segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Com o Pai.


Com o Pai
Eis-me aqui o que queres que eu te faça?
Nosso coração e razão deseja responder ao chamado divino, entretanto olhando para nos com sincera vista o que podemos pedir ao doador de todas as coisas, se nosso entendimento ainda errante não se dispõe a compreender que precisamos nos estabelecer diante das leis eternas com sentimento embasado em razão, posto que se não nos qualificarmos para entender o que nos cabe, como pedir ao Pai que nos faça o que precisamos se isso não esta concebido conceitualmente em nossos corações?
Com o Pai, significa estar plenamente ciente de seus mandamentos preciosos em nos mesmos e nunca fora, pois o que os grandes mestres nos tem demonstrado é que no nosso universo interior já estão todas as diretivas que nos levam mais acima. Então a nosso sentir talvez cada um de nós deva responder como o cego de Jericó. Senhor que Eu veja! E que eu veja profundamente em mim mesmo o que devo movimentar no sentido transformador na diretiva do vosso amor!
Supondo que fossemos diligentes, conscientes de nossas tarefas haveríamos de pedir oportunidades diversas em trabalhos construtivos no bem dentro claro de nossas posses espirituais, ainda assim não seriamos nós, mas o Pai através de nós tudo o que não for no conceito do amor mais pleno ainda é fruto de nossas inferioridades discernitivas.
Logo nossa dimensão grandiosa luminosa edificante, longe de nos colocarmos como humildes operários, se nos prestamos as prisões asfixiantes do ego, a distancia de ter ciência do Pai em nós, fica semelhante ao abismo que se encontra descrito na passagem daquele que mendigava a porta da riqueza, faminto.  Como nos outros muitas vezes do sentir o reino dos céus em nos mesmos. Pois o que se é em luz deve estar no candeeiro mas com vistas a humildade verdadeira que não atribui a si mesma senão a vontade firme de estar Nele e com Ele para tudo realizar a partir de nós mesmos.
Vos mesmos mendigais a porta dos mensageiros celestes pedindo orientação e cuidados especiais e ao obterem o que precisam, muitas vezes não sendo a resposta que desejam, pois sempre vos incitamos ao burilamento interior para encontrardes as verdades do evangelho em vós mesmos, estacionas no ócio intimo, pois para as paragens mais sublimes só aqueles que aprenderem o ensino divino abrindo as portas do seu eu para o  entendimento que fora do trabalho caridoso não existe ascensão segura. Ficam no aprisionamento da letra aqueles que se julgam detentores da verdade.
Não obstante o exemplo seguro oferecido pelo Cristo encarnado, silenciando, diante da indagação do seja a verdade. Pouco o quase nenhum entendimento tiram desta sublime lição de silencio. Poderíamos supor mesmo que por breve instante insano de nosso ego, nossa mente comportar a compreensão da verdade na mente do Cristo? Por isso caros filhos sentimos que ele silenciou. Não suportaria nosso mental divino ainda recluso na semente, a luz imensa das claridades celestes da vista do Cristo.
Muitos são os pensadores do vosso lado e do nosso, e dentro das infinitas estações que orbitam as mentes operosas ou não em si mesmas, o insistente chamado a que entendais que o filho prodigo somos todos nós em retorno ao celeste abrigo, mas de forma a desenvolvermos em nós mesmos a  capacidade de pedir ao Pai, e em plena consciência, com base em fé que raciocina para ate antevermos o sim paterno, pois chegamos a compreensão de sua vontade e a ela nos sujeitamos de forma completa.
É sempre Ele o grande dirigente de nossas ações e pensamento. Pois ele nos reconhece com seus filhos e dentro da sintonia do amor divino os mais adiantados na compreensão do amor do pai laboram incansáveis cientes cada vez mais que é o Pai que trabalha pelo filho.
 Uma vez atingido o grau de compreender que o fogo queima ao toque vamos colocar nossa veste física e sujeita-la ao fogo? Não clama a nossa razão interior que se destruída a veste física por arbítrio próprio estaremos no instante seguinte ao ato imponderado justamente, diante do juiz inclemente, que vai nos obrigar com justiça a refazer tantas quantas forem necessárias às vidas? Como cadinho depurador?
Laboraremos então inúmeras vezes em inumeráveis atos ate que nossa consciência esteja no exato ponto, de pedir aos céus o que é dos céus, e oferecer a terra no labor diário no aparar das arestas milenares que trazemos em nós mesmos, o conceito de amar a Deus sobre todas as coisas também acima de nós mesmos como sugere a ordem evangélica.
