Formosa a pena quando discorre serena dos valores de alma
Aqueles que o amor conduz, é causa!
Desta beleza que não se oculta, não se ostenta, apenas é o
que sente!
Germina rompendo as durezas dentro da invigilância
Trata por verdade as conquistas que nas virtudes
despertantes surgem
É perfume exalado que cura a desventura, estabelece
racionalidade, consola
Porque de amar cego não sendo amor que vê amor em si, não basta
É preciso ir além e tratar por formosura tudo quanto sinta
no que seja
É construção que aos poucos toma forma, é bela nas minucias
expressas
Não se encerra, vai além da forma no campo do espírito que
se eterniza
Este conta sua história a quem queira ouvir como se conta vida
que passa no que é!
E o que conta para a planta que já foi semente? É sua história
como a minha
Vez que a beleza nela se oculta, é feito de luz tudo o que
perfuma, instrui vida
Enquanto conto de si na forma e fora dela enquanto nela tudo
torna factível
É a rosa e o perfume que antes foi semente e que antes ainda
é divina
Sua concepção parece para ser encantamento as almas, sim
elas existem! As almas!
Elas contam do seu histórico e querem quais as ouçam,
choram, riem, se completam
Porque o caminho para elas é consciente espera do melhor que
virá é certo
Seu encanto é saber do tempo, do oculto nele, que está em si
germinante
É perfume pensado antes, isso entende, luz penetrante na matéria
densa, oferece vida!
Não aquela que se pensa ter sim aquela que se é por fato,
humana e divina!
Formosa pena descrevente dos valores de alma, sabe que é
bela, entende nossa fala.
Deixa-se dizer a si quanto já foi em todos os presentes,
quanto conta de si e de mim!
Eu reino na verdade do que sinto, conto do que vivo, o sabor
de ser é lindo!
Traz os contornos da esperança que só espera porque sabe que
alcança
Se a despedida separa do amor que sente, sabe por que sente que
haverá reencontro e festivo
Se conta da irmandade ela se torna vida que prossegue, almas
que se juntam como agora
No silencio da madrugada, sem hora de chegada e partida,
este na alma que é conta que se encontra, compartilha estranhamente o que
sente, nunca só na estada
Se te encanta a vida que levas nos presentes, saiba que
continuarás como alma vivente como a minha
Que te conta agora da vida que leva, que sente, em conto
breve. Creias no que sintas.
É vida que se leva e torna conto de si que encanta, que já foi
semente, flor e é perfume, se chora ou ri pouco importa, já que vives tua história
única no universo inteiro, como pudesse ser mensurado o infinito, e isso é
divino, não é?
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli