Ao passado ficam as marcas das
escolhas, enquanto ao presente vivenciamos seus efeitos, umas nos trazem apreensão
já que intimamente o juiz lavrou a sentença, é indesviável que se colha segundo
nossa semeadura.
Existe entanto um campo cuja mão misericordiosa atende
prestimosas os ditames do amor mais puro, tido como divino, e em verdade é divino.
Por mãos, não seja tomada a palavra pelo espirito que há nela, humanizando
Deus, ele é supremo em todas as direções enquanto nós no caminho ascensivo a
ele, viramos as paginas e o juiz severo e justo, nossa consciência, determina
os ganhos e as perdas, e quando ou quanto nos voltamos para o infinito, físico,
atinamos para o infinito amor do provedor de vida, tendo por nós, a nosso ver e
por nossa palavra, misericórdia para conosco.
As nossas vivencias continuam no
campo mais sutil de existência, no patamar de almas livres, se efetivamente
livres, a verdade do que somos surge radiante diante de nós, em processo de
reconhecimento, tratamos dos detalhes em nós mesmos com a justa vista dos
deveres quais as leis divinas nos impõe, nas paginas viradas, pensadas, que não
retornam, com lucides entanto a elas nossas consciências tomam uma vista
ponderativa, quando não nas colheitas dolorosas redimitivas, sim, nos
aprendizados mais conscientes do que estamos em vida.
Oferecer respostas a nós mesmos
nesta trajetória, onde o passado tem peso influenciativo no presente, quando por
bom senso justa vista nos fazemos, encontramos no porto da verdade as possibilidades
infinitas a nosso bem, a misericórdia prevê que encontremos o porto tranquilo,
sereno, onde como fossemos observadores de outro ser, tratamos na análise das páginas
já escritas por nós, retirando delas o benefício das correções, quando necessárias
ao presente, oferta da misericórdia, sempre divina, repetindo as lições de vida.
Feito as preliminares, no sagrado
templo onde habita o espirito de Deus, vejam, o espirito da letra, não tomando a
forma pelo conteúdo que se pretende atingir reflexivamente, por verdade, apenas
os quadros de nossas lembranças mais recentes, onde em avaliações justas por
nossos saberes de nós mesmos, traçamos por condução divina as disposições intimas,
de luz ou sombra em nossas atividades diversas, entanto, ponderemos que na repetição
dos presentes haveremos de encontrar o momento avaliativo de ganhos e perdas na
nossa trajetória. E isso nos eleva ou nos conduz para as angustias dos nossos
enganos, porquanto seja produtivo o campo das dores e aflições, que tem por
efeito a renovação intima, a lei é sempre justa, nosso discernir sobre a obra
que realizamos entanto, é repleta de equívocos discernitivos.
Avançar pois na direção da auto
construção, é impositivo da lei divina, nos oferecendo a oportunidade de auto reconhecer
nos acertos e enganos, quer pelas ponderações de nossa consciência ou pelos
efeitos em dores ou alegrias, constatando nas paginas do nosso passado, o que
fizemos para que no presente não nos assombrem as paginas mal escritas, pelas dores consequentes e por
outra, encontrando na centelha do divino pensamento que somos todos nós, a objetiva
razão para renovadas páginas dentro da bondade e amorosidade, estabelecida
dentro, por roteiro seguro, para dias de alegrias e felicidades.
Somos em parte autores na nossa
historia presente, em escolhas sequentes de luz ou sombra, e por elas vamos
anotando em nossa alma o regresso continuado ao campo de culpas ressurgentes ou
na constatação das mudanças efetivas, o nosso olhar se volta esperançoso, a
renovados movimentos em trabalhos produtivos, no processo de auto cura e elevação
de nossas almas ao porto da verdade libertadora, do que nos seja correntes pesadas
e sombrias do nosso passado. Páginas que no campo da experiencia
individualizada escrevemos o caminho tortuoso e aflito de nossas culpas, que
elas não nos paralisem, Deus é a mais sublime misericórdia, de nossa parte, os movimentos
de escrita em nossas almas, somos autores não coadjuvantes, como se atribuindo
a outros os efeitos doloridos dos presentes, se não acessamos nosso passado nas
paginas mal escritas, pura misericórdia divina.
Atentos entanto para essa verdade, que pode ser a porta libertadora, escrevemos hoje, no presente de luz em um
templo de espirito, a trajetória do amanha em efeitos mais felizes se, somente
se, fizermos a escrita com verdade e fé, de tal monta que seja a semente de
mostarda, que nos dizeres do divino amigo Jesus, traz em seu simbolismo o ponto de
partida, a semente, ponto tocado por Deus, somos nós nos presentes que nos
oferece para que nos tornemos almas grandiosas e luminosas, não somente para
nós, por nossa conta de estarmos nele e para ele, mas por braço consolativo de
amor ao campo posto como escrita de nossas almas, na esperança, na fé, e nos
frutos da emancipação consciente já que por verdade libertados pelo Cristo.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli