Os propósitos.
Tanto quanto entendas a própria alma,
chega um tempo que se indaga, de onde tiro tudo o que sinto, de onde vem as
intimas inclinações, os impulsos vezes impensados, ou no cômodo das virtudes,
onde se acomodará tudo isso que trago e desconheço de mim mesmo.
Como um canto de alegria entanto,
as descobertas vão se avolumando no tempo passageiro e descobre-se, por princípio
meio e fim de onde veio, vem dai os mais
belos propósitos de vida, aqueles postos a vista diante da imensidade de
necessitudes dos nossos semelhantes, aos quais pensamos que servimos com zelo
desmedido, entretanto é cuidado da saúde interna, todo bem que se possa ao
outro, já que nos retorna no mesmo instante quanto sentimos saúde n´alma!
O proposito da vida, muita vez não é entendido em sua profunda idade, porque as dores estão ai, a mostra, se não as temos no campo que é transitório, físico,
se acomodam em nossas almas feito compaixão aos mais aflitos, ou por nós em
nossas angustias e medos, justo é entanto que neles, nos propósitos, fale também
a razão posta a analise continuada em nossas escolhas, isso encaminha as ações construtivas,
posto que não basta crer, a alma que anseia ser em sua completude, há que pesar
dentro, o que faça do que sinta, o que sinta no que age, e que no imo da própria
alma ouça a voz que ensina, reveja a trajetória ate o momento presente, seja luz onde haja trevas, dentro claro, doutra
forma não somos luz do mundo e o sal da terra, pacificação onde almas excomungadas
pela incompreensão apenas sofrem,
choram, angustiam-se. Como na região dos suicidas, nas trevas da ignorância,
nos aprisionamentos do egocentrismo, nas maldades insanas.
Seja a piedade como forma de
expressar seus propósitos em vida, lamente sim as escolhas que se fazem todo
tempo nos adoecimentos do egoísmo, cegos conduzem-se para os abismos, já que se
recolhe o que se semeia, se joio ou trigo que dentro se retenha, o inimigo é
voraz, ousado em suas sombras, recolhe por certo os efeitos do seus delírios angustiantes,
e tu que vês, o presente e o porvir de qual semeia, com a voz interna que te
educa a vista, toma por compaixão por essas almas, quantas se perdem no caminho
pensando que tem o ouro, quando o egoísmo aprisiona nas sombras que produz seus
enganos discernitivos. O ouro o tem como seu escravo!
Ah se todos pudessem ver o que
vemos, o que está e do que virá ao que semeia dor e desalento, os que acumulam
bens de transitório ensejo, enquanto almas padecem as misérias. Qual miséria maior
no que se conte, aquele que acumula bens em egoísmo, saudando o numerário escondido
em doentia avides, quanto esse é, o amargo fel dos lares desfeitos, dos jovens
sem a instrução, dos hospitais sem leitos, quanto não recolherá de gemidos os
que desviam nos rigores do egoísmo acumulando nos celeiros! De corações vazios.
Cujo clamor ainda agora é ouvido, misericórdia! Misericórdia! Tudo o que tem
são os efeitos de seus propósitos sombrios.
Por outra, ofereço também a
visita promissora, dos propósitos que se elevam ao caminho, verdade e vida,
(Jesus de Nazaré) onde o mais puro amor ensina, nos pendores da compaixão ativa,
na renuncia de si quanto esteja no campo em transito por ações produtivas, os céus se encantam das almas nobres, mesmo
sofrendo os rigores das estações físicas, nas irradiações próprias do campo mais
denso, entanto, em seus propósitos de levar alento se entregam a condução do cordeiro,
ajudando e servindo.
Quanto reluz em luz diante das trevas!
Há esperança! Ela se eleva! Canta seus contos de ternuras, infinitas do ponto
de nossa vista, pois a viagem nos ditames do altíssimo, torna nossos propósitos
factíveis, já que enobrecida a alma pelo que vê do pai, se auto aplica, se
transforma em pescador de homens. Em pacificador, orientador, amigo da humanidade
que não falta ao seu compromisso, seus propósitos são bem-vindos na vista de
futuro venturoso, não como prêmio, pois o trabalho é a premiação de qual ama.
E quem ama como Deus, apenas ama.
perfeito e simples assim....
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli