Em Deus que eu sinto:
Que acolhe a alma que chora ou apenas soluça frente as penas auto impostas.
Quando o consolo chega, ela se aquieta, sente a paz que a circunda, mesmo em meio a conflitos exteriores, é como se tivesse sob guarda, para somente recolher o que necessita, se esclarece, fortalece, e luta suas lutas ousadamente.
Há lugar onde medo não alcança, aqueles de se sentir inapto para alguma circunstância, pois sente o céu a sua volta, sente a obra feita pela suprema inteligência, assim como se vê o artesão atrás do instrumento usado por talentoso artista, que pinta quadro, que toca música, que canta e ora para o infinito dentro e fora que até escreve inspirado por sua origem.
Ah sim, há o porto de calmaria onde a paz por ser completa e intensamente vivida oferece cores nas luzes do dia e pontinhos luminosos luminando no firmamento quando anoitece, o porto é de divino aconchego, frente as nossas tantas inseguranças, aquelas de viver o momento presente, como se fosse o último ,não o primeiro ou o posterior na somatória de alegrias infindas.
Neste se aquieta a alma como se, em conversa com sua intimidade encontrasse a força de origem, que dá espírito a forma, depois do encantamento de tanta experiência a casa retorna, saudoso da condição anterior enquanto viagem pelo corpo, visitante por um tempo, feliz ou angustioso onde se prova.
Há algo dentro que contém todos os segredos pouco a pouco desvendados, como se na origem do espírito a este estivesse toda inscrição de vida existencial, em semelhança à semente minúscula que oculta nela mesma a árvore frondosa.
Bem poderias confundir-se ao chamar de Deus o que trazes em ti mesmo, como se ele fosse outro, ou parcela dele mesmo desprendida, não o porto onde repousa teu espírito, mas é próprio da criança a infância ,quando maturada a consciência de si dentro de ser aqui e agora, mais compreende que sendo Deus a suprema inteligência do universo criador de todas as coisas, passa a compreender a obra dele em si e fora e simplesmente isso aceita com toda profundidade .
Toma-o como porto para suas idealizações grandiosas, como co-autor da própria existência, onde um instrui e conduz, outro deixa-se conduzir , pois nele encontra o porto de paz que edifica a alma por todo sempre.
Sim há porto que não compreendes na infância, na maturidade entretanto vês não somente a semente sim a árvore que nela se oculta e, já se sentes ser diferenciado quanto entende, que o que oferece vida em existência infinda é espírito, e como toda criação tem origem divina, onde, “criemos o homem à nossa imagem e semelhança” trazes como a semente o anjo oculto em ti mesmo, embora é lógico, que quando na infância isso não compreendas, como não compreende o bruto que na menor de todas as sementes se oculta a árvore mais frondosa, que produz frutos a mais de cem por um.
Percebes no que sentes o porto de qual a escrita fala? É como se em teu físico estivesse a escrita das estrelas do firmamento, onde toda materialidade é conduzida a forma, pois de uma nebulosa vosso planeta foi formado, e por traz da criação de todos os elementos dos céus esta a vontade suprema, que muita vezes se confudes, e tratas ela como pudesse confina-la em algum ponto sem entender que a essência da suprema vontade que te faz espírito vibra intensamente em ti mesmo como um porto diretivo ao crescimento, tal qual a semente de mostarda, a menor de toda, quando está formada os pássaros do céu nela busca seu abrigo.
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli