Depende do ser
Escolher o melhor caminho
Contar a mesma história diferente,
cabe ao poeta
Porque o quadro que labora nas
palavras deve ter um pouco a cor de toda alma
Senão outro ser não sente o que o
poeta tenta como espirito
E se não lido, se entristece
parecendo que seu feito não tem sentido
Porque os sentidos doutros vendo
o mesmo quadro lhe emprestam cores únicas.
Torna-se a mesma história contada
de outra forma por imensa quantidade de espíritos!
É quase obsessivo estar poeta
querendo transmitir suas escolhas de caminho
Ora confuso ora tão melodramático
noutra sincero afago com verdade
Nem sempre entendida ou sentida,
muito silencio há entre o poeta e qual o leia
Se entende não registra manifesto
se não entende afirma que não faz sentido
Muito embora o sentido esteja no
poeta e em qual o leia como mesma história repetida.
É um caminho solitário, vezes solidários
espíritos se apresentam e se o poeta diz deles
É tido como louco, desvairado,
alucinado. Mas todos somos espíritos! Ou tem alguém que seja só corpo físico? Quem pode negar o fato que a
vida no corpo é tão pequena, mas o poeta a eterniza em quadros por palavras.
Nem precisa crer para saber pois
vive em variadas estações de inspiro
Ora o inspiro vem de espirito, do
poeta ou de poetas quais se afine
Se filosofa por certo aglutinará
no entorno filósofos por inspiro, mas dirão os doutos letrados que vida de
espirito não existe, ora que contradição dizer para quem existe que ele não existe!
É como negar-se a si mesmo!
O homem não é o corpo, este é
semelhante a uma veste que recobre a vida de um espirito. Todos nós somos
espíritos mais ou menos esclarecidos!
Os poetas não são diferentes, tem
inspiro de seu próprio espirito quando se rebusca e ao pintar seus quadros os
seres incorpóreos, milhares de testemunhas silenciosas estão a sorrir e projetam
suas vistas para que de espirito a espirito seja fato contado por testemunhos
de vidas além, por muitas vidas.
Não dizem uns que é o espirito
santo outros que é coisa do demo e isso não especifica espirito como estar na
vida em dedicação ao bem ou ao mal? O que difere no poeta quando pensa é que
tem a possibilidade de separar o joio do trigo, de rescrever a mesma história
de forma diferente. Se vier de mau espirito nada o impede que reconte a história
de forma diferente afinal em lei precisa a luz preenche a sombra!
Vezes fala da virtude de luz de
dentro que se ascende noutras das sobras do egóico ensejo onde espirito põe a
prova até seus medos mais profundos, afinal para romper com a ordem quais introjecções
feitas por vidas toscas ainda muito primitivescas já que renascido da água e do
espirito e ansioso por entrar pelo caminho estreito no reino onde a verdade
impera pura e simples, onde a vida é. Não é tarefa fácil, conflita em si mesmo nas
descobertas das histórias em si mais antigas que vezes se manifesta no impulso
de rescrever de forma diferente a mesma história de eterno auto amor.
Quase respondendo como Pedro ao
Cristo, Pedro tu me amas? Tu sabes senhor que te amo Então Pedro apascenta minhas
ovelhas. Aquele que descobre a história de sua jornada frente a vida e com amor
labora nos quadros construídos por escolhas de fazer história, seu feito bem
feito ou mal feito sempre respondera ao Cristo O que queres que eu faça? Mais
acerto!
Mas isso é pergunta quem não entende
as metáforas afirma, os ensinos ocultos, mas que estão à vista de quem leia com a alma,
ora as perguntas sempre anseiam por respostas e cada um segundo sua vista do
mesmo quadro conta do seu jeito com sua vida, o que faz dela, enquanto
imortaliza em si sua história já vivida e como "a cada um segundo suas obras" só
encontra o que é do que faz de si acrescentando mais luz ou mais sintonia com
suas próprias sombras.
E as testemunhas todas estão aí
para sintonizar com qual pinte seus quadros, conte suas histórias, seja o que
faz de si: Conta-se que há anjos e demônios!
De certo que o quadro quando se
semeia luz de dentro torna coloridos sentimentos como luzes em expansão desde
dentro e se pudesse ver com a vista do poeta que conta o mesmo conto com outras
imagens de sua alma, veria no seu contorno cientificamente provado multicores tons
de luzes que só por ver o quadro diriam “Ah poeta vieste dos céus”! E não
haveria engano nisso, porque o espirito teve princípio em Deus que é eterno, logo
os poetas são divinos pois tivemos princípio Nele, fez o frio do inverno mas ofereceu
a possibilidade de aquecimento de diversas formas, até presciente pensou os
poetas que sonham e contam a mesma história em quadros novos, quando chove
prove de abrigo a inteligência que Ele gerou, para que se edifique casa para o
corpo para que o proteja com edifício na verdade para a alma que o céu de ser
almeja!
Do que, além dos poetas e suas histórias
revividas há quem leia sua alma identificando-se com os quadros onde insere imagens nas palavras e para aqueles cuja sensibilidade é tratada por
verdade de mesma origem entenda a história contada, mesmo que todas elas sejam
diferentes quando recontadas, a essência do ensino não muda porque a essência é
divina e que se pode alcançar pois todas
as almas tem algo de poeta, quando ama trata sua alma como se conhecesse que o
amor é toda cura que carece para que deixe de ser cego de si mesmo!
Depende de ser o fato de estar no
edifício que na alma se constrói, por bondade e extremado amor veio o Cristo
oferecer caminho verdade e vida, a quem queira, a quem procure, a quem bata!
Chama a muitos de diversas formas para que olhem para dentro descortinando a própria
história que produz ao longo do tempo ou fora Perdoados estão vossos pecados, “vá
em paz e não peques mais”, desta contagem onde transita o espirito numa estação
de ser onde recolhe os frutos dos seus contos que estando em sua própria alma
manifesta-se em suas cores luminosas quando assim escolha estar.
Na pintura de um momento de
bondade somou-se uma sequência de imagens únicas por efeito, novas histórias a
partir do mesmo conto, onde no princípio era o verbo e ele o verbo quis que os
poetas existissem para contar história a mesma história de formas diferentes. É
como ver o mesmo quadro acrescentando cores e se a vista deste poeta te trouxe
algo novo não está no conto do poeta, mas na sua própria história que só
reconhece como sua quando a escreve!
E a formula é sempre essa:
“Conhece-te a ti mesmo”
Rama.
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Antonio Carlos Tardivelli