segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Sondando o infinito


Fundamento de vida.

Se constato que meu sonho seja utopia que não se alcança deixo a vida seguir seu curso como uma criança. Entanto, não vacilo diante de minhas próprias sombras, apegos, intemperanças por inseguranças, procuro me ver tal qual estou, ciente por constato consequente que me torno em tudo aquilo que desejo, seja luz ou a sombra do meu medo, paralisia asfixiante.

Me pergunto a todo instante qual ou em qual fundamento é apoio ao discernimento e só encontro no correr das horas único alento, o presente se me é oferecido como estar aqui e agora dedilhadas letras de minha alma chorosa, sem saber quem vai ler, se lhe abalo os fundamentos ou se acelero o entendimento pois tudo o que discorro verbalizante por força de minha alma se torna ação quando lido e movimento quando encontra semelhantes.

Parece que vida é momento as vezes, noutros sob analise do passado é como um seguir em repetida experiencia movimentando a mesma força como se necessitasse agregar valores novos a velha historia de minha alma em suas carências, de fala, de querer atingir utopias inalcançáveis como descobrir-me finalmente em caminho de felicidade, de ser amado não apenas amar o próprio amor.

O amor as vezes em mim se  torna dor, porque quero dar o que já tenho e não tenho sido recebido a meu contento, é como um ato de auto desamor,  é como se em minha desumanidade fosse algo a tentar ser humano e fosse de outra dimensão distinta, não sendo deste mundo nem do outro, estando portanto num portal entre duas esferas afligido, que prova dura ser poeta! vezes em pensamentos e sentimentos que se de desencontram, conflitam, indagam, será que existem outras almas em mesmo padecimento?

Sei que experimento ser amor sem que o amor me alcance, não o que me é dado, mas aquele que anseio, utopia do meu jeito de querer o amor que sinto já que seu fundamento vai para além da vida em mim mesmo. Só em minha utopia desencontro. Sinto a solidão silenciosa do poema, mas a mente secciona o espirito com cortes lancinantes, isto não é amor como se uma voz dentro brada! Corrija a direção de tua utopia!

Olho para mim de novo, no silencio, na solidão da página me sinto inexpressivo para mim mesmo neste desencontro, fragmentando-me de muitas formas pensamentos, vezes viajo pela logica noutras sou tão  insano me equivocando, pecando, contrapondo a mim mesmo duras provas, duros ajustes diretivos, com que proposito pergunto ao divino em mim pois sei donde vim! Só não consigo responder-me, anseio pelo encontro pela paz que instalada esteja para que com lucides eu veja.

Não sei se perdido no templo que abriga alma nas palavras que construo, sei que sou responsável pelas minhas expressões, mesmo quando pela multidão de testemunhas que como almas desterradas influem em minha estada, entanto sou eu quem escolhe o que manifesto, me confundo por vezes em meus medos paralisantes, quero entender o conjunto mas estou abaixo do cume do monte, para ser entendimento não utópico, preciso de aquisições maiores.

Volto ao fundamento em qual me apoio? Ando em meio as perguntas que não silenciam, aos contínuos pensamentos que se me tomam de assalto as vezes forçando a renovação de meus valores em trânsito. Parece dor, mas é auto amor! Parece medo, mas é auto confronto! Pode parecer-vos devaneio, mas vida que não devaneia em filosofia, movimenta o pó das estantes do inconsciente como libertar-me se não com a luta reservada a minha alma que me induz a produzir pensamentos e gravar dos meus tormentos ou alegrias.

Parece mais pó solto ao vento com a diretiva da inconstância, vai pela direita por um tempo pela esquerda noutro, abaixo e acima sou eu em viagem compulsiva! Com medos paralisantes verdades em mutações constantes, descobertas minhas posses já que nada tenho no que nada temo porque encontro   somente que nada sou, nada sei, nada entendo.

Talvez devesse renunciar a me entender e talvez uma alma amorosa ampare a minha por generosa bondade, o que me aflige é o próximo momento que não sei, utopia!

Será que todo silencio ruidoso nos poetas é prova a ser vencida? Ou pena que antecede uma nova vida! Assim no fundamento qual se insere meu espirito como será ser depois de tanto conflito?
Nas lutas travadas tirei ensino? Porque então meu espirito sempre se reescreve?

Como se sondasse o infinito...






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Antonio Carlos Tardivelli