entendimento do que sou?


O que ainda não foi dito?

Pelo espirito que parte assim como chegou, trouxe na bagagem amor e leva quanto amou
Talvez o que dizer seja isso, a parte importante é a que se pode levar isso
De amar, de compreender o quanto amou, quantificando as ações de auto amor

Para aquelas outras onde agir foi o imperativo da hora, nem sempre de acertos, alegrias, lagrimas.
E agora vez que chegue a hora de partir qual ser retorna? E para onde vai já que se procura ainda?
No que disse, no que faltou dizer, na construção de ser... quem pode dizer?

Dos acertos, dos enganos, do que foi bem feito, do tijolo que faltou terá no mais além eu fico no que estou?
Com saudade, na verdade do que sinto. Com as lembranças do passado no presente qual me ache?
O que ainda não foi dito para que seja pronunciado com todo ardor de alma?
O riso que talvez não tenha sido a causa, nem tenha dividido o desejo!

O beijo na alma mais querida ainda na vida que segue, ou na palavra negada do amor que se sinta?
Que falta dizer para quem quer ser o ultimo poema, ou no olimpo brilhar como anjo ou o rastejo nos erros do passado
Aprender que cada ato, toma o ser que procura achar-se no que tenha que dizer a vida, ou quiçá já tenha dito todas as palavras que constroem em si o infinito, e tenha chegado ao piso do céu onde a plenitude é lei natural predita, vivida que foi anseio nobre e por alcance foi tratada nos momentos de grandes e pequenas indagações de espirito.

Difícil dizer o que ainda não foi dito, complicado entender o que vem após o véu da morte física, explicar as almas com palavras já que a descoberta individualizada é indesviável, recobrir-se nesta espera de ter ainda o que dizer, já que a alma viajante constata a todo instante, que tem uma grandeza oferecida a si com discernimento pelo doador da vida.

Nem tanto se julgue pequeno quais as palavras faltem, nem tanto se julgue sábio onde elas sejam abundantes, a vida é estagio de ser sempre, pois foi gerada na fonte divina perfeita, o que ocorre em nossa busca de completude é ver o tanto que foi dito, julgar por medida justa, não o outro, mas o efeito de nossas palavras e oferecer a sentença da consciência, no bem que resultou, no que deva receber correção, como corrigir se morto? E se vivo?

Ora a consciência na continuidade de ser, o que se fez a si prossegue indagante, do que há ainda por ser dito, como transmitir o ser que se está, e como seguir mais a frente, posto que o agora é o presente para que se alcance o depois de agora, parece redundância, seria se o futuro não nos esperasse com nossa bagagem em auto construções ou misérias quais nos demos em nossos vacilos discernitivos nos tratando em enganos que mais nos acrescente sombras.

Ora direis de que grau falas com tantas palavras, já que vejo no que sinto o que me falta? É isso o porvir de minha procura? Ver-me no infinito posto e sentir que ainda sou grão misérrimo? Ou entender que sou parte do infinito, um ser amor que tanto tenta que segue tendo por base do foi feito no dizer, do que aprendeu no sentir, retomando ao próximo passo de existir o que consiga entender, o que precisa aprender, como retomar a ascensão da consciência sem que me tenha perdoado, me amado, dito tudo a mim no que que há para dizer?

E me encontre em outros braços, no da misericórdia que oferece novo campo de atividades e palavras a serem ditas por verdade. No da bondade que tolera minhas excrescências, enquanto procura da ciência de ser melhor do que já fui.  Ver o que foi dito, medir os efeitos que me tornaram no que estou, e os anseios mais enobrecidos que me conduzam a entender que sou parte do infinito simples assim.

E me perguntar o que ainda há por dizer a minha alma para que sendo feito desta possa entender o que é!

Namaste.






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Antonio Carlos Tardivelli