quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O viajor

O viajor se deleita age e ama.
No sonhar do homem terrícola se não se deixa em ideias enganosas e ideais vazios, logra encontrar um mundo novo dentro de si toda vez que se aprofunda no pensar sua origem, no pesar suas ações, suas inclinações, seus desejos mais ocultos que tomam corpo em seus comportamentos.
Como viajor em um corpo transitório muitas vezes vendo de forma embaçada e confusa, não pesa o campo intimo enxergando a necessidade de renovação no campo das ideias e dos ideais que devem ter curso ascensivo, como todas as coisas sujeitas as leis divinas o fazem, de uma forma ou de outra pelo incentivo do amor em si ou pela necessidade da correção de rumo pela dor.
Delírios  filosóficos, doutrinas equivocadas, pensamentos deletérios, vão oferecendo corpo a ilusões onde muitas vezes se deixa aprisionar ate gostando dos umbrais da existência corpórea e incorpórea.
Age como ser fosse o que tem, não medindo o que tem pelo que traz em si, mas com ações grande parte impensadas cujos efeito faz  com que seja morosa, lenta, quase inexistente o avançar na senda evolutiva que dela se pode por negligente postura conservar viciações mentais adquiridas, preguiças, ociosidade mental, entre outras desqualificações para estágios mais elevados da consciência.
No primeiro quadro que proponho para esse conto, há que lembrar das inferioridades, enxerga-las na unidade, para que essa tendo vista justa e de um movimento de seiva divina interna que impele sempre acima, saia da condição primaria para um segundo estagio menos primitivesco.
Num segundo quadro o do deleite que trata a alma com delicias sublimadas que só a perseverança no entender a mensagem do Cristo por seus diversos emissários, se alcança ainda nesta vida, tendo em vista que os olhos se abrem para o infinito amor e mais que saber que se esta a caminho de compreender Deus, sente gosto pela jornada mesmo a custa de intempéries que recordam as inseguranças ainda existentes nos graus em que esta vossa consciência.
Regala-se ao pressentir seu futuro de venturas no universo sem fim, já deposto do desejo de domínio sobre o outro, de controle, de posse, sabendo-se depositário de esperanças renovadas já que sua vista se estende para além do campo das ilusões transitórias.
Descobre em elucubrações profundas que o agir deve ter a coerência com a essência dormitante no ser, que deve ser desperta por trabalho continuado, no auto conhecer-se, no auto lapidar-se, rompendo as barreiras do homem velho, carcomido por preconceitos diversos.
Suas ações então quando se encontra no estase contemplativo de alma já liberta, vibra suas luminárias internas na intensidade do amor que já trabalhou em si mesmo. Colocando assim elementos da afirmativa, "vós sois deuses podeis fazer o que eu faço e muito mais ainda".
Estando tudo na semente o despertar destas potencialidades é de responsabilidade nossa, e elevando ao divino provedor nosso sentimento de amor e adoração silenciosa de cada ser intensas pétalas coloridas vão brotando e se misturando a tantas outras que no ver e sentir o Pai o manifesta em emanações de amor mais purificado.
No olhar a terra do espaço a vista do espirito seu coração rejubila-se, mas ainda há os que não veem as belezas dos dias correntes na terra como haveriam de conceber essa vista sem um corpo físico, mas de posse de outro mais sutil, leve que se desloca ao sabor do pensamento do seu condutor?.
Podeis ver ou sentir o que coloco a vossa vista espiritual? Tem olhos de ver?
Eis o que diz o espirito da letra.
Se vosso coração consegue sentir as belezas dos sentimentos felicitantes que nos move em vossa direção podereis ver com os olhos de vossas almas que a vida é um continuo jorro de amor do Criador de todas as coisas e não esta fora de vós perceber esse amor infinito.
Tendes vós mesmos em dormência basta acionar pela vontade que persevera batendo a porta insistentemente sem esmorecer ate que se lhe abra os portais do infinito. Não pensem que vos vim trazer facilidades, trago-vos com dantes muitas e muitas vezes, repetidos chamados a que despertes.
Não mais o céu imérito sem movimentos de amor do ser a partir de agora.
Não mais o averno com penas sem fim.
Não mais a virtude angélica sem o esforço da entidade celeste aprisionada em um corpo carnal.
Não mais enganos dos mestres cegos mas vista do mestre interno completamente aberta para aceitar-se tal como é de fato. Não condenável indefinidamente por seus erros mas sim colhendo deles mesmos em lições a perder de vista na contagem das vidas. Tirando lição imorredoura de cada sistuaçao.
E onde houve erro a consciência justo juiz do esfeitos devidos ao universo se desloca com o poder de sua vontade sublimada a  refazer os caminhos amparando e servindo nas situações onde em semelhança tenha semeado discórdia  e devassidão.
Eis aqui o quadro final que vos ofereço.
Não mais o inferno inclemente mas a luz do infinito amor promovendo movimentos no universo, transformando, transmutando, tornando luz os espaços mais obscuros do ser.
Para que enfim, de um ponto onde a culminância do amor se fez presente possa olhar para o universo infinito de oportunidades de aprendizado e crescimento abençoados pelo doador da vida que ama cada filho seu.
Num outro ponto aprofundaremos a relação da criatura com o criador tendo em vista que agora se derrama sobre muitos pontos da orbe terrícola instruções para as mudanças ocorrentes no campo dos corpos mais sutis.

Paz e luz

Antulio


Antonio Carlos Tardivelli

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