Desde que me suporte a ânsia de amar-te tanto
E terdes como amigo fiel que não lhe trará desencantos
Só tristezas quando ausente de ti um tanto
Entretanto é uma tristeza boa pois edifica o amor como
necessidade de saudade
É uma nau sem porto por vezes pois não se detém na posse
Apenas a doação importa, no beijo, no silencio, nos teus
perfumes
No toque das mãos sequiosas onde oculto está o desejo
imanifesto insatisfeito
Por parecer loucura vezes penso como verso e prosa
Que será de mim no não estar contigo, não sentir os sabores
de almas afins
Não confessar do que seja amor a vista de agora na posse de
mim
Pois em tal grau me toma que se perder a razão compreendas, pouco ouro importa
É apenas um poeta na vertente de palavras como fonte que não
se esgota
Que pena no que sente pensa no que ama e escreve no poema
quase vida, quase tempo, quase morte
Que há para dizer de quem com palavras tenta dizer do que
sinto e posto a pena
Parece pena de viver, mas é êxtase! Pois a vida no que sinto
se torna plena
E a plenitude, serenamente manifesto de minha loucura
Já que sinto no que penso e assim a razão me diz insano
poeta porque sonha
Se não sentes qual é meu sonho não tomei a tua alma por
assalto
Não toquei teu sentimento feito fausto de alegria,
contentamento, desejo
Nem teus corpos vibraram nem tua alma sentiu a minha, mas se
sente ah se sente
Tomei-te em meus abraços tornados palavras que te fundiram a
mim
Numa energia vibrante e luminosa onde nossas almas se
aquietam em amor sem fim
Seja pois na paz de um instante que precedeu luta intima
constante
Um entregar-me a ti que procura por mim e eu que estou aqui
dizendo de amar
Pela letra que surge inesperada como se rebuscante em minha
alma o porquê de ser
Enquanto posse de mim mesmo teu presente já que sentes,
pensas, ama
Mesmo que não a mim substrato do universo de palavras,
energias condensadas
Que anseiam sempre tocar outra alma, ser feliz quando tocada
por sabores diversos
Sendo alma encantada por ser versos na prosa que te dedico
agora:
Já que sois o meu encanto considera
Ter-me em ti como te trago em mim em cada lembrança
Cada toque de perfume que seja tua presença
Que me faz criança pulando amarelinha
Que me trata por poder de ser escolha em minha alma
carregando a tua
Na posse de mim mesmo dizer, não por dizer que lhe tenho amor
Mas ser esse amar profundo e verdadeiro que seja toque sem
toque
Energia que te insira na paixão que me domina e seja razão que
a contenha
No afago que imagino seja minha energia para tua, que tudo
se acomode no silencio
Quando as teclas silenciarem e eu te sinta na leitura da
minha alma pela tua
Se te ocultas amor que sinto e qual sinta em igual loucura
seja manifesto
Se não por admitir que exista pelo sentir que é mesmo, que
pareça loucura
Já que a intensidade manifesta no sentimento de procura
Tu me encontres e eu te ache em mim com inexplicável vida
Tome por tua minha loucura e seja minha a tua
Para que no silencio que chega agora onde estejas
Eu esteja em ti e tu estejas em mim
Eis tudo que importa eis a síntese do amor loucura
Aquele que procura encontra a contraparte sua e se a perde
por distancia
Por divisão dimensional quando alguém perde o corpo transitório
Mas amar por ser loucura permanece tendo posse do meu ser
que te procura
Não descansa minha alma até que te encontre no afago de
minha alma, a tua
Ate dizendo palavras em pensamentos laborados na saudade
Ou na presença sempre bela de possuir-me tão amor que sou
agora
Então que definhe minha alma na presença do amor que sinto e
seja loucura
E minha loucura seja somente trazer-te bela em pureza sem macula no tempo
E minha loucura seja somente trazer-te bela em pureza sem macula no tempo
E que ninguém diga que o amor não é verdadeiro apenas
passageiro
Porque estando em mim que sou espirito imortal sempre levo
Você em meus pensamentos, logo por tempo infindo terei a ti
enquanto tu
Me terás se assim quiseres receber meu jorro de palavras que
são energias de minha alma
Para que ao encontrar a tua, mesmo que não me queira seu
Estando em ti eu assim seja, assim seja!
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Antonio Carlos Tardivelli