sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Caritas


O tempo de uma vida.

Chegado o movimento de partida, nos parece que o trem de nossa historia é apenas o tempo que ficou na estação, entretanto a providencia nos mostra que é mais que a passagem pela estação temporal, nos trilhos da beneficência divina seguimos em frente com nossa consciência, no estágio que ela esteja, se de grande iluminação amparamos os caminheiros das diversas estações que ombreiam conosco na imortalidade da alma.

Feito o preambulo como um constante trato do objetivo proposto as almas, sigamos ponderando segundo nossa vista, recomendando atenção já que não atingimos ainda o ponto de maior elevação, sabendo entanto que muitas são nossas semelhanças e por essa razão, minha viagem, guardando este fato relevante, as semelhanças, ela pode ser a sua e já que para dentro de mim vou mergulhando, antevemos nós, na similaridade de expressões, sendo participes, é como se fosse tua a minha escrita e o que temos de comum é a vida, a verdadeira e imortal existência em nosso espirito.

Assim por mais que dure uma veste, o tempo vai trazendo suas marcas e ela vai concluindo sua tarefa de recobrir nosso espirito, entanto, se a perdemos, fica no campo das experiencias todo amor sentido, todo bem ou mal que compôs nossos procederes, e se no porto das ilusões fatalmente obrigados a olhar pelas obras em nós, quais ditam o que fizemos nesta veste corpórea, avaliando os acertos e enganos com o juiz posto pela providencia divina, nossa consciência, e esta se amplia se por bem tomamos a oportunidade, absorvendo as claridades do Cristo, em espirito e verdade e tanto quanto nos entendemos dentro do contexto de sua mensagem redentora, vamos deixar a veste é claro, é da lei divina nascer e morrer em parte.

Em parte porque a vida em verdade não acaba, nossos entes queridos permanecem mais que em nossas lembranças, e quando estas bem fortemente nos alcançam se pudéssemos usar das faculdades da alma veríamos seu acompanhamento amoroso a muita vez nos sustentar o animo abatido, deveras que em vida o amor se multiplica na infinidade de oportunidades da perfeição criada pelo divino pai celestial em nós mesmos.

Claro que em nossa jornada necessitamos aprimorar nossa vista, pois a viagem pela veste corpórea é um dos períodos de aprendizado e integração, cada vez mais consciente no amor divino, haja visto que após nossa partida como que antecipando o saber que era hora, nos deixamos conscientes lembrando o Cristo no madeiro, quando em tanto amor nos reserva também o direito, por sua exemplificação, “PAI em tuas mãos coloco meu espirito” , não por menos a nós outros, pois deixada a veste temporária nos reunimos novamente por força atrativa do seu reino, segundo as disposições intimas. Alguns de nós qualificados como amparadores, noutros aprendizes, outros ainda confusos é oportunidade de trato na caridade.

Se a pendencia aos aprisionamentos na temporariedade com fixação de apegos, por tempo limitado ficamos nesta condição, entanto não permanente, posto que a nossa essência que podemos tratar por juiz e causa de nossos movimentos na eterna vida, nos convida, sem desvios, pois é escolha de Deus em nós, que sigamos um trajeto posto por ele de elevação constante, portanto, deixada a veste, segundo as disposições intimas podemos acessar um tanto de nossa história já construída em nós mesmos, marcas de lembranças fixadas no exercício de viver, nossa história, sempre mesmo a nossa revelia, ato de auto construção sadia dos resquícios de sombra ainda laboradas para a auto iluminação infinita.

De certo que o tempo passa, e nossos entendimentos vão se ajustando segundo as percepções de nossas almas já desenvoltas, e ai oculta uma maravilha, “o reino dos céus esta em cada um de vós” portanto é indesviável encontrarmos a paz, e nela, nos horizontes já que pacificados de nos tornamos pacificadores, aqueles que com nossas vibrações serenas, aproximamos dos jornadeantes pela veste física, transportando segundo suas buscas, por afinidade, um tanto de nossa história, somando a construção do amor nas almas que estejam receptivas.

Não fosse essa possibilidade, de continuar estabelecendo por nossa consciência, um labor continuado no amor, existir além da temporariedade não teria a nosso favor edificantes sentimentos de felicidades, porto onde avaliamos e reavaliamos nossas posturas e escolhas na nossa intimidade, o amor de Deus resplandece em oportunas idades para nosso discernimento, tanto que como diz o apostolo, eu deixo as coisas de criança e me vejo tal qual sou em minha maturidade espiritual, que se dá naturalmente dentro do contexto das leis naturais e divinas , me permitindo discernir sobre meu corpo celestial, objeto de trabalho de auto iluminação dentro dos labores que a providencia nos permite a todos de forma igualitária. Temos por vontade suprema a imortalidade em nossas almas.

Portanto o pastor que se edifica nos lugares mais distantes, reunindo em uma capela, ou sob uma arvore aconchegados em sua sombra, para estabelecer a pujante noticia do nosso redentor, o Cristo Jesus, trata tanto quanto o grande orador frente as multidões sequiosas de reconforto, a mesma medida será dada ao trabalhador das primeiras horas assim como agora no movimento de transição planetária, a vida que continua além da vida traz renovados parâmetros a nossa consciência, é isso que mesmo que, pobremente permite vossa linguagem limitada, viemos trazer e depositar nas palavras nossa energia!

Por hora é essa nossa contribuição, deve ser breve, concisa, fala de alma para almas, e quando estas falam as histórias se assemelham, de tal forma que o posto na escrita já se encontra em qual leia.

Namaste

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Antonio Carlos Tardivelli