Com o Pai
Eis-me aqui o que queres que eu
te faça?
Nosso coração e razão deseja
responder ao chamado divino, entretanto olhando para nos com sincera vista o
que podemos pedir ao doador de todas as coisas, se nosso entendimento ainda
errante não se dispõe a compreender que precisamos nos estabelecer diante das
leis eternas com sentimento embasado em razão, posto que se não nos
qualificarmos para entender o que nos cabe, como pedir ao Pai que nos faça o
que precisamos se isso não esta concebido conceitualmente em nossos corações?
Com o Pai, significa estar
plenamente ciente de seus mandamentos preciosos em nos mesmos e nunca fora,
pois o que os grandes mestres nos tem demonstrado é que no nosso universo
interior já estão todas as diretivas que nos levam mais acima. Então a nosso
sentir talvez cada um de nós deva responder como o cego de Jericó. Senhor que Eu
veja! E que eu veja profundamente em mim mesmo o que devo movimentar no sentido
transformador na diretiva do vosso amor!
Supondo que fossemos diligentes, conscientes
de nossas tarefas haveríamos de pedir oportunidades diversas em trabalhos
construtivos no bem dentro claro de nossas posses espirituais, ainda assim não seriamos
nós, mas o Pai através de nós tudo o que não for no conceito do amor mais pleno
ainda é fruto de nossas inferioridades discernitivas.
Logo nossa dimensão grandiosa
luminosa edificante, longe de nos colocarmos como humildes operários, se nos
prestamos as prisões asfixiantes do ego, a distancia de ter ciência do Pai em
nós, fica semelhante ao abismo que se encontra descrito na passagem daquele que
mendigava a porta da riqueza, faminto. Como nos outros muitas vezes do sentir o reino
dos céus em nos mesmos. Pois o que se é em luz deve estar no candeeiro mas com
vistas a humildade verdadeira que não atribui a si mesma senão a vontade firme
de estar Nele e com Ele para tudo realizar a partir de nós mesmos.
Vos mesmos mendigais a porta dos
mensageiros celestes pedindo orientação e cuidados especiais e ao obterem o que
precisam, muitas vezes não sendo a resposta que desejam, pois sempre vos
incitamos ao burilamento interior para encontrardes as verdades do evangelho em
vós mesmos, estacionas no ócio intimo, pois para as paragens mais sublimes só
aqueles que aprenderem o ensino divino abrindo as portas do seu eu para o entendimento que fora do trabalho caridoso não
existe ascensão segura. Ficam no aprisionamento da letra aqueles que se julgam
detentores da verdade.
Não obstante o exemplo seguro
oferecido pelo Cristo encarnado, silenciando, diante da indagação do seja a
verdade. Pouco o quase nenhum entendimento tiram desta sublime lição de
silencio. Poderíamos supor mesmo que por breve instante insano de nosso ego,
nossa mente comportar a compreensão da verdade na mente do Cristo? Por isso
caros filhos sentimos que ele silenciou. Não suportaria nosso mental divino
ainda recluso na semente, a luz imensa das claridades celestes da vista do
Cristo.
Muitos são os pensadores do vosso
lado e do nosso, e dentro das infinitas estações que orbitam as mentes operosas
ou não em si mesmas, o insistente chamado a que entendais que o filho prodigo
somos todos nós em retorno ao celeste abrigo, mas de forma a desenvolvermos em
nós mesmos a capacidade de pedir ao Pai,
e em plena consciência, com base em fé que raciocina para ate antevermos o sim
paterno, pois chegamos a compreensão de sua vontade e a ela nos sujeitamos de
forma completa.
É sempre Ele o grande dirigente
de nossas ações e pensamento. Pois ele nos reconhece com seus filhos e dentro
da sintonia do amor divino os mais adiantados na compreensão do amor do pai
laboram incansáveis cientes cada vez mais que é o Pai que trabalha pelo filho.
Uma vez atingido o grau de compreender que o
fogo queima ao toque vamos colocar nossa veste física e sujeita-la ao fogo? Não
clama a nossa razão interior que se destruída a veste física por arbítrio próprio
estaremos no instante seguinte ao ato imponderado justamente, diante do juiz
inclemente, que vai nos obrigar com justiça a refazer tantas quantas forem necessárias
às vidas? Como cadinho depurador?
Laboraremos então inúmeras vezes
em inumeráveis atos ate que nossa consciência esteja no exato ponto, de pedir
aos céus o que é dos céus, e oferecer a terra no labor diário no aparar das
arestas milenares que trazemos em nós mesmos, o conceito de amar a Deus sobre
todas as coisas também acima de nós mesmos como sugere a ordem evangélica.
