Nas forças da alma os elementos se
unem e interagem, pensamentos e sentimentos dispersos, como se buscantes na
imensidão, o entendimento do próprio ser, como estou aqui e agora, já que não me
fiz a mim mesmo, serei obra do acaso ou quanto e muitos falam de um soberano
criador.
Parece logico e coerente que alguém me fez ser vivente, a outra opção é
que o universo, as galáxias, os infindáveis mundos orbitando pela imensidão,
parecendo corpos dispersos em um grande vazio, oscilando entre sua duração por
eras, depois se consumindo em choques de estrelas!
Como pode ser tudo obra do acaso?
É ilógico já que ponto desta imensidão, com semelhantes dispersos a pensar e a
sentir, nós existimos! Porque razão, de onde eu vim surgi com um proposito,
certamente não meu desde a origem, desde que fui feito do pó das estrelas, por
quem, certamente não pelo acaso.
Considerando as forças da alma,
espaços onde o intento ocupa ações ao meio, destas ações as reações como
choques dispersivos, parte de mim segue comigo outra de geração por sentir, pensar
e agir acontece ao meio, provocando outros choques não vistos, interferências nos
campos mais sutis dos que a mim se assemelham, desde o ponto de partida, simples
e ignorante, reunindo elementos dispersos, por atração outros, tomando consciência
do ser que me fez, ponto do universo pensante, por uma razão de muita inteligência,
diria suprema sobre meu ser supremado.
Ai me encontro frente a mim mesmo
observante, como tivesse diante de mim um espelho, observando o que tenho e o
que me falta, já que por ciência tenho vista para o que é imenso, e o que é
infinitamente pequeno, e eu o ser, sentir pensar e agir, tenho para mim que
muito me falta ainda, para compreender plenamente as razões de minha própria existência,
entretanto, vou juntando os elementos dispersos e construindo o discernimento,
vendo que foram colocados a minha volta e em mim mesmo por uma razão educativa,
auto construtiva, diferenciando-me de tudo o que existe, sendo único no
universo, tendo dispersos pelas infinitas moradas para o espirito, em semelhança,
a mesma busca de atingir tal plenitude onde por fim chegue ao objeto da
procura, entender o que faço aqui e agora, porque dos presentes, do passado
ressurgente, do que aparentemente surge como ideia de auto resgate em valores
transcendentes.
Porque tenho que reunir em mim e
dispersar como semear por terras outras, para que floresçam e tragam pela razão
da ação efeitos, como um jardineiro de mim mesmo, oferecendo a possibilidade
quando em ventos fortes tempestivos, que se me arranquem as sementes que se
multiplicaram nas flores bem cuidadas em mim mesmo, expandindo os perfumes com
bondade, e como fosse fonte, dirigida, conduzida por uma vontade que intervém
embora a mesma ofereça liberdade de
escolher, isso é por muitos incompreensível, por onde quero ir, o que quero
tratar em mim como cultivo, já que espero como se antevisse minha própria destinação.
Em alegrias que sejam frutos, em encontros que sejam resultantes de perseverança,
e quanto tudo tenha e compreenda, volta-me por efeito da vontade suprema, olhe
o campo, observe quem procura, seja arauto em ventura, onde oferecer o próprio ser
em renuncias, possa construir pontes entre os seres.
Chamai isso de amor, e quanto
portanto me prenda essa lei suprema me liberta, já que não tendo posse de mim
mesmo, já que a direção de minha existência é do supremo, me entrego em submissão,
e modestamente posto em entendimento simplesmente aceito os presentes, sigo
triunfante como se jamais pudesse ser vencido, como se os louros da vitória já tivesse
em minha coroa, meu espirito exulta na vista desta hora, eu sou a porta para aqueles
que procuram chegar a fonte, para que nunca mais tenham sede, para que olhem
para as forças imensas do universo, que constantemente se torna diferente, mas observando
bem do ponto que estou esse imensidade é como se visse Deus em sua obra.
E ao olhar-me novamente enxergo
pela vista da alma os campos de flores e odores reunidos, pela lei de amor,
dispersando onde possa, ser abrigo, ser esperança posta no futuro venturoso,
sem as sombras do engano, sem as sobras dos preconceitos, sem que me ufane de ser e ter toda verdade, porque toda
verdade é Deus, o supremo que me pensa procurando e oferece encontro aos poucos
como fosse um pai educando um filho e são bilhões de almas no educandário infinito.
Vindo deste amor concluo, entanto
não explico senão em parte, já que vejo de forma embaçada e confusa, deixando
ao longo do caminho as coisas de criança para que chegue a maturidade em meu
espirito, vista a roupagem celestial, limpa de todas as imperícias, de todos os
equívocos, de todos os efeitos das escolhas por mau feitos, redimido, salvo,
feliz.
Que assim seja, pois assim será
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli