quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

15 O conto de João.


Recolha de João um pouco, porque nossa historia é em grau de semelhança, repletos de desejos celestiais, de culminâncias quais ansiamos e mantemos nosso foco, ao lado disso no mesmo ser, os instintos animais, e somos um e outro não há como contar história, em nossa identidade de agora,  deixar de considerar que estivemos em um e outro por algum tempo.

Não deveria ser difícil olhar no espelho de nossas obras, por vezes entanto relutamos, sabemos que lá se esconde o que nós somos, e esse fazer a si necessita do reencontro, só nos mudamos o incerto campo para algo que é espera e alinhado  aos desejos celestiais, olhando nesse espelho, relendo nossa história, valores, questionando nossas crenças em conceitos, vamos contando historia diferente, porque cada presente nós passamos a compreender, é diante deles que construímos algo semelhante ao conto de João.

No principio, vagando com campo mental em rumo ilusório, somente conquistas de tristezas e desenganos, nada João trazia a si de benefício, a não ser que despertasse da ilusão em crenças e valores equivocados, João pensava como muitos ainda pensam, que para alcançar a plenitude bastava esperar, pois o sangue do cordeiro já tinha sido derramado, e entendia que nada precisava fazer por si mesmo, ledo engano a ilusão provoca, é como um veneno que paralisa no ócio.

A casa de João é seu conto de vida, nele conta sua história e a reencontra tantas quantas vezes sinta nos umbrais a necessidade de nova pintura, ajustar a posição dos quadros, retirar alguns mais belos do armário, iluminar a sala do discernimento provocando um irradiar sereno que constrói no tempo um João transformado. Refazendo sua morada em objetivos nobres, que não veja somente a si mesmo, suas dores, olhe entanto os favores da vida onde situa aquele que não se prende a ilusão temporal, tudo que tem é o que é, nada além disso.

Claro que as circunstancias provocam uma busca em João, por ele na sua história, e nem tão fácil é olhar no espelho que também se chama memorias, as ilusões externas reclamam a posse de João, entanto por uma força desconhecida por muitos, algo dentro reclama a João internamente, teu conto esta semelhante a um somar de sombras como se não quisesse deixar-se tocar pela luz que irradia de si mesmo

Sim o conto de João é feito o nosso, de luz e sombra, de acerto e engano, frequentemente nos castigamos antes de considerar a possibilidade de focar em novo rumo, estabelecer metas, planejar com auto amor, buscar a serenidade a brandura o contato com a ventura de ser, na aventura viver.

Aí vem alguém do lado de fora que diz que basta apenas crer! E olhamos a mensagem do cordeiro, que esse mesmo alguém diz que nos salva se temos fé, se nos interessamos por nos mesmos, tiramos o reio de nossas mãos chamado culpa, e retomamos a posse de nós mesmos com fez João em sua história. Trouxe a tona sem medos tudo o que foi sua obra, alinhou pouco a pouco com “ a cada um segundo suas obras” pois retomou a diretiva que fora da caridade não há salvação e por essa premissa diretiva, renasceu o homem novo sob nova perspectiva, ativo João se torna, amplia sua vista de si mesmo como conseguinte efeito, deixa o reio da culpa, a magoa que agride quem a mantem, afinal João fora abandonado na lixeira, sobrevivera porque tinha historia a ser feito, como muitas, como a nossa, de entender que nas próprias dores algo há por ser efeito, dependendo da argamassa usada, progredimos rumo a completude esperada.

Anseio do céu de dentro, estar em harmonia e pacificados, sem que estejamos paralisados frente a algum poeta de muitas letras  ou um expositor de assuntos com a fala, cujo entusiasmo na defesa de teses ou crenças, faz até que a gente esqueça, que o que vale é o que trazemos dentro de nós nos propósitos de construção de nossos contos.

Não recebemos pedras dos céus, se ouvimos este céu bem dentro onde reina o Cristo, as ilusões aparecem no caminho, mas não nos toma o raciocínio, entendemos que devemos nos amar e apenas auto aplicando essa lei divina já estamos entrando pelo umbral onde anjo tutelar observa quem pode entrar. O caminho antes deste umbral é feito de espinhos, muitas vezes, auto lapidando nossos equívocos, ou pecados como queiram chamar o mesmo fato, para estarmos preparados vez que passando pelo Umbral o que tem do outro lado é oportunidade de trabalho.

De igual forma lei divina para as almas imortais em sua trajetória de ser mais luz, ser o sal da terra, aqueles que tratando-se no processo renovativo encontram em si mesmos espaço enobrecidos, onde se esquecem da própria dor para se ocupar da dor do outro, isso é a chama do amor reclamando posse, é divino manifesto da lição de João de hoje

Namaste

Irma Caridade


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Antonio Carlos Tardivelli