sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Era uma vez, ou duas.


Ou duas porque a minha historia sempre ofereceu as faces
Na face da renuncia ofereci meu amor a quem pudesse ser abrigo
Se poucos receberam o que sentia duas coisas eu lamento
A primeira é a porta fechada sem que fora se possa abri-la
A segunda a prisão que auto impõe o medo de perder-se
Mas o que se perde realmente é o que se tem?
E se perde quando foi realmente da gente
Se o que é se tem doutra forma não se tem.
Logo nada se perde só toma renovada forma de sentir e ser.
Pensava em contar historia mas não é um conto o que vês agora?
Era uma vez o que eras em outras eras
Planta gentil de afago fácil, perfume, lume, conto de céu.
Ai em uma vez ou duas visitas o averno frio em solidão profunda 
e que se enxerga é o que se sente, solidão e medo porta que se fecha, não perfeição!
Ate porque inferno é loucura? Historia do que se foi ou tentou na vida galhos secos que se perdem?
E a vida tendo acabado que  historia nela havia para ser lembrada para que historia seja?
Era uma vez uma vida que eu tinha onde  amar tentava
mas supunha para isso que precisava de uma outra parte
Que pensava não estar em mim para oferecer a vida
teria que abrir por outra vez sem medo a porta do meu sentimento.
Abri de fato para a magoa de não ter tido e o não ter foi me cegando me deixando aflito
por mais que tentasse a alegria ela foi-se de mim como se eu nunca a tivesse tido.
E quando foi passado a vida que eu tive vi o fato do que estava sendo
E por ter perdido no tempo e no espaço a vida de que aqui falo minha entristeceu-me a alma
Por pouco uma vez ou outra a tive como perdida, sem rumo, sem lume , sem felicidade
Mas ai me apareceu um anjo de bondade dizendo-me vem contar tua historia
E já fui contando o que minha alma lembra, de uma vez ou duas que tentei a pena em prosa.
Entretanto por magica, ou por algum movimento divino, minha mente ligada a tua nesta hora de pura ventura, redescobriu  o que havia dentro e tinha por perdido.
E por lembrança do bem que tenho, vi-me num campo todo florido de alegrias e paz.
abriu-se uma porta para que eu pensasse de novo tudo o que sinto
E como um raio nascido dentro rompeu o lacre do medo, da incerteza, da desesperança
já que penso, logo existo.
E quando agora me vejo como criança e sonho com a ventura de estar dizendo
Era uma vez o que eu era e tentava.Por vez ou duas eu sorria e amava
descubro que virei conto eterno e contarei de novo o que sinto agora doutra forma sem lamento 
Toda historia que minha alma tenta no infinito encanto de ser agora
Porque sei que a vida em mim é terna, não mais o averno  o desespero o desatino desesperança
Já que poetas seguimos nosso destino de estar na pena como a pena ensina
Contar historia, compor um livro, depois  oferecer a vista o temos tido
Seguindo em frente como bons amigos. Nós e a pagina agora e a que viramos e chamamos de futuro!
Não escrevo para que se goste, se anime, se comporte , seja norte, eu confundo!
Escrevo apenas minha historia, se tiver algo com a sua  é semelhança de sonho de loucura de anseio por certo também ternura
De lembrança, de amor que foi grande ou pequeno
Que foi fato lembrado feliz ou  triste ou apenas um gemido de lamento ou prazer.
É historia que importa a vida, pois se a  redescobres dentro de mim como tua
Então terá valido a pena tornar verso  tornar prosa retornar a vida

Antonio Carlos Tardivelli



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Antonio Carlos Tardivelli