domingo, 30 de junho de 2019

Diga antes: Estou no coração de Deus!




Acordei pesando meu silencio. E nele ruidosa como sempre, minha alma é preenchida por gratidão.
Apesar dos pesares da vida qual me tem como escola, antes que o sol surgisse, lá estava no meu silencio aguardando seu ressurgimento.

Sinto que é assim a vida, ressurgimos de nossas cinzas, até a dor a gente agradece pois ela é uma mestra, de que, se fosse apenas ela não teria sentido ser, nem retomar os dias, gloriosos em todo ponto de vista quanto se meça vida, entanto junto dela, da dor, que ensina, a faculdade da alma que vê além da luz surgindo aos poucos, nos amanheceres, a mede como passageira que é diante da beleza e grandiosidade de tudo o que foi criado pelo provedor de vida.

O frescor, o colorir lentamente o céu, as próprias cores repletas de luz e quanto há em saberes neste quadro, quais muita vez a gente esquece, nos automatismos quais nos impomos, escolhemos estar solitários em nossa solidão, sim, quando a alma  se abate em desalinho com o amor divino, ela pratica o desamor, razão da dor, por outra ,quando se lembra que para que a luz fosse refletida, os elementos gerados pelo divino, que estão a vista, corporificam em nossa vibração a alegria! Vivo e penso, logo existo!

Assim em meus silêncios provoco o seu, para que se lembre de que a vida que passa é uma infinidade de presentes, se pensas que tudo acaba, alerto-vos e tua alma intui que é assim, a vida segue em amanheceres intermináveis, e como sabemos disso? Ah sabemos pelas faculdades da alma, tão pouco utilizadas para perceber em nossos silêncios os ruídos no versar de nossas almas imortais diante de nossa existência!

A vista disso, os presentes certamente serão tão luminosos quanto luz de dentro seja mais que anseio, seja ruidosa conversação com o espirito de verdade que está em nós, para que, no correr dos presentes tenhamos vida plenamente, libertos dos grilhões de ilusões auto impostas, como os automatismos presentes que nos fazem adormecer em nossas consciências, do que somos, de onde viemos, e para onde vamos nos situar em vida sempre. Condição divina em perfeição nas criaturas de Deus.

Em verdade, não vos trago novos tesouros de conhecimento, apenas palavras que te recortam e te mostram em algum grau segundo vossa compreensão, o que tens no que te falta, teus movimentos intuitivos para que se redescubra nos saberes dos amanheceres, de toda vida que já viveste, em todo presente que te situas, com alegrias, tristezas, lutas quais te superas, noutras que se deixa abater, entanto como a vida é repleta infinitamente de presentes, olhar-se, reconhecer-se, medir-se pelo que se tenha ou pelo que nos seja falta ainda, rumo a nossa completude de consciência.

De certo que não existem atalhos, há os que recordam da beleza da existência, mesmo frente as provas, como se elas fossem o despertar de nossas almas, em suas faculdades perceptivas de vida em presentes luminosos cada vez mais, pois isso é presença da vontade de Deus para todos, que sejam felizes, mas que não seja uma felicidade egoica, que seja movida pela luz do amor que compartilha suas vistas de agora, porque ao aparente final da estrada, como uma estada em campo transitório, nos localizamos entre a luz de Deus que percorre o universo, e nas moradas que nos acomode o espirito, vivemos as experiencias presenciando os fatos, a luz dos amanheceres, dos saberes, da fé que se estrutura na lógica de lucides ascendente.

Quando criança ansiava estar a maior proximidade possível de Deus que tudo fez, ignorava, entretanto, que ele está todo tempo comigo, nunca jamais se distanciando no amparo preciso, para que minha alma além da vista dos sentidos físicos, visse, por espirito de verdade sua obra em mim mesmo. Como Khalil Gibran assevera na sua obra, o Profeta. 

 ” Quando um de vós ama, não diga: Deus está em meu coração, mas que diga antes: Eu estou no coração de Deus”!

Namaste



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli