O poeta e a paixão.
No movimento sequente da ausência da logica que a paixão impõe
Febril êxtase experimenta e ela o cega
Entanto quando parte por delírio que era pouco
Torna-se tormento aflitivo a distancia enorme que de si
faça.
Então nos descaminhos da alma a paixão escolhe aflição
O ter o medo de perder, sonho torna-se pesadelo
Porque aquilo que se sente intensamente dita normas
inconsequentes
Sem logica sem nexo, mas marcam fortemente a historia de
quem a traga dentro.
Mas ao poeta é como se dadiva fosse lhe oferecida a vista da
própria alma
Mesmo aflita canta louvores à saudade que fere e aflige por
ser paixão que tenta
Ditando-lhe belezas mil nas aflições do medo de perder já que
não tem
Pela razão que dita racional e fria que paixão é a morte da
harmonia
mas ele endoidecido pela saudade, inteiramente sem rumo tece
seus sonhos
e por sonhar delirante na febre que a paixão cegante lhe
traz
Diz ser a alma mais feliz, mais intensamente completa
quando a lucides que harmonia conta
a felicidade longe esta da saudade pois que fere e atormenta
dista tempo e espaço do abraço mais querido e o tenta
então sua alma que não se importa por ser cega já enlouquecida
traz pra lida dos versos que constrói a insana gana de
possuir, mas não
Ele que é possuído pela paixão cegante.
Tratar dela entanto só com a presença que se mostre inteira
Algumas vezes alfineta o poeta com a indiferença e para isso
a morte da paixão é certa.
Mais por medo de nada mais ter que seja só seu dela
Por mais que sofra e sinta prazer na paixão que cega um dia
desperta e acalma sua alma
Se não foi capaz de tornar amor sua eleita a frio mármore o
poeta se entrega
Reduz-se a cinzas e sua paixão a lembranças fortes
Se tem sorte porque é poeta e sonha se encontra
E do amor divino que dentro de si palpita tira novamente
verso e prosa
E enfeita a vida
Enquanto a ventura de amar espera
Antonio Carlos Tardivelli
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