sexta-feira, 13 de abril de 2018

Precisas de alguém como eu?



O porquê da prova

Quando criança meu espirito buscante queria saber o porquê da vida, das provas, das angustias que criança embora visse o futuro certo, de lutas que haveria de travar, não concebia meu discernimento o porquê da prova.

Na escola os professores embora devotados não ensinavam compreensão do que sou no que estou por fato e quando os questionamentos se tornam atos, objeto de culpa quando não perfeitos, ninguém está pronto para educar o auto enfrentamento!

Meu espirito ainda vagueia pelas emoções e sentimentos que por vezes não raras conflitam dentro de mim, se tivesse por feito sido diferente como seria meu presente? Ninguém pode responder por mim, nem meus mestres, nem meus companheiros de jornada, nem aqueles aos quais me dispus a servir quando de mim necessitaram, somente em minha intimidade o questionamento, terei senhor feito tudo o que esperavas de mim?

Na prova que prova o valor do guerreiro sim fui valente, companheiro, aquele que sempre pronto auxiliei no máximo entendimento, mas estou aqui agora a questionar meus feitos, se tivesse ido por outra direção que não as tomadas como o caminho mais correto que pode minha alma discorrer agora já que no passado estão as provas e ele não volta e o resultado está sendo mensurado por meu mental que analisa meus feitos.

Porque a paz em mim ainda não atinge a plenitude porque me provas senhor? Terei na simplicidade e ignorância do mais certo falhado tanto que não tenha perdão ou seja alcançado pela  misericórdia e que prova ainda do meu amor tu pedes agora?

Não é tua a vida que me deste por empréstimo? Porque a dor o desconsolo enquanto sei que o que posso é tudo o que tenho e pouco tenho de mim mesmo para oferecer préstimos!

Ah como anseio novamente vossa companhia, sei que me dirão é louco! Sei que de mim sabes como sei de ti que é meu norteio e guia, mas por vezes senhor, áspero é o caminho que me impões, as pedras, as dificuldades, as ansiedades, o orgulho que ainda se interpõe ao meu caminho frustra muita vez em meus desacertos as aspirações mais nobres!

É como se minhas sombras interiores me impusessem um peso enorme, nos conflitos íntimos quais por certo tua misericórdia me acode onde me sinto desatinado, confuso, desorientado e ninguém senão tu senhor é por mim pequeno ponto do teu universo!

Perdoa se por agora não entendo a prova que me impões por justa causa é certo. Não vejo além dos meus próprios pés na pequenez qual me sinto agora, já não demora a partida do corpo que me emprestas, que farei senhor depois desta? Se não por implorar misericórdia desde agora;

Já que nem anjo me tornei por fato, e pequeno ponto do universo de atos! Quais  podem dizer de mim diante de ti quando me indagas desde agora, o que fizeste filho dos anos de tuas provas! Qual respostas deste a vida que te emprestei? Não sei senhor se minhas respostas foram de alcance meritório  diante de tua ciência de mim, ou se minhas sombras foram superiores aos meus bons intentos na vida que me emprestas!

Prova rude olhar para mim e perceber que tão pouco estou  ainda diante da imensidade que és tu senhor!
Que teu olhar senhor se estenda por meu intento não por feitos que não tenha feito, perdão por tudo o que me deste por entendimento e eu falho não atendi aos teus chamados providentes, compaixão por minha pobre alma assim tão carente ainda de entendimento e dobrado a ti, meu senhor, te suplico

Não sei o que suplicar porque a prova me angustia e não sei qual caminho tomar de agora para o que sempre me tornas,  só sei que o presente é teu, que tudo a ti pertence então permita que me abrigue em ti para que esteja na paz que sinto que preciso para prosseguir

Mesmo a mais rude prova, a angustia mais profunda que me atormente, permita senhor que meu alento seja a vista do futuro que me aguarda por ser teu filho, obra tua na terra de abundante vida!

Estou aqui senhor precisas de alguém como eu?



Antonio Carlos Tardivelli

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