Primeiro amarei ao Pai buscando o entendimento do que seja amar a ele, já que Ele colocou-me aqui e agora, num lar difícil, sem amigos que comigo se importem segundo a vista restrita que temos, ou ainda constrangidos pelos problemas enfrentados pela humanidade que a justa vista é pendor antigo de escolhas feitas, e se fossemos alongar os campos de trabalho que oferece o grande Pai a nosso bem, conscientemente poderemos afirmar que estamos situados onde nosso espirito necessitado precisa para que enfim descubra o tanto que traz do Pai em si mesmo.
Não precisais ser letrados, universitários do saber humano para compreender a simplicidade do que vos trago. Amar ao Pai como primeira e maior diretiva deve ser como o cego de Jericó, que pede ao divino enviado, Que eu veja Senhor, que eu veja e o grande Pai haverá de vos abrir a vista, e o que vos surgira a frente serão imensos campos internos a serem trabalhados com charrua da caridade!
E agora se meditares um pouco com este conto que trago de mim mesmo, de minha trajetória, posto que cada um de nós, embora deuses, só podemos oferecer o que vemos. Seja a vista que vos ofereço mais um caminho para entendimento de que o tempo do Nosso Pai é sempre, e para nos movimentarmos nas alegrias sublimes teremos para isso que atingir a compreensão exata do amar a Deus ao próximo e a nos mesmos em sua pureza mais sublime e conscientemente concebida como conceituação em nossas almas .
Poderíeis conceituar o amor a Deus sem compreender o que a mente do sublime Criador pede a vossa consciência agora? Podeis amar ao vosso próximo sem estruturar em vossa consciência o que seja amar sem intervenções inoportunas na liberdade de escolha dos vossos semelhantes? E ainda podeis amar a vos mesmos sem vos impor e não pela razão, mas pela força divina que promove o germinar da consciência plena em verdade em vos mesmos?
Se vos trouxesse coisas novas sobre os céus que visito podereis entendê-las plenamente uma vez que há para tanto a necessidade de estarem já desenvolvidas faculdades da alma que ainda dormitam em vos em seus primários estágios?
Vede filhos que a tarefa do ponto de nossa consciência para a vossa, tem o nosso concurso sempre como vossos anjos tutelares, entretanto sem o esforço do iniciado para os estágios posteriores nosso concurso embora não vejamos o tempo como vós outros será de longa e penosa jornada para vossa consciência, tanto quanto vossa escolha seja estar no patamar em que te encontras ainda pernoitando no  ter indiferentes a teu próprio ser.
Não esta na síntese da lei o amor a vos mesmos? Como vos amais meus filhos queridos? Na ociosidade mental podeis acaso colher a compreensão mais sublime da existência,  ou desejais permanecer no conceito errôneo de que uma vida apenas dispões para alcançar o patamar sublime de poder conviver com o amor do Cristo, se esta luz ainda dormita em vos em seus estágios primeiros?
Com o Pai então desde sempre, para nós desde que nos disse seja, estamos juntos em uma jornada ascendente. O tempo de maturação dos frutos que a terra, neste estagio deveria produzir é agora o seu ápice, posterior a esse movimento de vossas consciências estão os novos rumos, os novos aprendizados, para aqueles que se colocam inteiramente nas mãos do divino condutor, o Cristo. E agem por essa força interior meus queridos.
E aqueles que ainda se colocam em labores materiais que deveriam apenas complementar a ascese do self.
E nesta ação comecem a compreender que o Pai educa seus filhos ao trabalho, pois ele mesmo trabalha desde sempre.
Antúlio

Antonio Carlos Tardivelli

Um comentário:

  1. A ascese (do grego ἄσκησις, derivado de ἀσκέω, “exercitar”) consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a não satisfação de algumas necessidades ..


    self
    adj (ingl) Partícula inglesa que significa de si mesmo; em composição com palavras vernáculas, corresponde a auto. sm Sociol Processo desenvolvido pelo indivíduo humano em interação com seus semelhantes, por meio do qual se torna capaz de tratar a si mesmo como objeto, isto é, de "afastar-se", por assim dizer, do seu próprio comportamento, de considerá-lo do ponto de vista alheio, assumindo os papéis e atitudes das outras pessoas e de julgá-lo deste ponto de vista (Donald Pierson).

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Antonio Carlos Tardivelli