domingo, 25 de julho de 2021

O sol ainda nao chegou


 5:00

Está tudo escuro lá fora enquanto se aguarda a estrela refulgente para que se repita o presente? Na verdade, não, o presente já se faz enquanto se aguarda a luz de fora preenchida da verdade que se olha, sente-se seu toque aquecendo do frio no inverno, provendo de luz que preenche as sombras da noite, na madrugada, cheia de expectativa, porque convenhamos o quadro que se apresentará aos olhos é único! Nunca há um dia que seja de exata intensidade de luminosidade e cores, parece que a perfeição divina isso previa para deleite de nossas almas, aguarde o sol renascer, e observe as cores louvando ao senhor da vida, experimente ser ciente de que assim é. Por vontade dele! Presente!

Ele chega por antecipada visão, quer estejamos no templo corpo ou no entremeio sejamos chamados, ninguém sabe a hora, todos sabem que por igual trajeto, como um amigo amado que foi recentemente, deixando seu sorriso em nossa mente e o brilho do olhar repleto da consideração por nós, pelo valor de nossa amizade, e esse caminho comum quando pensamos na providencia em sua perfeita criação, este amigo que se foi como a noite que chega envolvendo em transitória sombra até a próxima luz da estrela, nos aquieta em aceitação, porque sentimos ser verdade que haverá reencontro, e festivo, pois a luz da alma quando acesa, é como o raiar do dia, tudo a luz divina preenche por ciência de si, no transito pelo dia e noite que se repete, nos presentes oferecidos por Deus pra sempre.

Eis o tempo do sol que nos anima, enquanto aguardamos amamos tanto quanto nos entretenha as circunstancias de vida, os amigos que partem, tendo concluído em parte a obra, já que deixam saudade e vontade de estarmos juntos no  mesmo presente, que se repetirá por certo, como certa é a luz que aguarda minha alma, para ver mais um quadro da natureza, criado em beleza pelo pensamento do pai que tudo cria, tudo confere beleza e grandiosidade porque não se confina na luz da estrela que nos aquece o corpo e o alimenta, a alma volita nos campos mais sutis, e esse amigo que partiu, só foi primeiro, é assim que vão, deixando a luz de sua presença na lembrança de um sorriso, de um dia festivo compartilhado, de ideias e ideais quais nos reunimos para compartilhar.

Como a luz do sol em novo dia, tanto para os que ainda permanecem no transito corpóreo, como para os que se desligaram ou foram desligados deste pela providencia divina, porque após um dia que precede outro o presente se renova na luz das almas, o sol no ambiente planetário continuará por milênios e o templo corpo não comporta tanto tempo, a não ser, que se repitam experiencias necessárias as almas que Deus criou e cria eternamente, é um segredo que ele detém como seu feito, mas podemos nós seus filhos constatar, no corpo e fora dele a perfeição divina em sua obra mais sagrada, o ser pensante, a alma que somos e que tão viva esperando o raiar do sol, enquanto pensa nesta maravilha, que apesar de ser sofrida por vezes, é uma maravilha.

Nela podemos nos compadecer como meu coração se apertou em uma destas manhas, mendigava um ser esquelético, segurando as calças, pelo paio do dia, e aquele sofrimento que me tocava a alma vinham as indagações de quanto eu tinha, se bem que somente o necessário, mas que riqueza ter na mesa o prato, o teto para que nos recubra e nos mantenha aquecidos no frio intenso, enquanto o ser humano e divino segurando as calças ainda pode se encontrar ao relento. O que acontece dentro na compaixão que toca, que queima como sol inclemente, pois algo por feito caridoso poderia ser ação aquecente, mas não, a existência segue e a oportunidade se repete, em algum tempo na circunstancia de vida mais que observar e compadecer me será dado pela providencia, que tanto dá ao meu coração a compaixão como da a prova da mendicância para o espírito em duro resgate redimitivo, os homens hoje, que retiram pela corrupção o pão que sustenta vida, nesta condição de penúria renascerão por efeito de justiça, sujeitos a comiseração humana e a prova redentora de experimentar em si a miséria que provoca!

Tudo esta certo no correr dos dias, nas sombras da noite precedendo o dia radiante, mesmo para as almas medingantes como as nossas, que ansiamos por compaixão por nossas misérias morais, sombras egóicas que cerceiam a vista, muita vez ocultando de nós o alcance de nossos deveres, por nós mesmos em compaixão ativa, espontânea, imediata, diante das necessidades do outro e as nossas intimas, pois o amor que escrevemos em frases glamurosas enfeitadas pelas luzes que permite o verbo, precisa ser ativo a partir de nossa essência para ser a compaixão que assiste no que possa, se pão ou prece, sem a compaixão ativa como sol na vida nossa alma só reconhece em si a sombra da indiferença!

O sol está chegando na orbita da terra isso se repete a milênios, as almas expectantes ansiosas aguardam o rotineiro calor e luz que aconchega, aquece, renova as esperanças por um dia repleto de alegrias, as construímos com a aceitação simples e natural, da irmã sanguínea que nos precedeu a vida espiritual de alma ativa, do amigo e seu sorriso, deixa o brilho do olhar em sincera postura de espírito compartilhando presentes.

E antes que me ausente do corpo qual a providencia a tempo justo deligará, esta obra se dedica a pensar em nós almas viventes dentro do pensamento reflexivo das leis de eterno alcance trazidas pelo Cristo, não houvesse vida após a vida no transito por um templo corpo, a historia terminaria na lapide fria, mas não é assim que é, a palavra dele nos mostra um caminho de eterna vida, explicar ela já compõe alguns milênios que tentamos justa vista, vezes no calor da prova em um corpo que a alma anima, vezes na alma como as destes dois irmãos citados, uma sanguínea outra de alma com a qual se afinizam.

A vida segue, os presentes se repetem, irmãos amados que nos precedem, a misericórdia há de nos amparar em novo reencontro, esse é o valor da nossa fé que pensa, em Deus há somente vida!

Da corrente da mãe sagrada.

Uma auxiliar

Namaste


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Antonio Carlos Tardivelli