A vida
No conto de toda história há vertentes de alegrias
Mesmo que a tristeza ocupe muitos dos nossos dias
Que a companhia da dor nos foque como se únicos
Pois ao sentir reclama a alma chorosa, só a mim atinge!
Mensurar a alegria é fato que não se soma no conto do histórico
de ser
Parece até que adoramos dor pois nela fixamos nossa maior atenção
Só contando de abandonos, de traições, de mazelas sem conta
de almas
Mas há vertentes de alegrias que ficam ocultas pelas sombras
das tristezas
Das vitorias conquistadas frente a prova que redime a alma
As virtudes decorrentes da coragem de auto enfrentar as limitações
O vencer as portas cerradas das incompreensões
O contar de coração aberto que muito vendaval ficou no
passado
Enterrado está pois para nunca mais ser revivido
Tem dor e tristeza que renova viva na memória qual se
aprisiona
Trazendo para o presente o que já não existe foi no passado
E o tormento vivido é rememorado muitas vezes como conto de história
revivida
Tanto tempo que se perde em lamurias do que já não existe
Passa a vida e os contos de alegrias que deveriam ser
reunidos em feixe de gratidão
Ficam esquecidos em um canto da alma porque só se enxerga o
que não foi bom
Mas se bem medido o presente que há na vida e são tantos
renovados
Em um dia a chuva noutro o frio antes do sol aquecente
Tudo parece ter ciclos e o ser pensante escolhe muita vez
ficar no campo da tristeza
Sem medir que muitos mais foram os movimentos de alegrias
Poder despertar e ver o sol nascente, poder medir tantas
vezes que sorriu
Dos amigos que se importam, das palavras doces ouvidas
Do toque quente do beijo nas partidas e chegadas
O afago festivo daquele que se tem estima seja humano ou não
Seja falante ou tenha apenas latidos de alegria quando se
chega a festa de vida
Anote quantas vezes sorriu no dia e quantas a fixação na
tristeza deixa aprisionado
Some tudo veja se valeu a pena ficar triste e perder a
alegria
Vociferar ou ser branda sua expressão intima
Gritar impropérios ou cantar canção que harmoniza
Por vezes usando palavras, noutras um simples assobio
Quem canta seus males espanta quem ora seu ser se agiganta
Quem aceita a prova tempera sua perseverança e ela nunca é
maior que a força
no trato da alma que ama e que valoriza a alegria da vida
Feita vezes de pedras enormes que quando não se salta por
elas se contorna
E se chega ao destino sempre só tardia a alma que desiste
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Antonio Carlos Tardivelli