quinta-feira, 22 de julho de 2021

Ser a porta


Ser a ele quando chegue e nos chame ou a outro que seja seu enviado, jamais cessa de enviar seus prepostos.

No laço que nos anima a estar na poesia em traços que trazem a tona a beleza da existência infinda, tu o sabes, concluíste, entanto muitas almas há em triste sina, quais se colocam pois não buscam para que encontrem na verdade do que são, a própria iluminação. A bela parte da vida tornada poesia.

Lado místico se assim quiseres dimensionar, tem todo poeta no seu canto quando conta das vistas que tem sobre a eternidade, e nela sua própria imortalidade, sabendo porque isso enxerga em si mesmo, que seus sonhos não podem ser quimeras, uns renascentes como se não tivessem sido vividos com a intensidade e verdade desejadas, lição repetida, poema reescrito, vida renovada em oportuna idade para o espirito.

Lado lúdico pois como um jardim onde recolhe as flores da alma para oferece-las a quem chegue a porta, espie curioso que seja e se algo do jardim lhe toca é como se em si retivesse o que vê fora, em verdade um poeta é aquele que lê a própria alma falando de outras que a si se assemelham, como se contasse historia de um guerreiro, que luta por trazer beleza a prosa e verso, só a encontra entretanto se o olhar a ele posto for generosa oferta.

É um tanto virtuoso, não o fosse de onde tiraria o inspiro? Quem se aproximaria para contar suas histórias, temente de que seus contos de alma fossem relegados, sua importância fora tida como delírio, seu falar de flores e odores dos olhares amados nunca esquecidos, depois que se deixa o corpo, se conta os feitos, os poemas que foram escritos e os omitidos, as prosas que foram feitas com desvelado amor e outras que confundiram-se em sentimentos primitivos, entanto a vida que prossegue deixa a alma do poeta leve, já que conta dos campos a imortalidade que se leva, a historia que se fez em prosa e poesia.

É disso que tratamos nesta aproximação de dimensões exatas, um que existe na carne e expande seu trato sobre si, inspirando-se quanto eleve sua vibração serena, estabelece com os poetas redivivos o que estes querem colocar a prosa, diferente do que escreveram em vida, pois a prosa e verso que se conta evolui junto com a alma, e esta que pensava na beleza circundante põe a própria vista ajustada em renovados valores que contam e falam do que importa, a vida que se eterniza e o que leva a alma enquanto conta história.

Por ser verdade esses poetas redivivos, trazem esperança aos corpos cansados pelas lutas que se estabelecem nas encarnações, o espírito livre experimenta a pacificação, pois vê além do presente nas configurações de seu esforço de alma em aprimorar as próprias vistas, sobre o que seja beleza a ser contada, existe maior que a própria alma? Aquela que vos fala e que foi poeta enquanto pensava viver, e depois que seu conto breve terminou, descobre deslumbrada diante de si a sua própria imortalidade. Eis-me aqui diz ao que fala e inspira, já vivi o poema como tu o fazes, já contei histórias de memória de vidas e de minha própria.

Já fui verso a aprisionar minha vista do belo, alguns viram sob a mesma vista outros reagiram com desdém, ora o poema traz alento a quem o busca, se pensa fora qualquer esforço do poeta é desperdício de energias em seu conto, entanto se toca uma alma com sua esperança de vida e vista de beleza, há por justiça que lhe seja imputado o fruto em sua obra, pois acarinhar outra alma estabelecendo para ela a vista de si mesma em semelhante histórico é o conto em verso e prosa que mais importa.

Um poeta sabe porque intui que se seu toque por ternura tocar a alguma alma em sua procura e se este encontro de almas for marcado pela busca de entender o amor por necessidade de mais amar o encontro com a verdade do que seja é inevitável, o conto do poeta se transforma, fluem seus mais belos encantamentos, as palavras mais ternas embebidas em perfumes de esperanças porvindouras e que se fixam por vista no agora, presente de vida que antevê a paz e a harmonia que se encontra enquanto busca no amor a vida contar sua história.

Encontra porto por certo em outras almas nas quais por afinidades atrai ou por magnetismo indesviável por lei justa se reúne, ah sim! A imortalidade é algo comum em nossas existências, o que nos atrai é resultante de obras realizadas em nossa intimidade, tanto que os poetas quando deixam o campo transitório se reúnem como almas felizes ampliando suas vistas em seus contos, o edifício de ser esta posto diante de si e só acrescentam mais um conto em prosa e verso do que vivem nos presentes que a bondade divina preserva para que haja justiça, ao que planta boas letras em sentimentos que buscam elevar-se, as respostas de vida se apresentam!

Eis-me aqui diz o poeta na instância do espírito imortal, eis-me aqui diz o instrumento que toca a mesma musica de alma, juntas compõe a prosa de agora, é natural a elas, seja também para a vossa que aqui chega, pois os poetas tanto os vivos no corpo como os vivos como espiritos desterrados, em seus contos contam do amor que tem, se tens amor incondicional, nos aceita com naturalidade, conservando em seus valores e quiçá acrescentando os nossos,  se o que nos assemelha em mesma busca, por mais beleza em nossos contos de vida

Que nosso histórico some mais um presente, este o de agora.

Assim é, não é?

Namaste

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli