segunda-feira, 21 de abril de 2008

Que assim seja:





Faça-te sonho diz minha alma
Para que se achegue quem se esqueceu de como sonhar.
Trate por ternura o verbo, seja como a fonte.
Onde se saciem as almas para depois cantarem felizes.
Conta da esperança bem próxima
Desmonte os fardos da opressão
Se há dor necessário impulso ao reajuste
Não pode haver lenitivo, consolo.
Vista certa que terá fim e virá o riso farto?
Claro que sim canta; minha alma!
O canto celeste todo dia é repetido a ti para que espalhes.
Veja os lírios do campo como se vestem - Lindos!
Depois se lembre por esperança se viveis no charco.
De contar da primavera e dos seus perfumes
Repita que nem os lírios do campo têm a veste das almas!
Ouça os rouxinóis da ternura vibre com seu som próprio
No diapasão da esperança afine os espíritos cansados, oprimidos.
Assim ouvirão – vinde a mim todos vós- e virão!
Que contes o fim da dor do desamor da dureza da miséria
Alerta aquilo que o passageiro sente durante a viagem
E se esquece muitas vezes que ao chegar ao destino
Por abraço, bom trato o Pai aconchega em abraço.
Faça-te sonho verdadeiro, como conto de muitas vidas
Porque hás de renascer da água e do espírito!
Até que tenhas por abrigo tantos sonhos e por feliz trato os divida.
Sejas o perfume dos campos do Pai as almas todas
Toque-as com imagens aprisionadas no verso.
E por efeito de quem desperta em um momento feliz – isso não verá!
Repetir-se-á ao infinito – Encontrei o “ Eu sou” “o caminho a verdade e a vida”!
Poucos poderão nesta estrada árida querer ouvir a voz dos rouxinóis
Se um já o terás por ganho meritório
Se uma esperança espalhar já terás a chave do reino oferecida graciosamente.
Caso ela se multiplique em cascata como desde a dois mil anos a muitas almas
Verás em futuro certo a alegria na tua própria alma por efeito
A cantar os feitos da humanidade feliz!
Eis que surge Jerusalém – Jerusalém!
Eis-me aqui mais que teu operário dirá olhando diretamente á fonte
De teu filho me chamaste então Pai - me permita seguir sonhando
Onde existam aqueles filhos mais desditosos que se esqueceram
Se amamos tanto com todas as nossas limitações
Que dirá o Senhor de todas as almas que as fez tão belas
E Eternas...

Antonio Carlos Tardivelli

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