domingo, 20 de abril de 2008

O que muda a fé









Quando o mundo nos agride – sentimos o que estamos
Deixando marcas, cicatrizes – vivemos o que sentimos.
Insistimos nesta vida – procurando algo novo
A querer algo melhor- a ser algo que encante!

Passa tempo, nossa historia – por vezes aprendizados na dor
Revemos acertos nossas derrotas – aprendemos a olhar profundamente.
Caminhando para frente – seguindo uma luz não vista
Como se olhando o horizonte – lá distante a estrela da manhã!

Vez nos trata por sermos fortes – perseverantes resolutos
Com a prova mais que rude - nos desperta o ser divino
Tendo essa força seguimos – tendo essa fé - amparamos
Sem ela tudo fica sem sentido – estamos a sós no caminho!

Agora vou contar historia – de uma alma na terra
De um menino bem pobre – pobre o que é pobreza de fato?
Espírito aprisionado – egoísmo desamor
Chorava pelos cantos sem consolo tanta era sua dor!

Saia cedinho pobrezinho – e já cedo era açoitado
Para um trabalho bem simples – almas lhe sussurravam
Repetia aos milhares – em seu simples trabalho
Um movimento ritmado – repetido cansativo!

Nas horas mais quentes do dia – mais ouvia tais almas
Se sentido desconsolado nelas encontrava consolo
Ouvia como voz que bem intima – trabalha e confia de fato
Repetia ser ele muito amado por quem indagava!

Estás na escola da disciplina aprenda! Resolva antigas pendências!
As horas passavam tão lentas e seu coração comprimido nada entendia
O ritmo se repetia a exaustão – isso sim sentia
A tardinha muito cansado ele lia o único livro que tinha a boa nova do Cristo!

Lá está escrito que a felicidade seria de um numero limitado
De apenas cento e quarenta mil e isso lhe trazia desalento
E outros tantos milhões desta terra de provações?
Indagava sua alma aflita chorosa dobrada submissa na prova mais dura!

Ah e eu pobre que sou – nem sei como pedir
Nada por caridade posso fazer-só sei sentir
Já que sou dela necessitado- queria tanto meu Pai te ouvir
Também levarei o fardo da perdição de Adão?terão jeito meus mal feitos?

Ah não! Ah não! Não pode ser somente isso!
Eu sinto o infinito as dores desta terra – todos os aflitos me procuram!
Os degredados pelas eras aqueles que não souberam viver
No aprendizado na dor! Que fazer em meu amor?

Nesta historia teve um ser – que se compadeceu e viu longe
De bondade extremada – falou com o pobre menino
Desceu dos céus de onde estava – e mostrou ser ele divino
Por pura piedade e disse: eu sou aquele que sou!

Sublime porta que abre – quando conhecido o caminho
Esta voz que o pobre inda guarda – consola liberta indica direção
Ninguém pode tirar o que se sabe – então dita a razão
Que é fortaleza da fé quando pensa alem de sentir o amar.

As provas continuaram rudes – mudou entanto com algo novo
Os caminhos pedregosos íngremes – tornaram-se calmas planícies
A disciplina foi trabalhada em todas as horas do dia
No duro talho da vida a alma encontrou seu alento

O que mudou então por crer? Se não parou o sofrer?
A fé enfim raciocina! A dor é escola que ensina
Não mantém os antigos grilhões – crenças vazias fogo eterno.
O pecado por morte sem fim! Nem a punição mais severa!

Apenas um homem que conta e poeta sente tanto por seu amado
Do seu amor por seu Deus então conta, historia sem fim.
A diferença que conta esta no que se encontra
E que se desfez o inferno interno pelas planícies da paz.

Aquele sentimento gerado pelo desejo de posse
Ou por querer estar acima da lei dominando outras almas
De amor do meu Deus para os seus! Vem a liberdade e calma
Cegos da vida perdidos no ego! Entanto ainda tem fala.

Inferno talvez desta vez-por não mutar pela fé
Por antigas faltas na lei – ainda prisioneiros da dor
Que diz ama e perdoa – mas se prefere o domínio
Segue oferecendo a paz o pobre menino...

Se te demoras entanto para entender por quem vives
No pranto que te aprisiona como água que te lava a alma
Crê naquele que a vida te deu – por missão tornar-te forte
E para que não pudesse esquecer rompendo tudo que aprisiona

Ele disse com todo cuidado Meu Pai perdoa - eles não sabem o que fazem!
O que muda a fé que disciplina a vontade?
Descubra amigo meu, pois a voz divina te ensina a olhar no teu coração...
Isso é seu, é o que tens é o que fazes ...


Antonio Carlos Tardivelli








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