A alma (espirito)
Rogo-vos vossa preciosa atenção
Para a voz do meu coração que traz
Não grandes lições mas as mesmas repetidas
Tantas vezes nos movimentos da vida.
De certo que a letra esconde meu espirito
Mas também o é, que se toca o teu já não sou um só
E quando tomo por empréstimo a letra
E mais que um se deixa encontrar com minha alma
Somos dois espíritos a voltar a vista para o eterno
Que não se esconde fora pois é manifesto interno
Do verso que outrora cultivei na alma
O que ficou em mim após longa estadia de retificação
Foi a serena vibração da minha alma a prece proferida por mamãe
Tantas vezes dobrada no seu quarto escuro
E em seu entorno
crianças ainda, repetindo a prece.
Eu já te seguia alma amiga que agora me recebe
Nos primeiros passos do verso que dormitava em teu ser
E so tornamos poesia feitio de prece quando a alma se eleva
Não no instante do recolhimento, mas no movimento do tempo
Que chamais lembranças.
Quando ali te recolhes em adoração ao eterno
O que primeiro te ocupa são as lembranças felizes ou tristes
do teu desterro
E quando a verdade em ti já pulsa mais consciente
Tu dizes desde o céu em ti presente
Meu Pai, aqui estou! O que queres que eu faça?
Ele te devolve no silencio, pois sua criação é perfeita
Que te desperta de dentro uma força de divina origem
Que te re conta da tua alma e dos teus feitos
O necessário ajuste de direção que necessitas.
Então quando abres a porta do teu quarto escuro
A luz do dia ressurge radiante em esperança viva.
Aprendemos muito juntos neste pequeno tempo de uma vida
Eis que retomo a lida, do crescer a partir de mim mesmo
Porque no verso que nossas almas grafaram juntas
Um pouco de mim e de ti ficam assim como mensagem
Do que a vida faz quando se acredita que seja possível
Encontrar os céus que se busca no infinito
Dentro de si mesmo oculto para que descubras
O templo preferido em adoração verdadeira
Ao Pai eterno que nos disse:
Sejam.
Eurípides
Antonio Carlos Tardivelli
Que eu seja
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