sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

20 Corpo celestial ( perispírito)


Se a obra é nossa, a vista dos resultados desalenta quando não encontra receptividade, entanto se é produto da sementeira do Cristo em nossa essência, ela passa a não ser nossa, a ser dele, e a colheita porque qual semeia colhe é toda dele, no seu tempo não no nosso.

Dito isso como preambulo a temática do dia, nosso coração se alegra pela oportuna idade da razão que se instala em nosso discernimento, dentro da busca de aprimorar o que já sabemos modestamente, nem o tanto que desejaríamos já ser detentores, entanto é, entendemos, o possível a nós agora, vem mais pela frente a todos nós, o que nos pauta diante da vida junto a necessidade de perseverança e confiança, na divina providencia dentro da lei posta pelo Cristo, tomada junto ao altíssimo: “se pedes pão, de Deus jamais receberias pedras”, apenas ajustamos as palavras originais dele para avançarmos na compreensão necessária a temática proposta.

Na analise do tempo de nossa vida, justo que entremos pelo caminho do entendimento, por aquilo que compreendemos, estamos em um corpo em uma experiencia espiritual, já que somos um espirito em nossa individualidade, e o corpo passa a ser o veiculo com o qual nos entendemos diante da existência, neste estágio evolutivo qual nos situamos, pensando assim podemos anotar, no conhecimento de naturalidade que deixamos o corpo pois  desenlace é a todos uma lei natural, renascemos da agua e do espirito entanto, com um propósito da providencia, e pouco a pouco nos passos lentos que temos tido, vamos abrindo os caminhos para entender o que somos, de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos.

De onde viemos? Fica fácil discernir para quem se utiliza da razão ou então no lastro de uma fé que pensa, deixando as coisas de criança já na puberdade encontramos esses questionamentos em algum grau, e segundo o nosso interesse em aprofundar as portas vão se abrindo, já que a “aquele que bate se lhe abre” e portanto a compreensão vai amadurecendo e surgindo outros questionamentos. Já que concluso que viemos de Deus, como uma centelha (espirito) colocados na impossibilidade de apenas estarmos no corpo físico, o que haverá fora dele?

Na verdade outro corpo sutilizado, menos denso, onde como instrumento do nosso espirito individualizado, vai interagindo, recebendo o que a generosidade divina nos proporciona, de certo que no campo mais densificados onde arrastamos um corpo denso, de carne, instrumento para que o espirito aprimore e evolua, temos angustias e medos, provas a serem superadas pelas qualidades da alma dormentes em semente, a providencia já instrumentalizou o espirito desde sua criação, a tomar as rédeas de sua historia e construir-se nas escolas divinas, onde o corpo físico é apenas uma das inumeráveis salas de aula para o espirito.

O tempo do aprendizado naturalmente depende da disposição posta ao arbítrio, tanto que vemos na sociedade, os que se qualificam por esteira de perseverança, alcançando diferencial em elevação com relação aos seus semelhantes, e outros os ociosos, frente as dificuldades que enfrentam quando de suas necessidades naturais, vão em busca dos elementos em si para se situarem e não os encontram, pois o ócio deixa as sementes do ser amor que são, adormecidas, e o resultado são as dificuldades maiores a serem superadas em vida. Ninguém pode dar bondade ao homem, é da lei que ele precisa desenvolver em si por sua livre escolha, assim como também todos os outros tesouros da alma, que podeis nominar virtudes, quanto mais reunires o que a ferrugem não corroe, mais qualificados a compreender pelo posicionamento em verdade e espirito a todo fato vivenciado.

Se no corpo físico temos limitações, no celestial acompanhamos o movimento do universo nos sentindo integrados a obra divina, como porto de sua vontade soberana, e nos alegramos por estarmos mergulhados no mar infinito de amor de Deus, de certo que ao despertar já desligados da experiencia corpórea, necessitaremos de algum tempo para o ajuste, o equilíbrio frente a modificada realidade para nós, e vamos tê-la, como recebemos no início da trajetória pelo corpo o amparo dos pais que nos adotaram, e cuidaram, também no processo de evolução das consciências muitos despertos acompanham como seus tutelados, ajudando e servindo como orientadores a tempo justo nas esferas mais sutis da existência.

Desta forma, para cada estagio no espirito, uma instrumentalização para que a lei de progresso se efetive, isso posto, já nos traz um alento, posto que as doutrinas religiões nos estágios preliminares da compreensão, estagiam em acrescentamentos não factíveis, pintando quadros dantescos, infernais, o que existe em realidade para todos os seres é a lei de justiça que eleva se houver méritos, qualidades da alma trabalhadas por livre escolha, construindo no ser espiritual a posse de si mesmo, e rebaixa os orgulhosos, os gananciosos, os adúlteros já que suas posses foram reunidas como o ter no campo físico mais denso, sem a compreensão de que o ter é ferramenta para o espirito ser sua melhor parte, gravada em sua essência pelo divino provedor de vida.

Então finalizando por hora, em cada estágio da existência do espirito ele recolhe segundo suas obras em si mesmo, quanto mais rico em virtudes mais luminoso se torna, mais seus corpos sutis se apresentam como instrumentos de caridade e amor frente a sua existência, assim compreende a fala de Paulo o apostolo quando anuncia o corpo celestial,  próxima fase escola qual nos situaremos todos, pois o corpo de carne como foi dito, é uma sala de aula, os alunos focados no aprendizado são promovidos para um outro estagio de maior compreensão, e essa diretriz é comum a todos.

Namaste

Irma caridade







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Antonio Carlos Tardivelli