Como entreter a alma diante de
tantos equívocos
Por certo que o certo e incerto
se confundem
E se trata a própria alma sem
perfumes agradáveis
Entretanto quando as sombras
permeiam confundindo
Até aqueles ditos eleitos que
vacilam a dor é mestra que educa
Interfere na romagem terrícola transitória
abrigando esperança.
Depois de uma parada auto
arbitrada para que a alma repouse de si mesma
Novamente o movimento impostergável
se apresenta
Haja vista que a dinâmica das
almas é sempre ir mais acima
E o presente quando se torna
passado não mutável há que ser visto
E por ser esperança algo ativa a
alma em suas ponderações
Toma renovadas resoluções e parte
nos presentes que tenha
Na carne ou fora dela para que
tome posse de si mesma!
A vida então é o entreter da alma
em sua jornada mesmo que adormeça
Mesmo que passe por vales
sombrios onde se depura ascendente se posta a caminho
No entreter de suas razões para
ser estão as escolhas que se faz enquanto segue
Uma força interna que levita por
vezes as paragens mais sublimes
E noutras obrigam-na de dentro
para suas expressões a visitar as próprias sombras
Nunca houve paz interna sem que fosse
conquista em vida nos presentes. Porque se torna consequente
Já que o presente passa e se ao
recurso de tantos dias e anos nas eras sem fim forem de escolhas que afrontam a
diretriz do que se seja o que se é cobra como um juiz correto e justo não há
desvios fáceis!
Há o auto enfrentamento dos
efeitos das ações e quando a alma se entretém a cuidar de vidas quantos sejam
lhe concedidas para usar o que já encontrou em si por caminho de luz e não de
sombras, há um campo vasto a ser descoberto dentro de uma espécie de infinito
onde se chega por abrigo da verdade do que é a paz por fim e por meio de ser
presente onde dela os seres se ausentem.
Quando se entretém nos labores
produtivos posto que a arvore deve crescer a partir da semente para se tornar
abrigo, alimento, força referencial que toda terra preencha de beleza, há que
encontre nos labores a certeza de que tudo o que realiza enquanto serena, trata
por medicação segura seu caminho de luz em um auto encontro onde amplia os
horizontes de centelha para ser um sol de amor!
Neste sol as inferioridades
sombrias que se guarde são queimadas de dentro para fora em sua jornada de
forma indesviável, se pela dor ou pelos efeitos felizes do exercitar amor é
escolha enquanto caminho nos presentes tantos, quando ora e se ilumina buscante
dos céus encontra possiblidade infinitas dentro de si, torna-se mestre de si
mesmo embora ainda dívida com compartilhamentos dos planos que se elevam compreensões
cada vez mais amplas sobre seu destino adquire paz segura serena onde escolhe
ser amor apenas.
Não existem privilégios existe
movimento ascensivo nem sempre fáceis se traga sombras onde se abrigue porque a
luz chega e vai tomando tudo e no entreter-se a alma vê-se por inteiro e decide
então ser mais luz ou permanecer nas sombras dos equívocos onde por força
interna que não oferece desvios haverá de tornar-se mais dia menos dia
O mestre interno o fiel da
balança que transforma a criança que ainda seja no que esteja.
No corpo ou fora dele, o veículo
é forma para ser manifesto o espirito.
Se chegou até aqui vossa leitura
fez uma releitura de si mesmo em algum grau, visitou-te tuas lembranças de luz
e sombra que foste, mas não te prendas no passado que não mudas olhe teu
presente e entretendo vossa alma em sadia busca de ti mesmo
Te encontres!
SER é tudo ter é o que és e só te
será dado segundo as obras em ti mesmo!
Namaste
Nas flores de abril muita paz
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Antonio Carlos Tardivelli