Primeiro amarei ao Pai buscando o
entendimento do que seja amar a ele, já que Ele colocou-me aqui e agora, num
lar difícil, sem amigos que comigo se importem segundo a vista restrita que
temos, ou ainda constrangidos pelos problemas enfrentados pela humanidade que a
justa vista é pendor antigo de escolhas feitas, e se fossemos alongar os campos
de trabalho que oferece o grande Pai a nosso bem, conscientemente poderemos
afirmar que estamos situados onde nosso espirito necessitado precisa para que
enfim descubra o tanto que traz do Pai em si mesmo.
Não precisais ser letrados, universitários
do saber humano para compreender a simplicidade do que vos trago. Amar ao Pai
como primeira e maior diretiva deve ser como o cego de Jericó, que pede ao
divino enviado, Que eu veja Senhor, que eu veja e o grande Pai haverá de vos
abrir a vista, e o que vos surgira a frente serão imensos campos internos a
serem trabalhados com charrua da caridade!
E agora se meditares um pouco com
este conto que trago de mim mesmo, de minha trajetória, posto que cada um de
nós, embora deuses, só podemos oferecer o que vemos. Seja a vista que vos
ofereço mais um caminho para entendimento de que o tempo do Nosso Pai é sempre,
e para nos movimentarmos nas alegrias sublimes teremos para isso que atingir a
compreensão exata do amar a Deus ao próximo e a nos mesmos em sua pureza mais
sublime e conscientemente concebida como conceituação em nossas almas .
Poderíeis conceituar o amor a
Deus sem compreender o que a mente do sublime Criador pede a vossa consciência agora?
Podeis amar ao vosso próximo sem estruturar em vossa consciência o que seja
amar sem intervenções inoportunas na liberdade de escolha dos vossos
semelhantes? E ainda podeis amar a vos mesmos sem vos impor e não pela razão,
mas pela força divina que promove o germinar da consciência plena em verdade em
vos mesmos?
Se vos trouxesse coisas novas
sobre os céus que visito podereis entendê-las plenamente uma vez que há para
tanto a necessidade de estarem já desenvolvidas faculdades da alma que ainda
dormitam em vos em seus primários estágios?
Vede filhos que a tarefa do ponto
de nossa consciência para a vossa, tem o nosso concurso sempre como vossos
anjos tutelares, entretanto sem o esforço do iniciado para os estágios posteriores
nosso concurso embora não vejamos o tempo como vós outros será de longa e
penosa jornada para vossa consciência, tanto quanto vossa escolha seja estar no
patamar em que te encontras ainda pernoitando no ter indiferentes a teu próprio ser.
Não esta na síntese da lei o amor
a vos mesmos? Como vos amais meus filhos queridos? Na ociosidade mental podeis
acaso colher a compreensão mais sublime da existência, ou desejais permanecer no conceito errôneo de
que uma vida apenas dispões para alcançar o patamar sublime de poder conviver
com o amor do Cristo, se esta luz ainda dormita em vos em seus estágios
primeiros?
Com o Pai então desde sempre,
para nós desde que nos disse seja, estamos juntos em uma jornada ascendente. O
tempo de maturação dos frutos que a terra, neste estagio deveria produzir é
agora o seu ápice, posterior a esse movimento de vossas consciências estão os
novos rumos, os novos aprendizados, para aqueles que se colocam inteiramente
nas mãos do divino condutor, o Cristo. E agem por essa força interior meus
queridos.
E aqueles que ainda se colocam em
labores materiais que deveriam apenas complementar a ascese do self.
E nesta ação comecem a
compreender que o Pai educa seus filhos ao trabalho, pois ele mesmo trabalha
desde sempre.
Antúlio
Antonio Carlos Tardivelli
A ascese (do grego ἄσκησις, derivado de ἀσκέω, “exercitar”) consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a não satisfação de algumas necessidades ..
ResponderExcluirself
adj (ingl) Partícula inglesa que significa de si mesmo; em composição com palavras vernáculas, corresponde a auto. sm Sociol Processo desenvolvido pelo indivíduo humano em interação com seus semelhantes, por meio do qual se torna capaz de tratar a si mesmo como objeto, isto é, de "afastar-se", por assim dizer, do seu próprio comportamento, de considerá-lo do ponto de vista alheio, assumindo os papéis e atitudes das outras pessoas e de julgá-lo deste ponto de vista (Donald Pierson).