quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Verso que tento, loucura que tenho amado.

A necessidade.
Estar aqui e agora
Pensar que sou o que estou
Sentir o que sinto
Dizer o que penso
Correr se tiver vontade
Escrever se houver inspiro
Estar em ser e concluir estar e ser
Vencer onde houver perdido
Lamentar se fui impreciso
Julgar só meus desatinos
Estremecer dentro de mim mesmo
Rogar por auxilio se parar no ócio
Lutar a boa luta sem desanimo ou desistência
Ser poeta e sonho  temer sem medo meu delírio.
Tratar por meu o verbo se ele me tem por seu
Contar o que trago no que penso que sou no estou e sinto
Ser livre onde tantos podem só ver grades
Contar historia só se for pura verdade
Não vim para quem não creia ou creia
Divido onde a ilusão se prende
Sentindo o que sinto agora,sou livre!
Necessidade de pensar e dizer o que sinto e penso
Vencer em ser e concluir que venço nos meus desatinos
Temer o  medo de não ter medo algum
Mais que crer saber de mim e do infinito
Tratando por meu o verbo que no verso sinto
Mesmo que seja por inspiro de um poeta morto e que eseja vivo
Que meu pensamento por necessidade encontre o porto
E que esse porto seja pra voltar ao mar
Onde me espera a ação que sinto
Ser um anjo mesmo que caído
E se por ventura me levar ao céu de ser sentido
Que possa sorrir quem me sinta ou veja que tristeza eu seja
De uma necessidade e de tantas que eu tenha
Postando assim minha alma pela pobre pena.
Que seja verso, poeta vivo ou morto que por amigo me tenha
E com seu inspiro divino desperte a necessidade
De ser saudade, ternura, verdade toda que eu sinta
Contando os dias as horas os segundos os instantes
 Na febril necessidade minha por proza e verso
E se me descobres e nada vês ou sentes
Terei me perdido por nada no verbo exposto aqui.
E  minha alma enclausurada um dia partirá 
E o que ela levará é certo
De ser felicidade aqui? é incerto ser .
Mas ai me suje ela como necessidade
encontra-la sem que me toque o sentimento vivo
pela musa silenciosa e branca que submissa me aceita
Sem antes contrariar a minha necessidade de te-la
Ela se entrega virginal, pura, para o deleite depois de consumado o ato
Das necessidades que em mim já em fogo torna delírio e prazer
De ser apenas de ser ou não ser.
Pensando que eu a possuo ela me toma por escravo
Como viciante delírio que minha alma tenta ao entreter a tua
E se me tentas na ausência já não sinto
Se calada sem inspiro sinto-me morrer
Mas por outra,  se surge outra porque a primeira não fui fiel por inteiro
Mas quem suporta o  chamado de uma outra folha branca que tenta?
Se o poeta dormente desperta em seu delírio
E conta como se conto fosse a necessidade do Eu sinto.
Eu sinto amor e no amor a dor se for distante e se perto sangra.
Se flor bebo e me embriago em seus perfumes
Se calor não quero que me fira menos com o desejo
Nem de ter por ser menos escravo que eu esteja!
Nem de ser por escravatura do que sinto dito louco no que penso
Nem do sonho de sonhar futuro porque agora é tudo o que tenho
E o que  tenho a ti entrego em meu delírio e silencio
E se for verdade o que sinto então sei la talvez me ames com eu a tenho.
Terá a morte me abrigado com seu manto escuro e frio?
Ou existira um céu a um poeta errante, que com dantes fosse ou tivesse sido
Rasga o véu, rompe as barreiras do logico, do coerente para ser impreciso
Ser rogante ao paraíso que não me deixes mais paixão que tenho sido
Verso que tenho tentado loucura que tenho amado
Então agora em silencio prossigo.... Amanha o poeta talvez retome o delírio
Já que sou livre me tornando escravo do que sinto.


Antonio Carlos Tardivelli

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