Por efeito de Amar, timidamente se oculta, já que o único reconhecimento que aceita, é sentir ,enquanto procura razões no sentir, o tempo passa, e como vezes não tem bases para a sobrevivência, parece desfazer, morrer, não mais ser, ficando a lembrança mesmo dolorida, marca presença até que a saudade surge, então se anseia saciar, esta sede de estar com qual se ama. É o amor que principia!
Se entretanto o amor vagueia preguiçoso, já que se apresenta buliçoso, intrépido, audacioso, vai de encontro a fonte que amar que ensina, e descobre que no tanto que amar desapega, deixa partir para que volte, a sentir saudade, a saciá-la, a dizer que ama e que mede a intensidade meditando sobre ela, já que o amor por ser verdade raciocina no porque existe, e quer encontrar o porque que sente.
Floreado poético exalta a beleza, enquanto exultante vivencia a realidade, de ser amor primeiro, segundo, intenso, delirante, companheiro que de si não compadece, enquanto sofra com a ausência, apenas vive a pena prazerosamente tornando-se poema, lamentoso na distância, ardente na presença, e nas palavras quando ditas, vibra de tal forma sua alma que o ouvido que recebe suas juras, as aceita, pois ser amado configura também retribuir, ou se torna amar de face solitária lacrimejante.
Amar faz bem a alma, desperta nela sua necessidade de ser o que sente, e o que pensa seja manifesto, por palavras, por ações comportamentais, por sorrisos espontâneos, por abraços, por olhares de tão próximos que amar passa a ter cheiro do outro, sufocante, se perde o fôlego, busca e rebusca as razões de amar e conquistar por amar o ser amado e conquistado, amor é fato que traz efeito como fosse uma lei nele inserida.
Quando se torna amado, vive a ventura no ser pleno, compreende que precisa construir-se no sentimento mais verdadeiro, já que amar é construção de si no tempo,e a reação provocativa é oferecer retorno, que perdoa não pouco, compreende o todo, aceita que há limites para as expressões, onde a forma egóica que anseia ter, não ser, e se engana, parte em direção a lágrima como efeito, já que ter posse não é amar, e amor embora se digam os amantes que o tem, não tem, o amor os possui ou se ausenta quanto se afirme ter posse, e dessa posse surgem as luzes do desprendimento porque esse sentimento prevê o benefício constante da ternura que se ofereceu gentilmente todo tempo.
De certo que se inicia o espírito, no amor chamado humano, mesmo este, estando no limitado, já que o corpo morre, como que seus elementos a clamarem por retorno a terra de sua origem, para que, o ser amor transcenda ao amor eterno, que confabula como outros seres em progressiva compreensão, que se eleva a ponto da sublimação, onde por verdade os anjos se reconhecem como são diante da eterna perfeição que só há uma, em todo nosso amar de forma intensa e verdadeira somos apenas perfectíveis diante do eterno, e isso é a nós suprema ventura
Como anjos, nos aplicamos nos detalhes, sonhando estar frente ao supremo amor, e quanto amamos compreendemos, que estar com ele é estar na existência secundados pelo supremo, que nos educa a compreensão pouco a pouco, nos detalhes vivenciais em oportunidades comunicativas do que somos, porque estamos, amor em vida, já que a vida foi criada num ato de amor divino, criativo, que nos fez e faz receptivos as lições dos presentes que oferece sempre.
Vez é amar humano, noutra o amor humano compreende que é divino, já que a criação movimenta-se na diretiva interna que leva a compreensão, do que seja amar, no desejo de ser não vinculado a ter, senão, para a compreensão do outro, quando com um certo brilho de alma que escapa do olhar se diga que sente muito amado.
O verdadeiro marca um encontro com a disciplina, posto que se exercita todo tempo, é insaciável, quer todo momento de alegria, no outro, para que seja obra sua em feliz estágio, ou efeito do amor que sente como retorno, é vivo nas grandes e pequenas oportunidades, já que compreende que é luz divina, e que o pouco pode ser imensidade, para quem ainda não compreendeu que amar é ser, nunca o ter que aprisiona, sim aquele que liberta, que livremente se aprisiona na saudade, que se preenche quando entende no que sente o amor do outro em sua direção, pois a alma quando tocada por amor que se é, vibrar em consonância, rompe prazerosa as correntes do ego e diz de si por brilho no olhar que se perceba, intensa vibração de alma sublimada.
A felicidade então se vincula a ação e reação no espírito, que se renova, em melhor entender as razões divinas para permitir o amor humano, ser família, ser amoroso, perdoar antes da falta, que se tenha por agressiva postura quando pouco se ama, capaz de perdoar pequenas transgressões e as grandes, não que anseie reconhecimento de estar anjo, mas sim ser no melhor do sentimento, onde reconhece a importância de estar amando, se preenchendo de saudade e de encontro, na ventura de encontrar-se nos efeitos de suas ações de amar, quando bem se compreende como criação divina, do supremo e eterno senhor da vida. Portanto o Criador do amor.
gratidão
irmã caridade
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Antonio Carlos Tardivelli