Quantos sentimentos?
Te ocupam quando ao olhar atento
tu percebes o brilho que na contraparte irradia.
Aquele olhar matreiro como se
pedindo algo urgente em sentimento expressivo e vivo
Como se ocupasse a alma uma vibração
envolvente, de desejo de calma no crepitar de chamas
Aquelas de paixão inquietante
movimentando as forças do desejo
De ter atenção ou dedicado
amparo, vez que de amor feito o encontro
No ser que toma de assalto uma inquietação
a distância, medo de perder o que não se tem
Já que o que se tem é somente o que
se sente!
Vezes uma prisão delicada que
confunde, e certo ou errada a união de almas por afinidades
Quanto preconceito barra o sentimento
nobre quando surge pois, o outro pode não entender o que se sente e como sente
tal proximidade, tal vontade de estar perto, acarinhando com palavras para alma
em ternura que não se oculta ou com a vibração no olhar configurando ternura
que se oculta.
Se não existem as barreiras do
medo de superar os limites do encanto que não se torne paixão que cega, seja
ternura de um abraço ou o terno laço de afinidades das mais puras nos toques de
sorrisos e olhares silenciosos.
Eis-me aqui a amar-te ocultamente
sem que saiba da intensidade qual aprisiono, ou se sentes vibrar meu ser quando
te olho e me calo silencio enquanto vibra o sentimento desde o mais profundo de
minha alma, e ao toque do olhar quando se cruzam a intensidade nos confunde.
Parece-nos que tudo é muito mais do
que dizemos e quando isso ocorre e somos donos de nós mesmos, conscientes do
que seja amar por fato, em palavras em atos, nos comportamos como almas que
anseiam proximidade e toque de ternura, confundidos pela intensidade nos
afastamos da alma que nos toca desta forma de amar intensamente pura.
Sem que seja por paixão, já que o
medo de ferir embasada na razão nos freia a ansiedade de ouvir palavras ternas,
toques de alma para alma sem receios, quando amor é fato, de toque das sublimes
vibrações de ser em nossos sentimentos, quais temos posse, doutrinamos
justamente para que em sendo amor de toque seja puro consequente de razão para não
ultrapassar a linha divisória onde se o fizermos ferimos, oferecemos vista que se
distorce porque amar por ser amor muitos não compreendem essa força divina de aconchego,
somos fortes mas tantos são os preconceitos onde impomos limites por conjurações
amargas produzidas por equívocos discernitivos, onde as inferioridades dos
instintos julgam quem se expressa em ternura por ter a lamina do egoísmo, se não
sinto amor como algo que transcende, aconchega, carinho de alma para alma só quem
compreende a fala sente.
Assim somamos sentimentos e a
intensidade sétimos que medimos, vezes forte que nos parece juntos mais que
amigos, que importa se o mundo nos condene a felicidade que o mundo não sente não
pode entender por fato quando duas almas se escolhem para um mundo inquietante
de sentimentos.
Tantos quantos o coração produza
em espirito de verdade que procura na sincera idade da razão não conter os
enobrecidos de alma para alma por valores preconceituosos do não pode, pode sim
um abraço silencioso no silencio, uma espécie de amar em pureza qual o mundo
dos egoicos ensejos não compreende.
Assim se me amas não importa o
que o mundo pense, somente o que esta em mim e em ti importa, que nos julguem
loucos, temos toda uma eternidade pela frente.
Para ser amor na intensidade de
nossas escolhas, em vibração serena que nos torne lúcidos da doação precisa,
dos brilhos nos olhares em expressões de nossas almas em afinidades.
Tudo mais o que o mundo oferece está
fora não dentro de nossos sentimentos
Tangemos a harpa da verdade no
que estamos, pois, cientes do que somos, puros em nossa essência quando ela
vibra nos ligamos em fraterno aconchego
Anote o amor que posso, sinta o
amor que sinto, entenda o amor que vale a pena que seja vivo
Antonio Carlos
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Antonio Carlos Tardivelli