segunda-feira, 14 de maio de 2018

Quando poema sente



Veja o que o poeta tem a dizer

Do amor humano onde a paixão visita
Como arvore que cresce florida retendo encantos
Da vida a dois onde o outro quer ter posse
Enquanto a posse de si mesmo definhe
Do encanto de ser livre para amar pois assim se realizam
Os sonhos as ilusões os apegos nas paixões
Todo poeta vive intensamente todos os quadros humanos existentes
Para descobrir-se carente e por ser poeta e gente sofre todas as dores
Porque não há como fazer poema se não provar da pena
Da pena do encanto que desfaleça e fica só na lembrança, a paga de um dia
Do desejo satisfeito, mas que fica quero mais porque quero tudo menos é pouco
Por sofrer o poeta quando sente no que lembra, pois, que vive revivendo dor e encantamento
Renascendo quando a lembrança é toque alegra e enternece
Entristece aí vitimiza-se choroso porque a causa da paixão deixou de ser, de estar
E enquanto delirante nela tece nas palavras sonhos utópicos tem a musa nos seus abraços
Pois a musa por mais bela que seja na paixão do poeta se esvanece por isso o poema torna choro
Como nuvem tocada pelo vento para visitar outros campos, lá vai ele a tocar sentimentos
O poeta sente medo pois que perde seu encanto quando seu encanto envelhece
Nada pode evitar quando a partida acontece, se morre o sentimento termina o poeta
Se parte para bem longe ou para bem perto noutra dimensão confunde-se
A musa, só que não leva o amor que o poeta sente mas tem posse dele enquanto sinta
Já que não esquece, e revive retornando ao primeiro momento
Onde ouves, lês, sentes o que o poeta sente no que ele tem a dizer
Se assim foi um laço para tua alma e tuas vivencias terei valido a pena
Sofrer todos os amores perdidos, todas as paixões vivenciadas, ansiadas
Tornadas por feitos! Para ser depois de tanta estrada apenas um dizer
Do que o poeta tenha a dizer... sobre o que o poeta sente ao dizer.

Antonio Carlos Tardivelli




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Antonio Carlos Tardivelli