Por força do espirito me apresento a vossa consideração, para trazer da minha alma no que sinto, o que foi concluído em vida, já que por necessidade de condução ela trouxe muita reminiscência do passado e por isso como colheita obrigatória em mim mesmo a dificuldade foi companhia de muito tempo.
Não que tenha sido castigado ou
que me foram negadas oportunidades para que me redimisse, em verdade as
dificuldades foram as lições mais preciosas de vida, no auto enfrentamento dos
meus comprometimentos foi que a harmonia e a pacificação aos poucos foram sendo
atingidas pelo campo da minha compreensão.
Hoje tendo me encontrado um tanto,
posso pensar nos meus feitos junto a ti, enquanto rememoro o campo de lutas,
intimas, que poderia ser e foi por mim entendida por algum tempo como castigo
da divindade, em verdade por justiça, experimentei o recolhimento das ações infelizes
quais pautaram minha infeliz escrita em minha história existencial corpórea.
O renascimento com os efeitos de transgressões
é muito dolorido, nos resgatamos, entanto não sem recolher nos presentes
oferecidos, o que em nós esteja marcado como desalinho com as leis de eterno
alcance, dada essa introdução, de certo que não será encontrada sabedoria e iluminação
em sequência, por outra, já envolto em luz pacificadora, me aceitando como me encontro,
neste movimento auto avaliativo, instruem-me que ocorre ganho significativo.
Não tendo buscado os elementos
que compõe minha existência em algum tipo de escola religiosa para meu
esclarecimento, vaguei pela vida física, de igual modo ao deixa-la, de lugar
sombrio a outro em mim mesmo, e por evidente descaso com o sagrado, recolhi
deixando o corpo, os efeitos das escolhas que fiz, hoje entendo, não sem ter
passado por caminho de intensas dificuldades, provocadas evidentemente por mim.
Porque que estou a relatar
trajeto tão angustioso, fui trazido para que isso fosse feito, pois na estada física
ocorrem muitas auto violências, e não me refiro aqui aos que tiram a vida física
dos seus semelhantes, falo para os infelizes e cegos como fui de mim mesmo,
diante do caminho que em verdade é vida.
Na ausência da pratica do bem, se
encontram os aflitos futuros, que querem matar suas dores, pelo caminho do suicídio,
não sabem as pobres almas em sua desventura, que não se destrói a perfeita criação,
só se acrescenta ao campo de vida situações de aprofundamento das próprias angustias,
poderia ser diferente, e é em outras dimensões existenciais, quais por misericórdia
pude ser atendido, pois de certa forma o distanciamento com relação aos deveres
para conosco mesmo, trazem-nos a campo de desalentadora condição existencial.
Foi me mostrado em sala de instrução,
que existe no campo da vida os que se importam, os que laboram a pacificação de
almas, os que consolam, os que fortalecem em sua jornada única, os que ombreiam
consigo jamais fugindo aos deveres que vão sendo identificados, caso se chegue à
condição de vigilância por ações melhoradas, a medida que buscamos identificar
o porquê da dor, e logicamente aceitar de mente e coração aberto as lições para
corrigirmos nosso trajeto que elas ensinam.
Não da amigos, para desistir da
vida, nem que tenhamos nela semeado sombras que nos amarguem o porvindouro
tempo, haveremos de passar recolhendo do nosso passado em colheita que via de
regra, nos parece isso, reunidos os antagonistas que se digladiavam pelo poder
temporal, pelo ter o que se pensa ter, porque o que se tem por fato é o trato
que se dá a terra intima por escolhas que fazemos nos presentes, diariamente
recebidos.
Fui convidado a sentar-me em
banco escolar novamente depois de deixar o corpo transitório, vencidos os
primeiros movimentos de auto cobrança, já que me esforço por redimir as antigas
faltas, estar neste confrontamento obrigatório, ao caminho oferecido pelo
redentor de almas, hoje sei, conclui isso em mim mesmo, é o cristo que foi crucificado.
Seus seguidores sinceros se
tornam amparadores lúcidos, deles se recebe o benefício do amparo, e posso
afirmar, sem margem de erro, seria muita pretensão de minha parte, mas atendem
uma multidão de aflitos, que deixam ao descaso a própria existência, e quando
como eu recolhem os efeitos, longo período nas sombras da revolta e da inconformação,
que passa, pois a vida segue em presentes onde a alma imortal se situe e nestes
presentes onde maior compreensão ocorra, os benfeitores no amor divino se
apresentam como servidores do altíssimo senhor da vida.
Nossa estatura já percebes, não é
de um espirito sábio, mas dizem os instrutores que esse contato vai me beneficiar
grandemente, confio em quem me ampara, instrui, orienta, suas presenças sempre
me trazem elementos pacificadores, onde encontro mais harmonia e esperança, já que
me sinto vivo e transitando por emoções renovadas, como que vivesse novamente
entretendo meu campo mental em ilações interessantes.
Reconheço em mim mesmo que a vida
prossegue, e quanto mais curta a estada nas lamentações e revoltas, mais rápido
o nosso reconduzir aos acertos na compreensão do porquê, quando e como o Cristo
é o caminho a verdade e a vida.
Portanto, não viemos para trazer
coisas novas, apenas o caminho atual de nossas emoções e aprendizados, a vida não
termina, segue seu fluxo nos presentes dados ao nosso espirito, hoje aqui me
refazendo um tanto em esperança, porque esse contato mental é bem interessante,
abre um campo a nossa frente onde vemos um tanto o que se há por fazer bem
dentro, e isso com grau de lucides que nos trata, como disse, em esperança.
Não vos posso trazer mais que o
estagio em qual me encontro, a não ser, dizem os instrutores, que meu relato
alcance um coração em desespero e no momento que vá realizar sua desistência de
vida, se recorde dos recortes de minha alma que coloquei aqui, e desistam de desistir
da vida, não dá, ela continua, as vezes pode ate parecer a nossa revelia, certo
é que o desejo de viver mais se acentua. E esse desejo por viver e melhor ser
vem dizem os instrutores de fonte divina, aí me atrevi a perguntar, Deus nos vê
todo tempo? Corei, eles responderam sim! Vê, é onisciente, onipresente soberanamente
bom e justo, e está em si seu imenso amor.
Abençoado seja tu que me ouves, não
me julgas, e mesmo que não compreenda o que me vai na alma, já que o trago é de
minha responsabilidade, é assim com todos, quando mergulhamos no campo da misericórdia,
mais despertos quanto aos deveres, nos apresentamos como modestos aprendizes, e
o caminho se abre, a verdade se alcança e a vida nos parece que recomeça a
partir deste presente com renovada esperança
Gratidão por agora, e sempre vos
conserve na paz do Cristo. Feitas as devidas correções, peço permissão para que
publiques meu modesto relato.
Dizem os instrutores, quando tocamos
um coração com sentimento que se eleva, arrastamos outras almas nas diretivas
da esperança, e todo bem nos retorna...
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Antonio Carlos Tardivelli