Que não haja nada que me desenha
Quando parecer deserdado, em deserto árido
Ainda sim, olhando para o firmamento
É impossível que eu esteja só neste universo
De todos os complexos estelares, um há que me recebeu
Estar nele pensando é a grande maravilha
Se fosse somente o frio, a escuridão, o vazio
Não estaria aqui e agora, diante do infinito
De certo que muito sonho
É ainda meu Desiderato
Aquele que concebe utopias
Fazendo por onde que sejam reais
Ora vago por oceanos sem rumo
Ora descubro o norte na confusão do caminho
Vezes tomo a pena e descrevo o que sinto
Noutra rasgo a madrugada em silêncios
Quem estará do outro lado agora?
Revestindo-se dos meus sonhos, dos meus silêncios
Da voz da alma que insiste em visitar-me
Como a um conhecido muito antigo
Afinal que não haja nada que me detenha afirmo
Nem o mais alto cume ou as profundezas
Meu canto, sempre conto do silêncio
Como se retivesse o universo dentro.
Sigo com minhas utopias infindáveis
Talvez alguém explique a alma de um poeta um dia
Haverá quem queira ver ou sentir o sopro do deserto?
O caminho incerto, tanto perfume, tanta procura ?
Já me visto do calar a tecla, alguém grita demorou!
Ah será insano desejar aceitação ?
Entender este meu deserto, solidão?
Já não deu tempera suficiente a meu espírito?
Ah imensidão!
Antonio Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli