sexta-feira, 14 de maio de 2021

15 Três sonetos

 


Da alegria.

- Por viver, por sentir meu ser na ciência dos presentes

Eles se repetem e a gente nem se apercebe, só os conta como tempo

Que passou se foi áspero e difícil, conta-nos como fizemos

Se fortes na adversidade sempre nos vista intima alegria.

- Ela se constata por força de ser em companhias

Onde a alegria se torna um sorriso farto e generoso

Diante de vida nos contamos sem darmos conta disso

Falamos de nossas conquistas, tristezas, lutas sem tréguas

- A não ser quando rememorando encontramos os pontos convergentes a perfeição nos fazeres

Sim! Temos isso e não nos damos conta, o infinito tanto está fora como dentro

A vivência dos conceitos, progressivamente vão educando o espírito

- Saímos da tristeza para a alegria do auto encontro, no nosso conto de vida

Visitamos a ansiedade que se acomoda e silenciamos o agora quero e, espero.

O melhor da alegria é ser esperança que não aguarda, faz por onde, que ela chegue.

Da fé

- Se pensa, admite a perfeição agora em pensamentos e atos

Pois o “sede perfeitos” é ação de agora para futuro venturoso

E no futuro quanto se aguarde vitorias e seus fundamentos no passado

Onde fomos semelhantes ao cuidador da terra, adubando a esperança

- Que nos encontremos no jardim de quais se fazem flores perfumes e frutos

Amor como toque que não aguarda que se lhe peça, realiza

Posto que amar encontra o porto de ser no presente, amigo, solidário

Para ser aurora refulgente, d´alma afora! Porque traz dentro

- Relicário de ternura quando aflora amparo ajuda consolação

Canção que nina a alma que se cansa das insanas posturas

Consola ao pranto da própria alma, amando tudo o que possa

- Já que a fé não espera, sabe que alcança enquanto realiza

E se faz presente quanto sinta a necessidade de esperança ela é!

Trata a alma no fazer-se presente, a quem chora e lamente

O perdão

- Para quem ama, uma natural disposição de alma

Para quem precisa, se pede, se alcança, se alegra

A intimidade de quem ama a si perdoa já que sabe

Que a legitima lição é o que traz a experiencia de ser.

- Nem sempre perdoamos integralmente, ficam nossas sombras

Dizendo-nos do nosso acerto no distanciamento, na apatia, na indiferença

Isso nos aprisiona, confinando a alegria de uma fé pulsante

Que o amor traz em suas nuances, nem sempre compreendidas por nós.

- Qual perdoa por amor que assim se faça, toma por sua, natural alegria

Sua fé no ser humano que é divino não cansa, pois se lhe vê como seu semelhante, perdoa

Quando se olha, vê no pulsar do presente, alegria do encontro, fé em si e no outro e perdoa antes ama.

 

namaste

Antonio Carlos

 

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Antonio Carlos Tardivelli