quarta-feira, 5 de maio de 2021

5 Quando o amor consente





Anote de vossas lembranças tão remotas quanto alcances o quanto de tempo que dedicas a compreensão  de amar.

Busque os detalhes das motivações, a intensidade das emoções e avalia o quanto retiveste em ti os ensinos da vida, sim! É na vida que a emoção nos doma, instintivo e emotivo se misturam oferecendo um novo campo que surge de novo, e de novo, sem que se promiscui, porque a alma posta ao corpo traz em si certezas íntimas fundamentadas em sua essência.

Quando se amar há consentimento da razão, o encontro com movimentos rumando a plenitude não se altera, conduz a elevação nos sentimentos!

De certo que os poetas e poetizas no seu clamor de alma místico, enfeitam com descritivas das emoções sentidas, ora louvando pela oportunidade, vida, noutra divagando por sentimentos seus que anseia que o outro receba a intensidade e devolva igualmente. Quando amor consente a alma vai mais longe!

O amor fere por vezes, desperta lágrimas na despedida, nem sempre consentida, mas indesviável, longe do querer ser, se apresenta no tempo o que aparenta ser partida sem retorno, entanto tudo que em amar, se consente, deixa marcas para sempre, ansiando o próximo reencontro.

Assim é com as almas queridas cujo encontro nesta vida, nimbado de luminescências afetivas 

Em profundo alcance, quando voltam a lembrança é misto de verdade na esperança, não posta na vida breve do corpo que se devolve seus elementos a terra, sim como fossemos livres pássaros esvoaçando, cantarolando louvores ao supremo que nos dá asas nas palavras quando nos visitam as fixações de nosso passado.

Matilde, Antonia, Aroldo ,e tantos outros deste contar de tempo, que passa, se deixa a forma em metamorfose física, tanto que os que se fixam na lembrança do efêmero, nada ou quase nada lembram, não consentiram amar, quem assim consente jamais esquece!

Fica a última imagem, últimos sorrisos, última prosa e por ser assim sempre volta para que seja revista a lição que um dia a convivência marcou, de certo que não existem almas mais importantes que outras em nossa trajetória que chamamos vida, todas um pouco se deram e de nós um pouco lhes entregamos.

O amar quando se consente é como uma composição instrutiva, educativa portanto em caminhar para nossa plenitude. Os sonhos renascem em pontos estratégicos de nossa longa maturação de alma, os amigos e inimigos são separados na memória e um e outro de dentro oferecemos sentimento, energia que se lança e enquanto o amor consente aos amigos vibrações serenas e aos inimigos perdão incondicionado, o aprisionamento no não amar não sendo nosso então o, perdão ocupa o nosso consentimento por amar

Assim quando o amor consente tudo se harmoniza em ser, sabe  medir os efeitos da generosa oferta de alma para alma, mensurar a alegria do encontro ou na intensidade  da saudade, entreter-se em sorrir por lembrar e deixar-se preencher de algo que não se explica, felicita sempre, se abatida restaura a esperança, se roga aflita encontra o Porto do amparo justo trata-se assim no consentimento para ser ao outro tudo o que deseja a si.

E repousa na vibração de amor do altíssimo.


Namaste


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Antonio Carlos Tardivelli