O que te tornas?
Quando não te amas a paz se distancia
e o que fazes de ti,
desandas a lamentações
improdutivas e adoeces na alma recolhendo dor.
Entanto quanto se ame por venturas
há que passe, já que amar-te é o mesmo que construir-se.
O que te torna ser de luz própria,
amar sempre é agir a seu próprio favor em vida.
Se for uma caricia terna e
sincera, recebe o retorno de um sorriso
Tomas como teu o sentimento
construtivo, a verdade de tua essência expões ao trato de si.
Tu te tornas um galho, uma rama
do divino, ofertando o que te tornas
Já que sedentas almas por saberes
que reservas, tomam-te por amparo, consolo
A vista tua ampliada enxerga
destinos venturosos, aos aplicativos do teu amor como feito e efeito
Tu te tornas o amor que
manifesto, destrói as sombras das lamurias, enxergando a vida como ela é.
Sem as ilusões que asfixiam a
verdadeira síntese de tornar-se beleza até por palavras ditas ou escritas
Isto porque tua alma torna ao campo
onde semeia ternura de quem já viveu a desventura, a fome, a solidão, o
abandono, estando órfão de todo amparo aparentemente, resistindo entanto a toda
tempestade que te sacoleja, de uma para outra situação. Tu te tornas rijo,
forte, de vontade inquebrantada, canta com sua gratidão as provas mais duras,
pois nelas se aprimora.
Tu te tornas guerreiro jamais
abatido, posto a vida como alguém que se importa, com suas memorias, com seus
saberes e conquistas, virtudes de coragem outras de pacificação, ainda de
perdão, compreensão, mansuetude e como aprendiz do divino acervo toma-se por
leveza, já que quando se acrescenta na arvore de vida, onde flui a agua que
sacia toda sede, as batalhas são movimentos de conquistar-se, guerreiro frente
as ondas da inconstância nas angustias corpóreas sempre vence.
Te tornas a brisa perfumada, pressuposto
de confiança em porvir de esperanças, tua alma exala as virtudes eternizadas,
aquelas que em sementes em ti foram colocadas e germinantes a vida tu expões o
que te tornas.
Aquele que vive junto as almas
que procuram como, que se as consolasse. Eis-me aqui diz a tua, a outras sem norte.
Ou por outra já que vives tudo o que
em vida escreves, referenciando-se no Cristo que te acode, teu verbo toma contornos
de luz e aconchego onde se aprimora a caridade no terceiro milênio. O que esperar
já que buscas o serviço para se tornar amor ativo?
O que te torna amigo? E depois
que descobres ser o que se espera
de um, ages como fosse feito a ti mesmo
e te tornas luz no vagar da escura estrada onde desânimos açoitam, onde o ócio se
demora na penumbra, o calor foge já que não compartilha nada, toma-se por frio
e tu te tornas o calor amigo que aconchega o aflito.
Vista de esperança a alma errante
que a ti chega, não as desprezas, antes ama porque o feito de amor é sempre
amar sem olhar a quem, nem o tanto que tem a alma desvalida, não julgas como
senhor do outro, apenas serve como emissário do divino amor do cordeiro, sem
perguntar pelo ganho, sem reconhecimentos, sem outra senão a resolução do que
te tornas, por inteiro, do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Anjo de bondade quanto possas
amparar e servir
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli