quinta-feira, 17 de abril de 2008

Fé e razão:



Quando olhando para o universo.
Pelas lentes da ciência
Traz pra perto tanta coisa. Que não sabíamos da existência.
Estrelas distantes aos bilhões. E ficamos a pensar...
Quão imenso e belo é o infinito.
Olhamos para dentro de nós e nos sentimos.
Por tentar religar com aquele que tudo fez
Elevar, sair do ter, sentir nosso ser, muitas vezes se tropeça.
Mas a crença quando deixa a razão regê-la!
Ah toma por vida o que existe pequeno. Por grão de areia na praia
Na humana idade do entender. A fé se torna luz imensa
Estrela da manha majestosa. Conduzindo quem a busque
A um novo amanhecer!
Por fé ditam muitas crenças
De um céu que se alcança sem méritos
Por salvação, o divino condutor. Trata aqueles que unem fé e razão.
A fé exalta o Criador de todas as coisas. Porque imensas são suas obras
A razão nos dita sermos nós obra sua então o que há por temer?
Colocou nossos sentidos para sentir-las. Nos sentir na vida
Deu-nos a fé e a razão!
Aquela que o sente como Pai de toda a humanidade. E por ventura se alçada a sublimidade. Vemos-nos todos como irmãos.
Que canto é esse pergunto ao consolador!
É amor me responde solicito!O amor não pensa num Pai criando infernos de fogo
Entende que ele gerando o universo fez tantas moradas
Tantas quantas seus filhos, elevados ou não necessitem.
Em umas radiantes sutis alegrias, compreensão, bondade!
Noutros de provas e expiações como a terra
Por vezes baixam os céus a terra, e dizem:
Vou para o céu! Porque ele me salvou!
Mas fica inerte a razão! Pobre vacilante fé!
Que credita à forma a essência divina!
Na verdade o Mestre dos Mestres veio para mostrar o caminho!
Confinou num só mandamento toda nossa necessidade.
Salvar pela fé que raciocina indica o exercício do amar sem limites de tempo.
Ser um com o Pai na dor, no desalento, oferecendo o abraço da crença mais pura.
Ele é misericórdia! Perdão! Amor sem impor condição!
Deixa a escolha dos filhos o tanto que queiram ficar
Nas sombras dos próprios enganos. Ah mas oferece a ciência!
E os homens olham mais longe nos céus, sem dimensionar o infinito!
Extasiados ante a imensidade sentem-se grãos tão pequenos!
Olham então pra dentro de si mesmos tristes ou felizes com o que estão!
E a fé onde entra com razão? Se o olhar se perde no infinito?
Ora e pede consolação – e o convite é feito
Olha o universo contido dentro do grão!Que sente a imensidade - tem fé de verdade!
Alcança níveis nunca dantes atingidos.A verdade liberta disse-nos a razão o Divino amigo!
Ah mas é preciso fazer como Paulo na nossa estrada de Damasco.Deixar o velho e pensar o novo.
Parar de perseguir a humana idade com credos vazios
Que desejam mais confinar o divino á humana aparecia!
Quando a fé nos leva a razão indica. O nosso criador não nos salva da jornada infinda
Ele a nos oferece como opção. Ficar na fé cega ou uni-la a razão.
Os mortos vivem! Se assim não fosse O sábio dos sábios, mestre dos mestres.
Não teria dito - Deixai os mortos para seus mortos!
Se chorares porque quem partiu deixa a tua fé se unir à razão. E sinta!
A vida física é feitio de pó que retorna ao pó!Como está escrito na lei natural.
Mas nossos amados, aqueles que foram amados primeiro pelo Pai de todos nós.
Estão vivos! Quem sabe vezes tão próximos de nós,
Quando deles nos lembramos com muito carinho e amor.

O céu existe! Estamos nele!E não estamos a sós...


Antonio Carlos Tardivelli