sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

33 A libertação na prece.


A liberdade é um ponto onde nos sentimos, doutra forma seriamos prisioneiros em alguma circunstância, de medo, de opressores, de auto aprisionamento, em angustias de aparência interminável.

Quanto entendemos o que seja vida e passamos a escolher como queremos nos sentir, um novo campo se abre, podemos ser livres mesmo estando entre grades, porque nossa alma anseia, então ela se conquista, esse é o maior desafio a vencer. Entreter a nossa alma em ponderações aprofundadas, saindo da superfície qual comodamente nos situamos, nesta condição, não somos livres, a acomodação é limitante, nos deixamos conduzir por mestres equivocados, e nos abandonamos em situações de desanimo.

Quando tudo nos pareça aflitivo, já que vinculados aos efeitos quais nos tratamos nas nossas ações, no campo do livre arbítrio oferecido pela divindade, como ferramenta de construir-nos, passamos tudo pelo crivo da razão sob o lastro dos nossos sentimentos em bom senso, já que somos o que sentimos, e quanto a dor nos avassale, fustigando nossos presentes, forçando-nos a pensar em quais causas estamos vinculados por estarmos em sofrimentos.

Se nossa busca por nós mesmos se detém no Cristo, em seus ensinamentos, longe de solução imediata, mas corrigindo nossa cegueira voluntaria, passamos a enxergar em nós a carência de modificar-nos em pensamentos que se tornam atos, e se forem contrários ao dito por nossa essência, nos afligimos, nas colheitas de nossos atos, embora muitos deles de uma outra geração onde agora recolhamos os efeitos não tenhamos claras lembranças, mas concluímos por termos certas impulsividades inexplicáveis, sem que, por prece nos tornemos possuidores de discernir o que seja existir.

Por essa vista, retroativa para entender as razões dos nossos sofreres, já que pensantes, e concluímos uma inteligência suprema a dirigir o cosmo, e mais, se nos libertamos mais conscientes de que o ponto no infinito universo chamado terra, existe um eu agora que sente a possibilidade da liberdade, de pensar e sentir o universo no ponto que somos do pensamento de Deus.

Chegamos a nosso pensar já liberto, sentindo o universo fora e dentro, e como explicar nossa própria existência, sem que no principio sejamos feito do ser supremo, no momento quântico do Haja luz, os espíritos soprados, almas viventes em tantas moradas do universo, iniciam suas trajetórias desde o ponto de maior simplicidade, onde ainda dormentes suas possibilidades de espirito feito imortal, ainda não concebem o poder que tem em si, sobre si, e isso é uma conquista providencial na existência promovida pela inteligência suprema.

Neste pensar qual nossas almas se juntam, sintam, vejam, um escreve o que é ditado outro lê o que foi dito, o que diz, recolhe-se por prece em trato de trabalho comunicativo, provisão divina para os estágios sequentes em humanidade, desde agora, libertos por prece que nem nominamos assim, mas é assim, toda vez que a liberdade do nosso  espirito é autenticamente opcionada, no pensar que é agir dentro do universo infinito, e quanto seja consciente dos efeitos dos nossos pensamentos, nisto esta nossa prece em redenção de nossas almas, voltamos ao principio que é Deus, sem termos saído dele, em meio a trajetória oferecida por ele, para chegar até ele com bagagens interessantes, tesouros de alegrias por conquistas edificantes, onde mais compreendemos sua direção em nossas vidas.

A prece então que nos liberta é um caminho por pensar no que sentimos, quando luz entre pela janela, quando a nossa vista se posta diante de presenças de luz inexplicáveis, como se dimensões se aproximassem e se tocassem, uma percebendo a outra e se integrando como fosse um so espirito, neste fato não existe medo, a liberdade da alma depois de longo cultivo em conceitos, se apresenta e vemos com o olhar da alma as dimensões tão próximas, repetimos então livremente o louvor do nosso espirito por esse caminho de compreensão, do que estamos, do que ansiamos atingir como plenitude, vezes dita felicidade, ela em plena libertação é na carne ou fora dela, um estado de ser onde entendemos melhor nossos deveres.

É como se num momento depois de longo período de exercitamento, o ser simples toma posse de simplicidade, o que não é ignorância de si, e se coloca diante do silencio no entorno, se acalma com profundidade e neste exercício de auto descoberta, onde eleva seu pensamento ao ponto de origem que é Deus, e em leveza no quântico momento de sua alma imortal, por própria escolha cada vez mais consciente, está diante dele, que é amigo, instrutor, piedoso, amoroso e tudo em suprema condição de espirito, pois Deus é espirito! e nós seus feitos, em semelhança também somos espíritos.

Ora, estar em estado de prece é se colocar diante dele, é estar nele quando fazemos nossas escolhas dentro da vida que nos oferece, e reunimos por elas nossa condição presente, se de dor por colheita obrigatória, sintam a misericórdia, o entendimento em esperança é em si libertador, a verdade quando encontrada nos liberta das amarras que nós mesmos nos fizemos.

A libertação pela prece acontece quanto nossa consciência toma posse de si e se apresenta diante dele humilde, submissa, silenciosa, e recebe suas instruções precisas, pois o eterno sempre oferece vida, libertação, e mesmo que repitas ate que se fixem palavras enobrecidas, pelo tempo que for necessário a vossa alma, dizei sim muitas vezes ”Pai nosso que estais nos céus”, ate que suas preces não necessitem mais de palavras, seja um fluir de tua alma em pensamentos que sejam atos nobres, transportando ser livre esperança a outros corações também amados por Deus, pois te coloca diante deles para ser amor dele manifesto.

Consolação, perdão, cura para as almas aflitas, nesta proximidade em sintonia, onde vê um pouco de nossa esfera e te consolas no campo de vossa aflição, tornando palavras vossa fé que pensa, junto a nossa que te amamos, porque nos deu o Cristo amar-te, pedimos a ele e ele nos concede esse momento, onde um escreve o dito, um lê o que foi posto e o entendimento chega libertador das amarras do passado, para um futuro em reconstrução no presente, livre, esperançoso, festivo, pois posta a vista da alma que se recolhe em prece está o infinito amor de Deus por sua obra.

Assim é por eternas gerações.

Namaste


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Antonio Carlos Tardivelli