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Está tudo escuro lá fora enquanto
se aguarda a estrela refulgente para que se repita o presente? Na verdade, não,
o presente já se faz enquanto se aguarda a luz de fora preenchida da verdade
que se olha, sente-se seu toque aquecendo do frio no inverno, provendo de luz
que preenche as sombras da noite, na madrugada, cheia de expectativa, porque convenhamos
o quadro que se apresentará aos olhos é único! Nunca há um dia que seja de
exata intensidade de luminosidade e cores, parece que a perfeição divina isso
previa para deleite de nossas almas, aguarde o sol renascer, e observe as cores
louvando ao senhor da vida, experimente ser ciente de que assim é. Por vontade
dele! Presente!
Ele chega por antecipada visão,
quer estejamos no templo corpo ou no entremeio sejamos chamados, ninguém sabe a
hora, todos sabem que por igual trajeto, como um amigo amado que foi
recentemente, deixando seu sorriso em nossa mente e o brilho do olhar repleto
da consideração por nós, pelo valor de nossa amizade, e esse caminho comum quando
pensamos na providencia em sua perfeita criação, este amigo que se foi como a
noite que chega envolvendo em transitória sombra até a próxima luz da estrela,
nos aquieta em aceitação, porque sentimos ser verdade que haverá reencontro, e
festivo, pois a luz da alma quando acesa, é como o raiar do dia, tudo a luz
divina preenche por ciência de si, no transito pelo dia e noite que se repete, nos
presentes oferecidos por Deus pra sempre.
Eis o tempo do sol que nos anima,
enquanto aguardamos amamos tanto quanto nos entretenha as circunstancias de
vida, os amigos que partem, tendo concluído em parte a obra, já que deixam saudade
e vontade de estarmos juntos no mesmo
presente, que se repetirá por certo, como certa é a luz que aguarda minha alma,
para ver mais um quadro da natureza, criado em beleza pelo pensamento do pai
que tudo cria, tudo confere beleza e grandiosidade porque não se confina na luz
da estrela que nos aquece o corpo e o alimenta, a alma volita nos campos mais
sutis, e esse amigo que partiu, só foi primeiro, é assim que vão, deixando a
luz de sua presença na lembrança de um sorriso, de um dia festivo compartilhado,
de ideias e ideais quais nos reunimos para compartilhar.
Como a luz do sol em novo dia, tanto
para os que ainda permanecem no transito corpóreo, como para os que se desligaram
ou foram desligados deste pela providencia divina, porque após um dia que precede
outro o presente se renova na luz das almas, o sol no ambiente planetário continuará
por milênios e o templo corpo não comporta tanto tempo, a não ser, que se
repitam experiencias necessárias as almas que Deus criou e cria eternamente, é
um segredo que ele detém como seu feito, mas podemos nós seus filhos constatar,
no corpo e fora dele a perfeição divina em sua obra mais sagrada, o ser
pensante, a alma que somos e que tão viva esperando o raiar do sol, enquanto
pensa nesta maravilha, que apesar de ser sofrida por vezes, é uma maravilha.
Nela podemos nos compadecer como
meu coração se apertou em uma destas manhas, mendigava um ser esquelético,
segurando as calças, pelo paio do dia, e aquele sofrimento que me tocava a alma
vinham as indagações de quanto eu tinha, se bem que somente o necessário, mas
que riqueza ter na mesa o prato, o teto para que nos recubra e nos mantenha
aquecidos no frio intenso, enquanto o ser humano e divino segurando as calças ainda
pode se encontrar ao relento. O que acontece dentro na compaixão que toca, que
queima como sol inclemente, pois algo por feito caridoso poderia ser ação
aquecente, mas não, a existência segue e a oportunidade se repete, em algum
tempo na circunstancia de vida mais que observar e compadecer me será dado pela
providencia, que tanto dá ao meu coração a compaixão como da a prova da mendicância
para o espírito em duro resgate redimitivo, os homens hoje, que retiram pela corrupção
o pão que sustenta vida, nesta condição de penúria renascerão por efeito de
justiça, sujeitos a comiseração humana e a prova redentora de experimentar em
si a miséria que provoca!
Tudo esta certo no correr dos dias,
nas sombras da noite precedendo o dia radiante, mesmo para as almas medingantes
como as nossas, que ansiamos por compaixão por nossas misérias morais, sombras egóicas
que cerceiam a vista, muita vez ocultando de nós o alcance de nossos deveres,
por nós mesmos em compaixão ativa, espontânea, imediata, diante das necessidades
do outro e as nossas intimas, pois o amor que escrevemos em frases glamurosas
enfeitadas pelas luzes que permite o verbo, precisa ser ativo a partir de nossa
essência para ser a compaixão que assiste no que possa, se pão ou prece, sem a
compaixão ativa como sol na vida nossa alma só reconhece em si a sombra da
indiferença!
O sol está chegando na orbita da
terra isso se repete a milênios, as almas expectantes ansiosas aguardam o rotineiro
calor e luz que aconchega, aquece, renova as esperanças por um dia repleto de
alegrias, as construímos com a aceitação simples e natural, da irmã sanguínea que
nos precedeu a vida espiritual de alma ativa, do amigo e seu sorriso, deixa o
brilho do olhar em sincera postura de espírito compartilhando presentes.
E antes que me ausente do corpo
qual a providencia a tempo justo deligará, esta obra se dedica a pensar em nós
almas viventes dentro do pensamento reflexivo das leis de eterno alcance trazidas
pelo Cristo, não houvesse vida após a vida no transito por um templo corpo, a historia
terminaria na lapide fria, mas não é assim que é, a palavra dele nos mostra um
caminho de eterna vida, explicar ela já compõe alguns milênios que tentamos justa
vista, vezes no calor da prova em um corpo que a alma anima, vezes na alma como
as destes dois irmãos citados, uma sanguínea outra de alma com a qual se afinizam.
A vida segue, os presentes se
repetem, irmãos amados que nos precedem, a misericórdia há de nos amparar em
novo reencontro, esse é o valor da nossa fé que pensa, em Deus há somente vida!
Da corrente da mãe sagrada.
Uma auxiliar
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli